Desde a época 95/96, com a na altura nova regulamentação das transferências de jogadores, que o Benfica tem apostado em reformular os plantéis a meio das temporadas desportivas, de modo a superar situações imprevistas no início de cada época, quer se trate de lesões graves de jogadores, rescisões de contrato, problemas de adaptação, etc. Esta análise irá apenas abranger os anos após a entrada em vigor da actual janela de transferências, ocorrida no ano de 2001, modificando assim as duas janelas disponíveis para inscrição de 15 de dezembro a 15 de Janeiro e de 1 a 7 de Março, para apenas uma, de 1 a 31 de Janeiro, de modo a estar mais consentânea com as datas europeias para transferencia de jogadores. Assim sendo, nessa época de 2001/02, em que Luís Filipe Vieira era o Director Desportivo e José Veiga empresário privilegiado, o Benfica contratou nada menos que 5 jogadores: Armando Sá, Tiago e Ricardo Rocha (sendo que este só jogaria no Benfica na época seguinte) ao Sp. Braga, Fernando Aguiar do Beira-Mar e ainda, por empréstimo Jankauskas, vindo da Real Sociedad. Todos eles foram opções regulares de Jesualdo Ferreira para a segunda metade desse campeonato, não sendo suficiente porém para fazer melhor que um 4º lugar. Apesar disso, foram todos boas apostas, principalmente Tiago e Jankauskas. Na época seguinte, já com José Antonio Camacho ao leme do Benfica, veio apenas por empréstimo Geovanni, do Barcelona. Uma aposta claramente ganha, como comprovam os 3 anos e meio ao serviço da águia, mesmo que tenha jogado numa posição que não a sua, a de extremo-direito. Em 2003/04 tivemos a surreal transferência de Zach Thorton, guarda-redes norte-americano, que foi suplente na ultima jornada dessa época, num jogo contra o Leiria que garantiu o 2º lugar ao Benfica. Mas o maior destaque vai para o outro reforço, o internacional grego Fyssas, que demonstrou um bom rendimento ao longo da época e meia que serviu os encarnados. O balanço aqui é agridoce, apesar do grego ter arrancado para um bela meia-época, culminada com um golo ao FC Porto, na final da Taça de Portugal. No ano do último titulo, 2004/05, Giovanni Trapattoni viu o seu plantel enriquecido com as entradas de Nuno Assis – fundamental para o título conquistado – André Luís (fez dois jogos apenas) e Delibasic (empréstimo do Maiorca), que cumpriu 87 minutos, e foi um rotundo flop. Dificil de avaliar esta incursão, dado que um elemento foi fundamental e os outros dois não se impuseram, mas em termos aritméticos, redunda em 33% de eficácia, ou seja, insuficiente. Facto infeliz para José Veiga, o Director Desportivo naquele tempo. 2005/06 significou verdadeira revolução: entraram Manduca, Marco Ferreira, Robert, Moretto e Marcel. Todos eles sem excepção falharam, talvez Morreto, apesar da intranquilidade foi importante na bela caminhada na Champions e Robert (pelos golos marcados ao FC Porto e E. Amadora) sejam aqueles que ainda foram mais úteis; todos os outros foram flops rotundos. Péssima esta janela de transferências, não se ganhou qualidade e perdeu-se um balneário. As maiores responsabilidades tem de ser direccionadas para José Veiga, o maior responsável por esta triste situação. No ano seguinte, o Benfica parece que aprendeu a lição – José Veiga ainda tinha influência no futebol encarnado, apesar de não exercer a nível oficial - chegaram ao clube apenas 2 jogadores: David Luíz – não é preciso comentar – e Derlei, que não foi mais valia. 50% de eficácia, tendo em conta o ano anterior, não foi mau. O mesmo já não sucedeu em 2007/08: Sepsi e Makukula entraram para os nossos quadros; quer um quer outro não se impuseram, e andaram em sucessivos empréstimos, sendo que no caso de Sepsi, este ano, foi vendido ao Timisoara. Mais uma vez, o Benfica pouco ganhou, sendo que no caso do português, foram despendidos 4M de euros que não foram rentabilizados. Demasiado dinheiro para a realidade portuguesa. No ano passado ocorreu situação virgem, já com Rui Costa a Director Desportivo: não entrou ninguém para o plantel de Quique Flores. Pela primeira vez desde 95/96 o Benfica terminou a época com o mesmo plantel com o qual tinha iniciado a época. Em suma, destes 9 nove anos podemos distinguir 2 períodos distintos: o primeiro, de 2002 a 2005, em que de modo geral, o Benfica saiu a ganhar; a partir daí, foram mais as vezes em que o Benfica saiu prejudicado – David Luíz é honrosa excepção – do que beneficiado. Agora que chegamos ao fim de mais uma janela de transferências, veremos se Éder Luís, Kardec e Airton (Franco Jara apenas chegará em Julho) terão oportunidades para serem alternativas válidas aos habituais titulares: esperemos que o Benfica saia a ganhar, o que não tem sucedido muito nos últimos anos, como temos visto. |
Mercado de Inverno:
henrike- Sub Administrador
- Troféus, Medalhas. : :1
*****
:2
*****
:3
Diz de tua justiça..... :
Número de Mensagens : 2422
Idade : 71
País de Origem :
Alertas :
Data de inscrição : 17/01/2010
RPG
Warm:
(0/0)
Fotos:
(0/0)
- Mensagem nº1
Mercado de Inverno:
|
|