Há dez anos que utentes da Quinta do Conde aguardam a construção de
uma nova unidade
Os utentes da Quinta do Conde, Sesimbra, manifestam-se no próximo
sábado para exigir o recomeço das obras da nova extensão de saúde,
paradas há quase cinco meses, que se completam no dia 13. O empreiteiro
faliu e só deixou de pé a estrutura de betão.A reivindicação
de novas instalações - as actuais são provisórias há mais de 30 anos -
tem uma década. "Já perdemos a conta aos protestos. Agora, queremos
fazer pressão para que as obras arranquem", explicou ao JN o porta-voz
da Comissão de Utentes, Fernando Patrício, frisando que quando os
trabalhos foram iniciados, em 2009, os utentes ganharam uma nova
esperança, que saiu gorada. "Ficámos todos satisfeitos, porque íamos ter
um centro de saúde novo. Começaram as obras, mas agora isto está parado
e nem tão cedo acaba", queixa-se Carlos Sereno, de 66 anos, lamentando
as condições em que é atendido. "É acanhado e tem muita gente"."Era
bom que isto abrisse, para ver se há melhores condições", realça também
Maria de Fátima Machado, de 53 anos, mostrando-se insatisfeita pelo
facto de os trabalhos estarem parados há meses.O vencedor do
concurso, a empresa Construções Pastilha e Pastilha, informou em Outubro
a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) de
que não dispunha de condições financeiras para continuar as obras. Desde
então, o processo está nas mãos do Tribunal de Contas, que tem de
validar o contrato a assinar com o novo empreiteiro.Afirmando ser
"completamente alheia" aos atrasos que têm vindo a ocorrer, a ARSLVT
reconhece que "as actuais instalações não correspondem às necessidades
da população e dos profissionais de saúde", pelo que "a obra é
importante e prioritária". "O recomeço dos trabalhos está
dependente da resolução das questões jurídicas de alguma complexidade",
explica o organismo, em esclarecimento por escrito, onde garante também
que "já foi apurado novo empreiteiro".Segundo a ARSLVT, está em
curso a rescisão do contrato com o empreiteiro que faliu, decisão que
"não deve demorar". Depois disso, a entidade irá requerer a posse
administrativa junto do Governo Civil e desencadear "imediatamente a
seguir" a proposta para nova adjudicação, respeitante às obras por
executar.Faltam médicosOs utentes da Quinta do Conde
reclamam também a contratação de mais clínicos para o quadro da extensão
de saúde, dado que entre os 30 mil habitantes apenas oito mil têm
médico de família. "Não serve de nada ter um espaço se não houver
pessoal para assegurar que funcione normalmente. É necessário que se
comece já a fazer preparativos para arranjar mais médicos", alerta o
porta-voz da Comissão de Utentes, Fernando Patrício. Sobre este assunto,
a ARSLVT assume que a questão "não é de fácil resolução", dado haver
carência de médicos em todo o país.
uma nova unidade
Os utentes da Quinta do Conde, Sesimbra, manifestam-se no próximo
sábado para exigir o recomeço das obras da nova extensão de saúde,
paradas há quase cinco meses, que se completam no dia 13. O empreiteiro
faliu e só deixou de pé a estrutura de betão.A reivindicação
de novas instalações - as actuais são provisórias há mais de 30 anos -
tem uma década. "Já perdemos a conta aos protestos. Agora, queremos
fazer pressão para que as obras arranquem", explicou ao JN o porta-voz
da Comissão de Utentes, Fernando Patrício, frisando que quando os
trabalhos foram iniciados, em 2009, os utentes ganharam uma nova
esperança, que saiu gorada. "Ficámos todos satisfeitos, porque íamos ter
um centro de saúde novo. Começaram as obras, mas agora isto está parado
e nem tão cedo acaba", queixa-se Carlos Sereno, de 66 anos, lamentando
as condições em que é atendido. "É acanhado e tem muita gente"."Era
bom que isto abrisse, para ver se há melhores condições", realça também
Maria de Fátima Machado, de 53 anos, mostrando-se insatisfeita pelo
facto de os trabalhos estarem parados há meses.O vencedor do
concurso, a empresa Construções Pastilha e Pastilha, informou em Outubro
a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) de
que não dispunha de condições financeiras para continuar as obras. Desde
então, o processo está nas mãos do Tribunal de Contas, que tem de
validar o contrato a assinar com o novo empreiteiro.Afirmando ser
"completamente alheia" aos atrasos que têm vindo a ocorrer, a ARSLVT
reconhece que "as actuais instalações não correspondem às necessidades
da população e dos profissionais de saúde", pelo que "a obra é
importante e prioritária". "O recomeço dos trabalhos está
dependente da resolução das questões jurídicas de alguma complexidade",
explica o organismo, em esclarecimento por escrito, onde garante também
que "já foi apurado novo empreiteiro".Segundo a ARSLVT, está em
curso a rescisão do contrato com o empreiteiro que faliu, decisão que
"não deve demorar". Depois disso, a entidade irá requerer a posse
administrativa junto do Governo Civil e desencadear "imediatamente a
seguir" a proposta para nova adjudicação, respeitante às obras por
executar.Faltam médicosOs utentes da Quinta do Conde
reclamam também a contratação de mais clínicos para o quadro da extensão
de saúde, dado que entre os 30 mil habitantes apenas oito mil têm
médico de família. "Não serve de nada ter um espaço se não houver
pessoal para assegurar que funcione normalmente. É necessário que se
comece já a fazer preparativos para arranjar mais médicos", alerta o
porta-voz da Comissão de Utentes, Fernando Patrício. Sobre este assunto,
a ARSLVT assume que a questão "não é de fácil resolução", dado haver
carência de médicos em todo o país.