Rogério Ceni é um homenzarrão feito mas já se queixou
como um miúdo a quem roubaram uma bola no recreio. E isso aconteceu
quando Neymar, do Santos, lhe fez uma maldade num
penálti: uma paradinha que deu golo e deixou o guarda-redes do São Paulo
completamente fora dela. E de si. Ceni entendia ter feito o suficiente
para ser respeitado e não se conteve nos comentários: "Estive ali no
bate-papo com o Neymar e lhe disse que isso aqui só no Brasil
é que acontece! Nem foi uma paradinha, foi um paradão." Esqueceu-se
Ceni, o guarda-redes goleador, de que ele tinha feito o mesmo dois anos
antes, contra o Atlético Paranaense. A justiça de uma paradinha, que
acontece quando o marcador do penálti congela antes de rematar, depende
da perspectiva: quem ataca, defende-a; quem defende, ataca-a. É sempre
assim. Ou quase. Porque Kaká, que parece ser um
futebolista à parte, escreveu não concordar com a paradinha de Neymar a
Ceni no Twitter. Ele que até é do Brasil, onde há um gingão dentro de
cada jogador.
Pois bem, a jigajoga antes das grandes penalidades
poderá ter os dias contados. Ou os passos contados. Tudo porque a International
Association Football Board (IFAB), organismo FIFA, reúne-se
hoje com vários assuntos em agenda, entre os quais colocar um ponto
final à paradinha. Estamos a menos de 100 dias do Mundial e há quem não
queira ver uma final decidida com um passo em falso.
A lei 14 do
jogo diz o seguinte: "Fazer fintas durante a execução de um
pontapé de grande penalidade para confundir o adversário é autorizado e
faz parte do futebol. No entanto, se o árbitro entender que a finta
constitui um comportamento antidesportivo, o jogador deve ser
advertido." Em última análise, é a opinião do homem do apito
que pervalece. "Concordo com a paradinha. Então, se o penálti é para
punir um infractor por que é que devemos beneficiar quem defende ao não
deixar o marcador do penálti usar aquilo que puder para marcar golo? A
paradinha é simplesmente uma finta", diz Jorge Coroado que garante
perceber o dilema dos guarda-redes. "Eles agora também se podem mexer ao
longo da linha."
Certo. Mas ao vermos o que Fred (Fluminense)
faz consecutivamente aos adversários, não podemos deixar de pensar onde
acaba a finta e começa o gozo. Fica ao critério do leitor.
como um miúdo a quem roubaram uma bola no recreio. E isso aconteceu
quando Neymar, do Santos, lhe fez uma maldade num
penálti: uma paradinha que deu golo e deixou o guarda-redes do São Paulo
completamente fora dela. E de si. Ceni entendia ter feito o suficiente
para ser respeitado e não se conteve nos comentários: "Estive ali no
bate-papo com o Neymar e lhe disse que isso aqui só no Brasil
é que acontece! Nem foi uma paradinha, foi um paradão." Esqueceu-se
Ceni, o guarda-redes goleador, de que ele tinha feito o mesmo dois anos
antes, contra o Atlético Paranaense. A justiça de uma paradinha, que
acontece quando o marcador do penálti congela antes de rematar, depende
da perspectiva: quem ataca, defende-a; quem defende, ataca-a. É sempre
assim. Ou quase. Porque Kaká, que parece ser um
futebolista à parte, escreveu não concordar com a paradinha de Neymar a
Ceni no Twitter. Ele que até é do Brasil, onde há um gingão dentro de
cada jogador.
Pois bem, a jigajoga antes das grandes penalidades
poderá ter os dias contados. Ou os passos contados. Tudo porque a International
Association Football Board (IFAB), organismo FIFA, reúne-se
hoje com vários assuntos em agenda, entre os quais colocar um ponto
final à paradinha. Estamos a menos de 100 dias do Mundial e há quem não
queira ver uma final decidida com um passo em falso.
A lei 14 do
jogo diz o seguinte: "Fazer fintas durante a execução de um
pontapé de grande penalidade para confundir o adversário é autorizado e
faz parte do futebol. No entanto, se o árbitro entender que a finta
constitui um comportamento antidesportivo, o jogador deve ser
advertido." Em última análise, é a opinião do homem do apito
que pervalece. "Concordo com a paradinha. Então, se o penálti é para
punir um infractor por que é que devemos beneficiar quem defende ao não
deixar o marcador do penálti usar aquilo que puder para marcar golo? A
paradinha é simplesmente uma finta", diz Jorge Coroado que garante
perceber o dilema dos guarda-redes. "Eles agora também se podem mexer ao
longo da linha."
Certo. Mas ao vermos o que Fred (Fluminense)
faz consecutivamente aos adversários, não podemos deixar de pensar onde
acaba a finta e começa o gozo. Fica ao critério do leitor.