Serão precisos mais de 30 dias de trabalho para
voltar a reabrir ao trânsito o troço da A8, no sentido norte-sul entre
os nós de Alfeizerão e Tornada. A garantia foi dada ontem ao JN pelo
presidente do Conselho de Administração das Auto-estradas do Atlântico.As
obras, que vão decorrer dia e noite, começaram logo ao final da tarde
de anteontem após se ter verificado o abatimento do piso devido ao
deslizamento de terras, provocado pelas últimas chuvas. José Braga
explicou que a obra "é complexa" e que "nunca demorará menos de um mês"
a estar concluída. "O local é muito confinado. A zona é muito restrita,
com apenas 50 metros de largura, e o talude é muito alto" explicou o
responsável, garantindo que no terreno "estão todos os meios
necessários". Refazer a auto-estradaSegundo José Braga,
durante os próximos dias será feita a remoção das terras junto ao
talude com cerca de oito metros de altura. Trata-se de um trabalho
"minucioso" assegura, já que, adianta, "terá de ser feita a
estabilização do terreno, e enchimento do talude e só depois será
reposto o pavimento". "Teremos de refazer a auto-estrada", assegurou.O
presidente do Conselho de Administração das Auto-estradas do Atlântico
revelou ao JN que aquele troço - entre os nós de Alfeizerão (Alcobaça),
e Tornada (Caldas da Rainha) - "estava a ser monitorizado há três
semanas", mas "nada fazia prever que a situação evoluísse desta
maneira". "Este deslizamento foi muito superior às nossas
expectativas", admitiu.O abatimento do piso ocorreu perto do
quilómetro 92, no sentido norte-sul. O trânsito foi cortado nas três
faixas e passou a fazer-se nos dois sentidos apenas pela faixa
sul-norte. José Braga garante que a circulação - apenas condicionada em
quatro quilómetros - "está a ser feita normalmente, sem
congestionamentos", e que "mesmo com a aproximação do fim-de-semana não
haverá problemas" na A8, onde circulam cerca de 13 mil viaturas por dia.O
nó de Alfeizerão só deverá ser reaberto dentro de "quatro a cinco
dias", pelo que os automobilistas só podem entrar na A8 no nó da
Nazaré. Aqueles que se deslocarem a partir de Alfeizerão deverão usar a
estrada nacional e entrar no nó de Tornada.Sem poder dormir em
casa, pelo menos durante a próxima semana, está a família de José
Martins, cuja habitação se localiza mesmo sob o talude que cedeu. "De
vez em quando vou lá ver a estrada, e já andava desconfiado" assegurou,
admitindo ter ficado "apreensivo" quando o mandaram sair de casa. "Pensei
que a terra podia chegar à minha casa", frisou o reformado enquanto
mostra a garagem da habitação, construída em Setembro, mas já com
grandes fissuras e localizada junto ao talude . "Julgava que os
terrenos estavam fixos, mas afinal ainda não estão", revela José, que
pernoitará nos próximos dias numa unidade hoteleira de Caldas da
Rainha, acompanhado da mulher e da filha de 26 anos.
voltar a reabrir ao trânsito o troço da A8, no sentido norte-sul entre
os nós de Alfeizerão e Tornada. A garantia foi dada ontem ao JN pelo
presidente do Conselho de Administração das Auto-estradas do Atlântico.As
obras, que vão decorrer dia e noite, começaram logo ao final da tarde
de anteontem após se ter verificado o abatimento do piso devido ao
deslizamento de terras, provocado pelas últimas chuvas. José Braga
explicou que a obra "é complexa" e que "nunca demorará menos de um mês"
a estar concluída. "O local é muito confinado. A zona é muito restrita,
com apenas 50 metros de largura, e o talude é muito alto" explicou o
responsável, garantindo que no terreno "estão todos os meios
necessários". Refazer a auto-estradaSegundo José Braga,
durante os próximos dias será feita a remoção das terras junto ao
talude com cerca de oito metros de altura. Trata-se de um trabalho
"minucioso" assegura, já que, adianta, "terá de ser feita a
estabilização do terreno, e enchimento do talude e só depois será
reposto o pavimento". "Teremos de refazer a auto-estrada", assegurou.O
presidente do Conselho de Administração das Auto-estradas do Atlântico
revelou ao JN que aquele troço - entre os nós de Alfeizerão (Alcobaça),
e Tornada (Caldas da Rainha) - "estava a ser monitorizado há três
semanas", mas "nada fazia prever que a situação evoluísse desta
maneira". "Este deslizamento foi muito superior às nossas
expectativas", admitiu.O abatimento do piso ocorreu perto do
quilómetro 92, no sentido norte-sul. O trânsito foi cortado nas três
faixas e passou a fazer-se nos dois sentidos apenas pela faixa
sul-norte. José Braga garante que a circulação - apenas condicionada em
quatro quilómetros - "está a ser feita normalmente, sem
congestionamentos", e que "mesmo com a aproximação do fim-de-semana não
haverá problemas" na A8, onde circulam cerca de 13 mil viaturas por dia.O
nó de Alfeizerão só deverá ser reaberto dentro de "quatro a cinco
dias", pelo que os automobilistas só podem entrar na A8 no nó da
Nazaré. Aqueles que se deslocarem a partir de Alfeizerão deverão usar a
estrada nacional e entrar no nó de Tornada.Sem poder dormir em
casa, pelo menos durante a próxima semana, está a família de José
Martins, cuja habitação se localiza mesmo sob o talude que cedeu. "De
vez em quando vou lá ver a estrada, e já andava desconfiado" assegurou,
admitindo ter ficado "apreensivo" quando o mandaram sair de casa. "Pensei
que a terra podia chegar à minha casa", frisou o reformado enquanto
mostra a garagem da habitação, construída em Setembro, mas já com
grandes fissuras e localizada junto ao talude . "Julgava que os
terrenos estavam fixos, mas afinal ainda não estão", revela José, que
pernoitará nos próximos dias numa unidade hoteleira de Caldas da
Rainha, acompanhado da mulher e da filha de 26 anos.