Acusado de homicídio tentado em Vila do
Conde por querer vingar-se de suposto assaltante
Um arquitecto de
Vila da Conde vai sentar-se no banco dos réus por tentar matar um
alegado assaltante, seu vizinho. Está acusado de tentativa de homicídio
qualificado, com uma pistola de pressão de ar e uma pedra de 30 quilos,
com a qual esmagou o crânio da vítima.O agressor, de 45
anos, está em prisão domiciliária desde 25 de Setembro do ano passado,
dia em que a Polícia Judiciária do Porto o deteve, após ter descoberto
quem pôs Manuel Eusébio às portas da morte. O agredido, desempregado, de
50 anos, sobreviveu mas ficou em coma durante vários dias, cego de um
olho e desfigurado para o resto da vida.De acordo com a acusação
do Ministério Público (MP), tudo começou a 12 de Setembro quando o
arquitecto Carlos Moreira da Costa, dono de uma moradia na zona do
Mindelo, Vila do Conde, foi vítima de assalto. Numa altura em que
ninguém estava em casa, levaram-lhe jóias, relógios, canetas e armas de
pressão de ar, com valor estimado em 13 500 euros. Carlos Costa
apresentou queixa às autoridades mas depressa convenceu-se de que os
autores do assalto seriam frequentadores do "Café Ramos", situado na
mesma localidade. E quis fazer justiça pelas próprias mãos.
Especificamente, veio a desconfiar de Manuel Eusébio, também residente
no Mindelo, de quem se dizia ter estado ligado, no passado, a furtos.
Além disso, era conhecido por caçar e guardar alguns pássaros em gaiolas
colocadas num terreno baldio muito próximo à moradia do arquitecto.Tiro
no olhoFoi precisamente neste terreno que, nove dias após o
furto, Carlos Costa encontrou o suposto assaltante. Exaltado, começou a
falar alto e, munido de uma arma de pressão de ar, desferiu vários tiros
em direcção a Manuel Eusébio, atingindo-o no olho direito.De
seguida, desatou aos murros e pontapés, em especial na cabeça e no
tronco. Por último, já com o agredido caído no chão e sem reacção,
resolveu agarrar num pedregulho de granito, de 30 quilos, e deixá-lo
cair em cima da cabeça da vítima. Fugiu.O ofendido não morreu, só
que ficou com graves fracturas nos ossos do crânio, nariz, maxilares e
na face, tendo ficado hospitalizado durante vários dias em estado de
coma. Perdeu também o olho direito, consequência dos disparos com a arma
de pressão de ar. Sem indícios de assaltoQuatro dias
depois, o arquitecto foi detido por inspectores da Polícia Judiciária do
Porto e alvo de uma busca. Ouvido por um juiz, foi posto em prisão
domiciliária, sob vigilância de pulseira electrónica.Agora, com a
dedução da acusação do MP, a procuradora responsável pelo inquérito
pede ao juiz de instrução criminal que o arguido seja também proibido de
contactar com testemunhas, que residem e trabalham perto da residência
onde está obrigado a permanecer.Quanto ao furto na moradia do
arquitecto, as autoridades nunca reuniram indícios de ter sido Manuel
Eusébio o autor do crime.
Conde por querer vingar-se de suposto assaltante
Um arquitecto de
Vila da Conde vai sentar-se no banco dos réus por tentar matar um
alegado assaltante, seu vizinho. Está acusado de tentativa de homicídio
qualificado, com uma pistola de pressão de ar e uma pedra de 30 quilos,
com a qual esmagou o crânio da vítima.O agressor, de 45
anos, está em prisão domiciliária desde 25 de Setembro do ano passado,
dia em que a Polícia Judiciária do Porto o deteve, após ter descoberto
quem pôs Manuel Eusébio às portas da morte. O agredido, desempregado, de
50 anos, sobreviveu mas ficou em coma durante vários dias, cego de um
olho e desfigurado para o resto da vida.De acordo com a acusação
do Ministério Público (MP), tudo começou a 12 de Setembro quando o
arquitecto Carlos Moreira da Costa, dono de uma moradia na zona do
Mindelo, Vila do Conde, foi vítima de assalto. Numa altura em que
ninguém estava em casa, levaram-lhe jóias, relógios, canetas e armas de
pressão de ar, com valor estimado em 13 500 euros. Carlos Costa
apresentou queixa às autoridades mas depressa convenceu-se de que os
autores do assalto seriam frequentadores do "Café Ramos", situado na
mesma localidade. E quis fazer justiça pelas próprias mãos.
Especificamente, veio a desconfiar de Manuel Eusébio, também residente
no Mindelo, de quem se dizia ter estado ligado, no passado, a furtos.
Além disso, era conhecido por caçar e guardar alguns pássaros em gaiolas
colocadas num terreno baldio muito próximo à moradia do arquitecto.Tiro
no olhoFoi precisamente neste terreno que, nove dias após o
furto, Carlos Costa encontrou o suposto assaltante. Exaltado, começou a
falar alto e, munido de uma arma de pressão de ar, desferiu vários tiros
em direcção a Manuel Eusébio, atingindo-o no olho direito.De
seguida, desatou aos murros e pontapés, em especial na cabeça e no
tronco. Por último, já com o agredido caído no chão e sem reacção,
resolveu agarrar num pedregulho de granito, de 30 quilos, e deixá-lo
cair em cima da cabeça da vítima. Fugiu.O ofendido não morreu, só
que ficou com graves fracturas nos ossos do crânio, nariz, maxilares e
na face, tendo ficado hospitalizado durante vários dias em estado de
coma. Perdeu também o olho direito, consequência dos disparos com a arma
de pressão de ar. Sem indícios de assaltoQuatro dias
depois, o arquitecto foi detido por inspectores da Polícia Judiciária do
Porto e alvo de uma busca. Ouvido por um juiz, foi posto em prisão
domiciliária, sob vigilância de pulseira electrónica.Agora, com a
dedução da acusação do MP, a procuradora responsável pelo inquérito
pede ao juiz de instrução criminal que o arguido seja também proibido de
contactar com testemunhas, que residem e trabalham perto da residência
onde está obrigado a permanecer.Quanto ao furto na moradia do
arquitecto, as autoridades nunca reuniram indícios de ter sido Manuel
Eusébio o autor do crime.