Paula Cristina Viegas vive com o marido no casebre. Ao lado têm um telheiro que serve de sala de estar
Ílhavo: Casal vive no mato em casebre feito de madeira e plástico
“Vivemos aqui mas não somos bichos”
"Eu
era mais feliz se tivesse uma casa, quando tiver oportunidade saio
daqui", explica Paula Cristina Viegas, de 38 anos, que há mais de um
ano vive com o companheiro num casebre improvisado na Colónia Agrícola,
em Ílhavo. Sobrevivem sem água potável nem luz, com a ajuda do Estado.
Carlos
Costa, de 49 anos, e Paula vivem no meio do mato. Quem passa na rua não
se apercebe da existência do casal. Apenas os 12 cães que acolhem dão
sinal de que existe alguma coisa no meio dos pinheiros. "Foi o meu
marido que construiu isto, ele percebe de construção civil", conta
Paula Viegas. A casa improvisada foi construída com madeira. O plástico
substitui as habituais paredes de tijolo. "Pelo menos não chove lá
dentro", acrescenta.
No casebre não existe água
nem electricidade. Para as necessidades diárias, o casal recorre a uma
fonte no centro da Colónia Agrícola. Depois, com uma fogueira de lenha,
aquecem a água. "Vivemos aqui mas não somos nenhuns bichos, isto não é
vida para nós", desabafa Paula. Sem trabalhar, o casal sobrevive com o
Rendimento Social de Inserção. No total, recebem cerca de 300 euros.
Mas Paula Cristina frequenta há cerca de um ano um curso de Jardinagem
no Centro de Acção Social do concelho de Ílhavo. "Recebo 80 euros por
mês e tenho direito a almoço na cantina", conta a mulher ao CM.
Contudo, o dinheiro não chega para saírem do local em que habitam.
A
Câmara de Ílhavo já se ofereceu para pagar metade do aluguer de uma
casa para o casal, mas estes dizem que não encontram nenhuma que possam
sustentar. "O meu marido quer uma vivenda, até 250 euros, para podermos
levar os cães connosco", explica Paula.
Apesar
de todas as dificuldades, Carlos e Paula acolhem, desde há uma semana,
um jovem desalojado. "Foi despejado e agora dorme e come aqui connosco.
Não lhe ia negar um prato de comida", afirma ainda Paula Cristina.
PORMENORES
FAMÍLIA
Carlos Costa não fala com a família. Paula Viegas diz que não quer que a sua família saiba as condições em que vive.
FILHA DE 19 ANOS
Paula Cristina tem uma filha de 19 anos. Não contou à filha que vive no meio do mato.
Ílhavo: Casal vive no mato em casebre feito de madeira e plástico
“Vivemos aqui mas não somos bichos”
"Eu
era mais feliz se tivesse uma casa, quando tiver oportunidade saio
daqui", explica Paula Cristina Viegas, de 38 anos, que há mais de um
ano vive com o companheiro num casebre improvisado na Colónia Agrícola,
em Ílhavo. Sobrevivem sem água potável nem luz, com a ajuda do Estado.
Carlos
Costa, de 49 anos, e Paula vivem no meio do mato. Quem passa na rua não
se apercebe da existência do casal. Apenas os 12 cães que acolhem dão
sinal de que existe alguma coisa no meio dos pinheiros. "Foi o meu
marido que construiu isto, ele percebe de construção civil", conta
Paula Viegas. A casa improvisada foi construída com madeira. O plástico
substitui as habituais paredes de tijolo. "Pelo menos não chove lá
dentro", acrescenta.
No casebre não existe água
nem electricidade. Para as necessidades diárias, o casal recorre a uma
fonte no centro da Colónia Agrícola. Depois, com uma fogueira de lenha,
aquecem a água. "Vivemos aqui mas não somos nenhuns bichos, isto não é
vida para nós", desabafa Paula. Sem trabalhar, o casal sobrevive com o
Rendimento Social de Inserção. No total, recebem cerca de 300 euros.
Mas Paula Cristina frequenta há cerca de um ano um curso de Jardinagem
no Centro de Acção Social do concelho de Ílhavo. "Recebo 80 euros por
mês e tenho direito a almoço na cantina", conta a mulher ao CM.
Contudo, o dinheiro não chega para saírem do local em que habitam.
A
Câmara de Ílhavo já se ofereceu para pagar metade do aluguer de uma
casa para o casal, mas estes dizem que não encontram nenhuma que possam
sustentar. "O meu marido quer uma vivenda, até 250 euros, para podermos
levar os cães connosco", explica Paula.
Apesar
de todas as dificuldades, Carlos e Paula acolhem, desde há uma semana,
um jovem desalojado. "Foi despejado e agora dorme e come aqui connosco.
Não lhe ia negar um prato de comida", afirma ainda Paula Cristina.
PORMENORES
FAMÍLIA
Carlos Costa não fala com a família. Paula Viegas diz que não quer que a sua família saiba as condições em que vive.
FILHA DE 19 ANOS
Paula Cristina tem uma filha de 19 anos. Não contou à filha que vive no meio do mato.