Era professora
reformada e ex-freira. Tinha 66 anos, era rica, queria passar o resto
da vida num lar em Fátima. Mas, antes disso, pretendia vender a sua
casa, em Sandim, Gaia. Acabou morta por asfixia, pelo vizinho, por ter
recusado negócio. O suspeito vai ser julgado.O cadáver de
Maria Conceição Pessoa foi encontrado no fundo de um poço, na freguesia
de Olival, Gaia, a 18 de Dezembro de 2008, por indicação do próprio
presumível homicida, um operário fabril, desempregado e hoje detido em
Custóias, de 41 anos.A acusação do Ministério Público imputa-lhe
crimes de homicídio qualificado, roubo agravado, profanação de cadáver
e dano qualificado. O móbil do crime de homicídio terá sido o facto de
a vítima ter negado vender a casa nas condições exigidas pelo agressor.O
indivíduo foi descoberto pela circunstância de, no momento em que tirou
a vida à vizinha, lhe ter roubado cartões bancários e ter tentado
levantar dinheiro. A idosa tinha em três contas poupanças no montante
de 186,5 mil euros.O operário tinha fortes suspeitas de que a
vítima era endinheirada e obrigou-a a revelar o código dos seus
cartões. Mas, apesar disso, continuou a asfixiá-la, provocando-lhe a
morte. Depois disso, foi a encenação. Limpou o local do crime,
desfez-se do corpo, atirando-o para um poço. De seguida, pegou no carro
da idosa, levou-o até perto da barragem de Crestuma e incendiou-o. Tudo
isto aconteceu entre 6 e 7 de Novembro de 2008.O vizinho deixou
passar dez dias e acabou por tentar levantar dinheiro na Caixa Geral de
Depósitos. Mas o código de multibanco, afinal, estava errado... Depois
disso, volvidos mais dez dias, ainda telefonou para o banco, imitando
uma voz com sotaque brasileiro, para questionar se existiria saldo na
conta. Acabou traído por excesso de confiança, porque a Polícia
Judiciária já o tinha colocado sob escuta e acompanhou-o em todos os
passos.Vários dias antes de ser detido, a 18 de Dezembro de
2008, o operário fabril ainda foi ouvido enquanto testemunha nas
instalações da Polícia Judiciária do Porto, ao lado de outros vizinhos
da vítima. Nessa altura, comentou que andaria um assassino à solta.Maria
Pessoa viva sozinha em Sandim, Gaia. Reformada da docência, sem
familiares nem ninguém a seu cargo, ia todos os dias à missa. Um ano
antes de morrer, tinha um objectivo: vender a casa, uma vivenda com
quase mil metros quadrados de logradouro, e ir viver para junto de uma
amiga, em Fátima. Pôs o imóvel à venda por 200 mil euros, mas não
arranjou comprador imediato. Esperou, foi baixando o preço, até
aparecer aquele vizinho.
reformada e ex-freira. Tinha 66 anos, era rica, queria passar o resto
da vida num lar em Fátima. Mas, antes disso, pretendia vender a sua
casa, em Sandim, Gaia. Acabou morta por asfixia, pelo vizinho, por ter
recusado negócio. O suspeito vai ser julgado.O cadáver de
Maria Conceição Pessoa foi encontrado no fundo de um poço, na freguesia
de Olival, Gaia, a 18 de Dezembro de 2008, por indicação do próprio
presumível homicida, um operário fabril, desempregado e hoje detido em
Custóias, de 41 anos.A acusação do Ministério Público imputa-lhe
crimes de homicídio qualificado, roubo agravado, profanação de cadáver
e dano qualificado. O móbil do crime de homicídio terá sido o facto de
a vítima ter negado vender a casa nas condições exigidas pelo agressor.O
indivíduo foi descoberto pela circunstância de, no momento em que tirou
a vida à vizinha, lhe ter roubado cartões bancários e ter tentado
levantar dinheiro. A idosa tinha em três contas poupanças no montante
de 186,5 mil euros.O operário tinha fortes suspeitas de que a
vítima era endinheirada e obrigou-a a revelar o código dos seus
cartões. Mas, apesar disso, continuou a asfixiá-la, provocando-lhe a
morte. Depois disso, foi a encenação. Limpou o local do crime,
desfez-se do corpo, atirando-o para um poço. De seguida, pegou no carro
da idosa, levou-o até perto da barragem de Crestuma e incendiou-o. Tudo
isto aconteceu entre 6 e 7 de Novembro de 2008.O vizinho deixou
passar dez dias e acabou por tentar levantar dinheiro na Caixa Geral de
Depósitos. Mas o código de multibanco, afinal, estava errado... Depois
disso, volvidos mais dez dias, ainda telefonou para o banco, imitando
uma voz com sotaque brasileiro, para questionar se existiria saldo na
conta. Acabou traído por excesso de confiança, porque a Polícia
Judiciária já o tinha colocado sob escuta e acompanhou-o em todos os
passos.Vários dias antes de ser detido, a 18 de Dezembro de
2008, o operário fabril ainda foi ouvido enquanto testemunha nas
instalações da Polícia Judiciária do Porto, ao lado de outros vizinhos
da vítima. Nessa altura, comentou que andaria um assassino à solta.Maria
Pessoa viva sozinha em Sandim, Gaia. Reformada da docência, sem
familiares nem ninguém a seu cargo, ia todos os dias à missa. Um ano
antes de morrer, tinha um objectivo: vender a casa, uma vivenda com
quase mil metros quadrados de logradouro, e ir viver para junto de uma
amiga, em Fátima. Pôs o imóvel à venda por 200 mil euros, mas não
arranjou comprador imediato. Esperou, foi baixando o preço, até
aparecer aquele vizinho.