A
Polícia Judiciária investiga ligações de uma rede de tráfico de
armamento, desmantelada no Norte e Centro, a gangues que se dedicam a
assaltos e a cobranças difíceis. O preço das armas no mercado negro
poderia ascender a dois mil euros. Houve 23 detenções.A
"Operação Guns N' Roses", desencadeada nos últimos dois dias pela
Directoria do Norte da PJ, culminou uma investigação que durava há um
ano e que referenciou o envolvimento de alguns dos suspeitos em "mais de
uma centena de transacções de armas", adiantou fonte policial.Nas
52 buscas efectuadas nas zonas da Maia, Valongo, Matosinhos, Amarante,
Porto, Gaia, Gondomar e Estarreja foram encontradas cerca de 50
unidades, naquela que foi uma das maiores apreensões da força policial.
Duas espingardas-metralhadoras Kalashnikov, uma Uzi, revólveres,
pistolas, caçadeiras e "shotguns" contam da lista, além de milhares de
munições, uma centena de armas brancas (punhais, catanas, sabres e
navalhas) e dois coletes à prova de bala. Algumas das armas eram
réplicas fiéis dos modelos originais. Foi também apreendido haxixe
suficiente para 400 doses. José Monteiro, coordenador da PJ,
salientou que 19 dos detidos foram apanhados em flagrante. Segundo o JN
apurou, uma boa parte do arsenal foi apreendido a dois dos suspeitos,
oriundos de um bairro da cidade do Porto e da zona de Nelas. De
resto, a força policial identificou um "núcleo duro" de 12 a 13
indivíduos, sem profissão conhecida e que desenvolveriam a actividade há
vários anos. A determinados visados foram apreendidas viaturas de alta
gama e quatro quilos de ouro. Entre os alvos das buscas contaram-se,
também, quatro armeiros e uma oficina, o que reflecte, segundo José
Monteiro, "a promiscuidade entre detidos e alguns comerciantes
estabelecidos". O próximo passo será a análise das armas, para
verificar se foram usadas em assaltos e outros crimes violentos, como
sequestros e cobranças difíceis. Fonte policial acrescentou que o grupo
vivia de "negócios de oportunidade" e teria contactos com criminosos. O
custo das armas variava: as mais simples valiam, em média, à volta de
150/200 euros e as mais potentes poderiam ser comercializadas por 2000
euros. Suspeita-se que muitas sejam provenientes do estrangeiro,
sobretudo de Espanha e de países de Leste. Os detidos, quase
todos com antedentes criminais, foram presentes, ontem, a um juiz, em
Aveiro. As identificações só começaram à noite, presumindo-se que os
interrogatórios se prolonguem pelos próximos dias.
Polícia Judiciária investiga ligações de uma rede de tráfico de
armamento, desmantelada no Norte e Centro, a gangues que se dedicam a
assaltos e a cobranças difíceis. O preço das armas no mercado negro
poderia ascender a dois mil euros. Houve 23 detenções.A
"Operação Guns N' Roses", desencadeada nos últimos dois dias pela
Directoria do Norte da PJ, culminou uma investigação que durava há um
ano e que referenciou o envolvimento de alguns dos suspeitos em "mais de
uma centena de transacções de armas", adiantou fonte policial.Nas
52 buscas efectuadas nas zonas da Maia, Valongo, Matosinhos, Amarante,
Porto, Gaia, Gondomar e Estarreja foram encontradas cerca de 50
unidades, naquela que foi uma das maiores apreensões da força policial.
Duas espingardas-metralhadoras Kalashnikov, uma Uzi, revólveres,
pistolas, caçadeiras e "shotguns" contam da lista, além de milhares de
munições, uma centena de armas brancas (punhais, catanas, sabres e
navalhas) e dois coletes à prova de bala. Algumas das armas eram
réplicas fiéis dos modelos originais. Foi também apreendido haxixe
suficiente para 400 doses. José Monteiro, coordenador da PJ,
salientou que 19 dos detidos foram apanhados em flagrante. Segundo o JN
apurou, uma boa parte do arsenal foi apreendido a dois dos suspeitos,
oriundos de um bairro da cidade do Porto e da zona de Nelas. De
resto, a força policial identificou um "núcleo duro" de 12 a 13
indivíduos, sem profissão conhecida e que desenvolveriam a actividade há
vários anos. A determinados visados foram apreendidas viaturas de alta
gama e quatro quilos de ouro. Entre os alvos das buscas contaram-se,
também, quatro armeiros e uma oficina, o que reflecte, segundo José
Monteiro, "a promiscuidade entre detidos e alguns comerciantes
estabelecidos". O próximo passo será a análise das armas, para
verificar se foram usadas em assaltos e outros crimes violentos, como
sequestros e cobranças difíceis. Fonte policial acrescentou que o grupo
vivia de "negócios de oportunidade" e teria contactos com criminosos. O
custo das armas variava: as mais simples valiam, em média, à volta de
150/200 euros e as mais potentes poderiam ser comercializadas por 2000
euros. Suspeita-se que muitas sejam provenientes do estrangeiro,
sobretudo de Espanha e de países de Leste. Os detidos, quase
todos com antedentes criminais, foram presentes, ontem, a um juiz, em
Aveiro. As identificações só começaram à noite, presumindo-se que os
interrogatórios se prolonguem pelos próximos dias.