O presidente do Comité Olímpico de
Portugal (COP), Vicente Moura, mostrou-se hoje preocupado com o futuro
do Sporting, considerando que o clube tem de rentabilizar
financeiramente a academia de futebol.
Adepto
''desde criança'' e sócio ''há quase duas dezenas de anos'', Vicente
Moura tem visto ''com apreensão e desencanto'' a época do Sporting, que
na terça feira foi eliminado da taça da Liga frente ao Benfica (4-1),
depois de já ter sido afastado da taça de Portugal, além de estar a 19
pontos da liderança da Liga.
''Não se pode fechar a porta a uma equipa que não está contente,
que não sente o pulsar dos sócios, cuja organização é escassa e que é
dirigida por pessoas que não têm qualquer experiência nessas áreas. Uma
equipa assim não pode ir longe, não tem grandes perspetivas. O futuro é
muito sombrio'', lamentou.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente olímpico vê ''com alguma
apreensão o afastamento de algumas das grandes figuras do clube e de
sócios muito dedicados''.
''É preciso que os sócios muito antigos sejam ouvidos. Acho que
agora é que se justificava, provavelmente, fazer algumas reuniões,
tentar colher opiniões, para encontrar novos caminhos para o Sporting.
O Sporting ou inflete agora rapidamente a sua direção ou torna-se um
clube descartável'', alertou.
Vicente Moura lembrou que ''o Sporting não é um clube de bairro, é
um clube nacional'' e ''tem de agir em conformidade com o historial que
tem'', pelo que ''não lhe basta manter-se à tona de água, tem de ir
muito mais longe''.
''Não tenho nada a dizer contra o presidente, que é um homem que
tem alguma experiência na gestão. Mas um clube desportivo não é uma
empresa e não pode ser conduzido como uma empresa. Tem outros
objetivos. Uma empresa ao fim do ano busca o lucro financeiro. O
Sporting precisa de um lucro, mas um lucro desportivo'', afirmou.
Nos últimos anos, o Sporting tem apostado na formação, tendo no atual plantel 10 jogadores vindos da academia ''leonina''.
''Acho que a formação é uma fábrica de atletas e uma fonte de
financiamento. Mas a formação tem de ser vista numa perspetiva de
rentabilização. Por um lado, pode 'alimentar' a equipa, mas também pode
'alimentar' as contas bancárias. É preciso gerir isso muito bem'',
referiu.
Vicente Moura lamentou ainda que haja jogadores contrariados no
plantel, afirmando que ''os que não querem estar no clube saem, 'vão à
vida', e o Sporting recebe essas receitas''.
''Não podemos obrigá-los a ficar, porque isso não dá resultado.
Mesmo numa empresa, um funcionário que está contrariado não rende. É
preciso ir à academia buscar novos jogadores e, se possível, vendê-los.
É preciso vender novos Futres, novos Ronaldos, isso é assim mesmo.
Temos de produzir dinheiro'', concluiu.
Portugal (COP), Vicente Moura, mostrou-se hoje preocupado com o futuro
do Sporting, considerando que o clube tem de rentabilizar
financeiramente a academia de futebol.
''desde criança'' e sócio ''há quase duas dezenas de anos'', Vicente
Moura tem visto ''com apreensão e desencanto'' a época do Sporting, que
na terça feira foi eliminado da taça da Liga frente ao Benfica (4-1),
depois de já ter sido afastado da taça de Portugal, além de estar a 19
pontos da liderança da Liga.
''Não se pode fechar a porta a uma equipa que não está contente,
que não sente o pulsar dos sócios, cuja organização é escassa e que é
dirigida por pessoas que não têm qualquer experiência nessas áreas. Uma
equipa assim não pode ir longe, não tem grandes perspetivas. O futuro é
muito sombrio'', lamentou.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente olímpico vê ''com alguma
apreensão o afastamento de algumas das grandes figuras do clube e de
sócios muito dedicados''.
''É preciso que os sócios muito antigos sejam ouvidos. Acho que
agora é que se justificava, provavelmente, fazer algumas reuniões,
tentar colher opiniões, para encontrar novos caminhos para o Sporting.
O Sporting ou inflete agora rapidamente a sua direção ou torna-se um
clube descartável'', alertou.
Vicente Moura lembrou que ''o Sporting não é um clube de bairro, é
um clube nacional'' e ''tem de agir em conformidade com o historial que
tem'', pelo que ''não lhe basta manter-se à tona de água, tem de ir
muito mais longe''.
''Não tenho nada a dizer contra o presidente, que é um homem que
tem alguma experiência na gestão. Mas um clube desportivo não é uma
empresa e não pode ser conduzido como uma empresa. Tem outros
objetivos. Uma empresa ao fim do ano busca o lucro financeiro. O
Sporting precisa de um lucro, mas um lucro desportivo'', afirmou.
Nos últimos anos, o Sporting tem apostado na formação, tendo no atual plantel 10 jogadores vindos da academia ''leonina''.
''Acho que a formação é uma fábrica de atletas e uma fonte de
financiamento. Mas a formação tem de ser vista numa perspetiva de
rentabilização. Por um lado, pode 'alimentar' a equipa, mas também pode
'alimentar' as contas bancárias. É preciso gerir isso muito bem'',
referiu.
Vicente Moura lamentou ainda que haja jogadores contrariados no
plantel, afirmando que ''os que não querem estar no clube saem, 'vão à
vida', e o Sporting recebe essas receitas''.
''Não podemos obrigá-los a ficar, porque isso não dá resultado.
Mesmo numa empresa, um funcionário que está contrariado não rende. É
preciso ir à academia buscar novos jogadores e, se possível, vendê-los.
É preciso vender novos Futres, novos Ronaldos, isso é assim mesmo.
Temos de produzir dinheiro'', concluiu.