O Papa condenou ontem a "manipulação ideológica da religião", criadora
de divisões e geradora de violência, num discurso pronunciado na
principal mesquita da Jordânia, Hussein bin Talal, em Amã, no âmbito da
sua deslocação à Terra Santa.
Foi
uma visita especial. Bento XVI não se descalçou nem rezou (ver caixa),
mas tornou-se no Papa que mais vezes visitou mesquitas, depois de ter
entrado, em 2006, na Mesquita Azul, em Istambul, na Turquia, em plena
polémica devido às suas declarações na Universidade de Ratisbona, na
Alemanha, onde alegadamente sugeriu uma identificação entre o islamismo
e a violência. O seu antecessor, João Paulo II, visitou em 2001 a
mesquita de Damasco, na Síria.
O bispo de Roma
visitou demoradamente o templo islâmico e discursou perante o corpo
diplomático. Admitindo 'a existência de tensões e de divisões entre os
membros das diferentes tradições religiosas', o Papa afirmou que 'é
muitas vezes a manipulação ideológica da religião, por vezes com
objectivos políticos, o verdadeiro catalisador das tensões e das
divisões, e por vezes da violência na sociedade'.
No
segundo dia da visita à Jordânia, o Sumo Pontífice deslocou-se ao Monte
Nebo, onde, segundo as Escrituras, Deus mostrou a Moisés a Terra
Prometida. Ali mesmo, Bento XVI apelou à 'reconciliação' entre cristãos
e judeus.
NÃO REZOU NEM SE DESCALÇOU
Na
sua visita à mesquita em Amã, o Santo Padre não se descalçou, como
manda a tradição, nem sequer rezou virado para Meca, como fez em 2007,
quando visitou a Mesquita Azul, em Istambul (Turquia). A explicação é
simples: as autoridades jordanas conceberam um percurso especial que
não o exigia, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Nenhum dos muçulmanos que o acompanhavam durante a visita, entre os
quais se encontrava o príncipe Ghazi Bin Talal, primo do rei Abdallah
II, tirou os sapatos.
LOCAIS DA VISITA
BAPTISMO DE CRISTO
Bento
XVI visitará o local, na margem oriental do Jordão, onde Jesus terá
sido baptizado. A localização exacta é incerta, mas o Papa irá ao sítio
onde se pensa que João Baptista terá baptizado Cristo.
MONTE DO TEMPLO
O
chefe da Igreja Católica desloca-se ainda, em Jerusalém, ao Monte do
Templo (também conhecido por Esplanada das Mesquitas), e visita a
Cúpula do Rochedo.
SANTO SEPULCRO
Durante
a estada em Israel, Bento XVI irá ainda à Basílica do Santo Sepulcro,
em Jerusalém, onde a tradição cristã afirma que Jesus Cristo foi
sepultado e de onde ressuscitou.
de divisões e geradora de violência, num discurso pronunciado na
principal mesquita da Jordânia, Hussein bin Talal, em Amã, no âmbito da
sua deslocação à Terra Santa.
Foi
uma visita especial. Bento XVI não se descalçou nem rezou (ver caixa),
mas tornou-se no Papa que mais vezes visitou mesquitas, depois de ter
entrado, em 2006, na Mesquita Azul, em Istambul, na Turquia, em plena
polémica devido às suas declarações na Universidade de Ratisbona, na
Alemanha, onde alegadamente sugeriu uma identificação entre o islamismo
e a violência. O seu antecessor, João Paulo II, visitou em 2001 a
mesquita de Damasco, na Síria.
O bispo de Roma
visitou demoradamente o templo islâmico e discursou perante o corpo
diplomático. Admitindo 'a existência de tensões e de divisões entre os
membros das diferentes tradições religiosas', o Papa afirmou que 'é
muitas vezes a manipulação ideológica da religião, por vezes com
objectivos políticos, o verdadeiro catalisador das tensões e das
divisões, e por vezes da violência na sociedade'.
No
segundo dia da visita à Jordânia, o Sumo Pontífice deslocou-se ao Monte
Nebo, onde, segundo as Escrituras, Deus mostrou a Moisés a Terra
Prometida. Ali mesmo, Bento XVI apelou à 'reconciliação' entre cristãos
e judeus.
NÃO REZOU NEM SE DESCALÇOU
Na
sua visita à mesquita em Amã, o Santo Padre não se descalçou, como
manda a tradição, nem sequer rezou virado para Meca, como fez em 2007,
quando visitou a Mesquita Azul, em Istambul (Turquia). A explicação é
simples: as autoridades jordanas conceberam um percurso especial que
não o exigia, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Nenhum dos muçulmanos que o acompanhavam durante a visita, entre os
quais se encontrava o príncipe Ghazi Bin Talal, primo do rei Abdallah
II, tirou os sapatos.
LOCAIS DA VISITA
BAPTISMO DE CRISTO
Bento
XVI visitará o local, na margem oriental do Jordão, onde Jesus terá
sido baptizado. A localização exacta é incerta, mas o Papa irá ao sítio
onde se pensa que João Baptista terá baptizado Cristo.
MONTE DO TEMPLO
O
chefe da Igreja Católica desloca-se ainda, em Jerusalém, ao Monte do
Templo (também conhecido por Esplanada das Mesquitas), e visita a
Cúpula do Rochedo.
SANTO SEPULCRO
Durante
a estada em Israel, Bento XVI irá ainda à Basílica do Santo Sepulcro,
em Jerusalém, onde a tradição cristã afirma que Jesus Cristo foi
sepultado e de onde ressuscitou.