Não se sabe muito bem por que a cobertura não foi
executada", disse David Ferreira, o técnico da DRCN que fez a
contextualização histórica da construção e das intervenções no mercado
do Bolhão. Falava da estrutura em metal e vidro que o
arquitecto António Correia da Silva incluiu no projecto de 1914, no
seguimento do plano do engenheiro Carlos Barbosa. O projecto-base
de reabilitação recuperou esse elemento, com o desenho de Correia da
Silva: 950 toneladas de metal e vidro, com respiradouros laminados que
permitem uma ventilação natural. David Ferreira avançou como hipótese
para o abandono da construção da cobertura - que chegou a ser
adjudicada, como parte da obra de ferro - o facto da Câmara estar nessa
altura com grandes obras municipais.Abriam-se as avenidas dos
Aliados e da Boavista, erguiam-se os Paços do Concelho e o matadouro
municipal e é provável ter havido necessidade de fazer cortes
orçamentais. Por outro lado, referiu David Ferreira, "a cobertura do
mercado Ferreira Borges não tinha funcionado muito bem".O estudo
de estruturas da FEUP mostrou ser viável a construção da cobertura com
950 toneladas de peso. Além de proteger da chuva, vai criar maior
isolamento térmico e acústico e vai impedir a entrada de aves, que é um
dos grandes problemas do mercado, salientou o arquitecto da DRCN João
Carlos dos Santos.A cobertura não foi a única obra prevista e não
executada: houve um projecto de galeria intermédia de 1979 que nunca
avançou. O passadiço central do primeiro piso foi a última obra do
mercado actual, projectada em 1938 e concluída no ano seguinte.
executada", disse David Ferreira, o técnico da DRCN que fez a
contextualização histórica da construção e das intervenções no mercado
do Bolhão. Falava da estrutura em metal e vidro que o
arquitecto António Correia da Silva incluiu no projecto de 1914, no
seguimento do plano do engenheiro Carlos Barbosa. O projecto-base
de reabilitação recuperou esse elemento, com o desenho de Correia da
Silva: 950 toneladas de metal e vidro, com respiradouros laminados que
permitem uma ventilação natural. David Ferreira avançou como hipótese
para o abandono da construção da cobertura - que chegou a ser
adjudicada, como parte da obra de ferro - o facto da Câmara estar nessa
altura com grandes obras municipais.Abriam-se as avenidas dos
Aliados e da Boavista, erguiam-se os Paços do Concelho e o matadouro
municipal e é provável ter havido necessidade de fazer cortes
orçamentais. Por outro lado, referiu David Ferreira, "a cobertura do
mercado Ferreira Borges não tinha funcionado muito bem".O estudo
de estruturas da FEUP mostrou ser viável a construção da cobertura com
950 toneladas de peso. Além de proteger da chuva, vai criar maior
isolamento térmico e acústico e vai impedir a entrada de aves, que é um
dos grandes problemas do mercado, salientou o arquitecto da DRCN João
Carlos dos Santos.A cobertura não foi a única obra prevista e não
executada: houve um projecto de galeria intermédia de 1979 que nunca
avançou. O passadiço central do primeiro piso foi a última obra do
mercado actual, projectada em 1938 e concluída no ano seguinte.