Apuramento norte-coreano para Mundial-2010 relembra história de 1966,
quando a Itália fechou portas a estrangeiros.
Eusébio sofre falta de um norte-coreano
Central
Press/Getty Images
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É mais fácil abrir um McDonald's em Pyongyang do que a selecção
norte-coreana qualificar-se para outro Mundial.
A piada à cortina
de ferro aliada à fraca produção futebolística daquele país asiático
era recorrente nos EUA (país onde nasceu o McDonald's em 1940 e inimigo
da Coreia do Norte), sobretudo a partir de 1990, quando os States
abriram os olhos para o soccer e começaram a ir sempre aos Mundiais, ao
ponto de terem o dobro das presenças de Portugal: 8 contra 4.
Mas
Portugal (com McDonald's desde 23 de Maio de 1991) tem mais fases
finais de Mundiais do que a Coreia Norte e foi precisamente a selecção
nacional quem eliminou os norte-coreanos na sua única experiência
mundialista em 1966 (o memorável 5-3, com quatro golos de Eusébio, nos
quartos-de-final). E também foi Portugal, através de José Peseiro,
seleccionador da Arábia Saudita, quem proporcionou o apuramento da
Coreia do Norte para o segundo Mundial, em 2010, face ao empate a zero
registado em Riade (com McDonald's desde 8 de Dezembro de 1993).
Em
2009, Pyongyang, capital da Coreia do Norte, continua sem McDonald's e a
cortina de ferro é uma realidade triste, ultrapassada e incontornável. O
futebol da selecção é bem diferente da política, mais condizente com a
realidade: defensivo (um golo sofrido nos últimos cinco jogos). Em 1966,
no Mundial de Inglaterra não era assim.
Causa
Quem o diz é Eusébio, que falou ao i em directo dos EUA (sim, tem
McDonald's; em caso de dúvida, ler a linha 7 deste texto).
"O
futebol deles era despreocupado e ofensivo. Havia até bons jogadores
tecnicamente. Não foi por acaso que ganharam à Itália e marcaram três
golos à nossa selecção. Mas também havia muita inexperiência e isso
foi-lhes fatal em Inglaterra", recorda o "Pantera Negra", que marcou
quatro golos numa tarde gloriosa no Goodison Park, em Liverpool.
Aos
24 minutos, já havia 3-0 para os norte-coreanos. Portugal reagiu. Ou
melhor, Eusébio reagiu. Marcou aos 27', 42' (penalty), 57' e 59'
(novamente de grande penalidade). A esse póquer juntou-se-lhe ainda um
golo de José Augusto e resultado feito para Portugal: 5-3.
Efeito A
Coreia do Norte, essa, foi para casa mas com a sensação do dever
cumprido. Foi a primeira selecção asiática a passar a fase de grupos de
um Mundial (depois, só a vizinha Coreia do Sul, em 2002, repetiu o
feito) e fê-lo com estilo: 1-0 à Itália, em Middlesbrough. E como um
grupo de jogadores amadores deixou de olhos em bico a squadra azzurra,
um resultado tão surpreendente que os italianos foram recebidos com
tomates no regresso a casa, a reacção da federação italiana foi fechar
as portas aos estrangeiros (uma cortina de ferro no futebol). E Eusébio,
com tudo tratado com o Inter, continuou no Benfica.
"Já tinha
assinado pelo Inter. Encontrei-me com o outro Moratti [Angelo, pai de
Massimo, actual presidente do Inter], que era um homem cheio de ideias,
vigoroso e que adorava futebol, e chegámos a acordo. Mas a Coreia do
Norte ganhou à Itália e eles [da federação italiana] fecharam o acesso
aos estrangeiros."
Daqui a um ano, sobe o pano (da cortina de
ferro) na África do Sul. E os jogadores norte-coreanos não estão
autorizados a tocar num BigMac.
quando a Itália fechou portas a estrangeiros.
- Fotografia
- Vídeo
- Audio
Eusébio sofre falta de um norte-coreano
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É mais fácil abrir um McDonald's em Pyongyang do que a selecção
norte-coreana qualificar-se para outro Mundial.
A piada à cortina
de ferro aliada à fraca produção futebolística daquele país asiático
era recorrente nos EUA (país onde nasceu o McDonald's em 1940 e inimigo
da Coreia do Norte), sobretudo a partir de 1990, quando os States
abriram os olhos para o soccer e começaram a ir sempre aos Mundiais, ao
ponto de terem o dobro das presenças de Portugal: 8 contra 4.
Mas
Portugal (com McDonald's desde 23 de Maio de 1991) tem mais fases
finais de Mundiais do que a Coreia Norte e foi precisamente a selecção
nacional quem eliminou os norte-coreanos na sua única experiência
mundialista em 1966 (o memorável 5-3, com quatro golos de Eusébio, nos
quartos-de-final). E também foi Portugal, através de José Peseiro,
seleccionador da Arábia Saudita, quem proporcionou o apuramento da
Coreia do Norte para o segundo Mundial, em 2010, face ao empate a zero
registado em Riade (com McDonald's desde 8 de Dezembro de 1993).
Em
2009, Pyongyang, capital da Coreia do Norte, continua sem McDonald's e a
cortina de ferro é uma realidade triste, ultrapassada e incontornável. O
futebol da selecção é bem diferente da política, mais condizente com a
realidade: defensivo (um golo sofrido nos últimos cinco jogos). Em 1966,
no Mundial de Inglaterra não era assim.
Causa
Quem o diz é Eusébio, que falou ao i em directo dos EUA (sim, tem
McDonald's; em caso de dúvida, ler a linha 7 deste texto).
"O
futebol deles era despreocupado e ofensivo. Havia até bons jogadores
tecnicamente. Não foi por acaso que ganharam à Itália e marcaram três
golos à nossa selecção. Mas também havia muita inexperiência e isso
foi-lhes fatal em Inglaterra", recorda o "Pantera Negra", que marcou
quatro golos numa tarde gloriosa no Goodison Park, em Liverpool.
Aos
24 minutos, já havia 3-0 para os norte-coreanos. Portugal reagiu. Ou
melhor, Eusébio reagiu. Marcou aos 27', 42' (penalty), 57' e 59'
(novamente de grande penalidade). A esse póquer juntou-se-lhe ainda um
golo de José Augusto e resultado feito para Portugal: 5-3.
Efeito A
Coreia do Norte, essa, foi para casa mas com a sensação do dever
cumprido. Foi a primeira selecção asiática a passar a fase de grupos de
um Mundial (depois, só a vizinha Coreia do Sul, em 2002, repetiu o
feito) e fê-lo com estilo: 1-0 à Itália, em Middlesbrough. E como um
grupo de jogadores amadores deixou de olhos em bico a squadra azzurra,
um resultado tão surpreendente que os italianos foram recebidos com
tomates no regresso a casa, a reacção da federação italiana foi fechar
as portas aos estrangeiros (uma cortina de ferro no futebol). E Eusébio,
com tudo tratado com o Inter, continuou no Benfica.
"Já tinha
assinado pelo Inter. Encontrei-me com o outro Moratti [Angelo, pai de
Massimo, actual presidente do Inter], que era um homem cheio de ideias,
vigoroso e que adorava futebol, e chegámos a acordo. Mas a Coreia do
Norte ganhou à Itália e eles [da federação italiana] fecharam o acesso
aos estrangeiros."
Daqui a um ano, sobe o pano (da cortina de
ferro) na África do Sul. E os jogadores norte-coreanos não estão
autorizados a tocar num BigMac.