Já lá vai o tempo em que o árbitro apitava e os jogadores iam a correr para o balneário,
com pressa em aproveitar o tempo de descanso, as instruções do
treinador, o chá com açúcar e as mãos do massagista. Agora, pelo menos
no Benfica, a moda é ficar no relvado à espera. Não é que o balneário tenha perdido o conforto, o problema é lá chegar e atravessar o túnel, esse terreno minado que virou instituição no futebol português.
Depois da turbulência nos jogos com o Braga e com o Nacional da Madeira, Jorge Jesus deu ordem aos jogadores do Benfica para nunca mais se cruzarem com adversários naquela zona do campo, seja no Estádio da Luz
ou em qualquer outro campo do país. Agora, quando o árbitro apita para
o descanso, o onze lá fica a fazer tempo à espera que o ambiente
acalme. A 31 de Outubro, no Braga-Benfica, jogadores das duas equipas
envolveram-se em agressões no intervalo do jogo. Cardozo e Andre Leone foram logo expulsos (só mais tarde é que vieram a conhecer-se os castigos de Vandinho, Mossoró e Ney).
Uma jornada antes, na goleada de 6-1 ao Nacional, o ambiente também já
tinha aquecido no túnel do Estádio da Luz, tanto que, depois de se
transferir para o FC Porto, Rúben Micael viria a denunciar supostas pressões de Jorge Jesus e Rui Costa, na sequência de uma pega entre Luisão e Cléber. Hoje tal já não seria possível, Luisão já não poderia lá estar.
A ordem, por mais carregada de boas intenções que possa estar, voltou a funcionar no jogo com o Sporting
e tem outro objectivo claro: evitar castigos e baixas na equipa. Basta
ver como funciona a justiça desportiva e olhar ao que aconteceu a Vandinho (Sporting de Braga, suspenso três meses), Hulk e Sapunaru
(FC Porto, suspensos à espera de um castigo final) para perceber que um
descuido pode valer semanas de ausência. Domingos perdeu o seu melhor
médio defensivo, Jesualdo Ferreira o avançado mais potente e Jorge
Jesus faz tudo para manter a equipa imaculada.
BIG BROTHER
Seja como for, está visto que o túnel é uma boa oportunidade de jogo.
Só assim se pode entender a guerra de contra-informação entretanto
lançada, com os clubes a tentarem fazer passar imagens mais ou menos
incriminatórias ou a tentarem denunciar novos casos mais ou menos
graves. É o Big Brother do futebol português, à espera que alguém dê um
passo em falso.
com pressa em aproveitar o tempo de descanso, as instruções do
treinador, o chá com açúcar e as mãos do massagista. Agora, pelo menos
no Benfica, a moda é ficar no relvado à espera. Não é que o balneário tenha perdido o conforto, o problema é lá chegar e atravessar o túnel, esse terreno minado que virou instituição no futebol português.
Depois da turbulência nos jogos com o Braga e com o Nacional da Madeira, Jorge Jesus deu ordem aos jogadores do Benfica para nunca mais se cruzarem com adversários naquela zona do campo, seja no Estádio da Luz
ou em qualquer outro campo do país. Agora, quando o árbitro apita para
o descanso, o onze lá fica a fazer tempo à espera que o ambiente
acalme. A 31 de Outubro, no Braga-Benfica, jogadores das duas equipas
envolveram-se em agressões no intervalo do jogo. Cardozo e Andre Leone foram logo expulsos (só mais tarde é que vieram a conhecer-se os castigos de Vandinho, Mossoró e Ney).
Uma jornada antes, na goleada de 6-1 ao Nacional, o ambiente também já
tinha aquecido no túnel do Estádio da Luz, tanto que, depois de se
transferir para o FC Porto, Rúben Micael viria a denunciar supostas pressões de Jorge Jesus e Rui Costa, na sequência de uma pega entre Luisão e Cléber. Hoje tal já não seria possível, Luisão já não poderia lá estar.
A ordem, por mais carregada de boas intenções que possa estar, voltou a funcionar no jogo com o Sporting
e tem outro objectivo claro: evitar castigos e baixas na equipa. Basta
ver como funciona a justiça desportiva e olhar ao que aconteceu a Vandinho (Sporting de Braga, suspenso três meses), Hulk e Sapunaru
(FC Porto, suspensos à espera de um castigo final) para perceber que um
descuido pode valer semanas de ausência. Domingos perdeu o seu melhor
médio defensivo, Jesualdo Ferreira o avançado mais potente e Jorge
Jesus faz tudo para manter a equipa imaculada.
BIG BROTHER
Seja como for, está visto que o túnel é uma boa oportunidade de jogo.
Só assim se pode entender a guerra de contra-informação entretanto
lançada, com os clubes a tentarem fazer passar imagens mais ou menos
incriminatórias ou a tentarem denunciar novos casos mais ou menos
graves. É o Big Brother do futebol português, à espera que alguém dê um
passo em falso.