SEF identifica 429
estrangeiras em 40 bares. Só no Porto, 33 das 74 identificadas estavam
em situação irregular.
Trinta e três das 74
mulheres identificadas, ontem de madrugada, pelo SEF em três bares do
Porto, estavam em situação de permanência irregular no país. Quatro
ficaram detidas; houve 19 detenções no país. Ali, as coimas aplicadas
foram entre 4 mil e 480 mil euros.O número de alternadeiras
encontradas nos três bares do Porto não surpreendeu os responsáveis do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), numa operação que decorreu
em todo o país e foi coordenada, a partir do Porto, pelo inspector Mário
Neves. "O que ficou acima do esperado", afirmou, ao JN, o coordenador
do departamento regional de investigação da Direcção Regional do Norte
do SEF, "foi terem detectado tantas mulheres em situação irregular
dentro das casas" de diversão nocturna.E os números dão forma à
surpresa. Nas três casas-alvo da operação no Porto (foram fiscalizadas
40 casas no país), o SEF verificou que entre as 74 mulheres
identificadas 33 estavam em situação de permanência irregular em
Portugal - isto é: quase metade das alternadeiras identificadas. Destas,
segundo Mário Neves, 29 foram notificadas a abandonar o país e quatro
ficaram detidas por estarem ilegais.Num dos bares, os elementos
do SEF tiveram uma surpresa. Entre as mulheres identificadas
encontrava-se um grupo de cidadãs da América Latina que estariam a
trabalhar como bailarinas. O que é ilegal, tendo em conta que não teriam
contrato de trabalho.Noutro bar, a operação põe uma jovem, que
não aparenta ter mais do que vinte anos, a chorar. Agarrada ao
telemóvel, em pranto, contaria a alguém o castigo que lhe deveria ser
aplicado alegadamente por estar ilegal: a detenção e consequente
abandono do país. Há outras que pedem para ir a casa buscar a sua
identificação, o que lhes é negado por elementos do SEF que admitem,
porém, que elas ou alguém possa contactar seus familiares ou conhecidos
para lhe trazerem os documentos.Mais a Norte, noutro bar, apurou o
JN, elementos do SEF admitem que algumas alternadeiras tenham escapado à
identificação. Encontraram uns sapatos junto a uma escapatória e
verificaram que havia um buraco no telhado de uma casa ao lado do bar
por onde elas terão fugido.Cem casas de alterneEsta
operação a nível nacional, segundo o inspector Mário Neves, dando nota
do comunicado ontem divulgado pelo SEF, envolveu 172 elementos daquela
força policial. Foram identificados 429 cidadãos estrangeiros; 19 foram
detidos por estarem ilegalmente no país e a 45 (29 das quais no Porto)
foi instaurado o processo para abandono voluntário do país no prazo de
vinte dias.Segundo o SEF, foram instaurados, aos proprietários
das casas daquelas casas de diversão nocturna, 20 processos de
contra-ordenação por emprego de estrangeiros não autorizados a exercer a
sua actividade profissional. No Porto, apurou o JN, as coimas aplicadas
aos três bares visados pelo SEF foram de valores que variam entre 4 mil
e 20 mil euros; 90 mil e 480 mil euros; e 96 mil e 480 mil euros."A
nossa acção foi verificar se há prostituição ou mulheres ilegais nessas
casas", explicou Mário Neves, salientando que na zona de acção da
Direcção Regional do Norte estão identificadas 100 casas de alterne
licenciadas". E, pelo número de mulheres encontradas nos três bares
visados ontem, no Porto, constataram uma singular evidência: não há
crise de alternadeiras.
estrangeiras em 40 bares. Só no Porto, 33 das 74 identificadas estavam
em situação irregular.
Trinta e três das 74
mulheres identificadas, ontem de madrugada, pelo SEF em três bares do
Porto, estavam em situação de permanência irregular no país. Quatro
ficaram detidas; houve 19 detenções no país. Ali, as coimas aplicadas
foram entre 4 mil e 480 mil euros.O número de alternadeiras
encontradas nos três bares do Porto não surpreendeu os responsáveis do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), numa operação que decorreu
em todo o país e foi coordenada, a partir do Porto, pelo inspector Mário
Neves. "O que ficou acima do esperado", afirmou, ao JN, o coordenador
do departamento regional de investigação da Direcção Regional do Norte
do SEF, "foi terem detectado tantas mulheres em situação irregular
dentro das casas" de diversão nocturna.E os números dão forma à
surpresa. Nas três casas-alvo da operação no Porto (foram fiscalizadas
40 casas no país), o SEF verificou que entre as 74 mulheres
identificadas 33 estavam em situação de permanência irregular em
Portugal - isto é: quase metade das alternadeiras identificadas. Destas,
segundo Mário Neves, 29 foram notificadas a abandonar o país e quatro
ficaram detidas por estarem ilegais.Num dos bares, os elementos
do SEF tiveram uma surpresa. Entre as mulheres identificadas
encontrava-se um grupo de cidadãs da América Latina que estariam a
trabalhar como bailarinas. O que é ilegal, tendo em conta que não teriam
contrato de trabalho.Noutro bar, a operação põe uma jovem, que
não aparenta ter mais do que vinte anos, a chorar. Agarrada ao
telemóvel, em pranto, contaria a alguém o castigo que lhe deveria ser
aplicado alegadamente por estar ilegal: a detenção e consequente
abandono do país. Há outras que pedem para ir a casa buscar a sua
identificação, o que lhes é negado por elementos do SEF que admitem,
porém, que elas ou alguém possa contactar seus familiares ou conhecidos
para lhe trazerem os documentos.Mais a Norte, noutro bar, apurou o
JN, elementos do SEF admitem que algumas alternadeiras tenham escapado à
identificação. Encontraram uns sapatos junto a uma escapatória e
verificaram que havia um buraco no telhado de uma casa ao lado do bar
por onde elas terão fugido.Cem casas de alterneEsta
operação a nível nacional, segundo o inspector Mário Neves, dando nota
do comunicado ontem divulgado pelo SEF, envolveu 172 elementos daquela
força policial. Foram identificados 429 cidadãos estrangeiros; 19 foram
detidos por estarem ilegalmente no país e a 45 (29 das quais no Porto)
foi instaurado o processo para abandono voluntário do país no prazo de
vinte dias.Segundo o SEF, foram instaurados, aos proprietários
das casas daquelas casas de diversão nocturna, 20 processos de
contra-ordenação por emprego de estrangeiros não autorizados a exercer a
sua actividade profissional. No Porto, apurou o JN, as coimas aplicadas
aos três bares visados pelo SEF foram de valores que variam entre 4 mil
e 20 mil euros; 90 mil e 480 mil euros; e 96 mil e 480 mil euros."A
nossa acção foi verificar se há prostituição ou mulheres ilegais nessas
casas", explicou Mário Neves, salientando que na zona de acção da
Direcção Regional do Norte estão identificadas 100 casas de alterne
licenciadas". E, pelo número de mulheres encontradas nos três bares
visados ontem, no Porto, constataram uma singular evidência: não há
crise de alternadeiras.