Fernando Gomes, antigo administrador da FC Porto, SAD, não tem
concorrência. O Sporting apoia-o, Benfica perde influência
Hermínio Loureiro sentiu-se desautorizado com a redução do castigo a
Hulk e Sapunaru e demitiu-se, Andreia Couto passou a líder interina da
Liga (ver perfil ao lado) mas o próximo presidente está encontrado:
chama-se Fernando Gomes, vem da órbita do FC Porto, é apoiado pelo
Sporting e o Benfica passou ao lado. Nesta altura Luís Filipe Vieira tem
duas hipóteses - ou encontra um candidato forte para o combater (o que é
pouco provável); ou move-se com discrição para não entrar numa luta que
muito provavelmente não pode ganhar.
De uma semana para a outra,
as contas estão feitas. Fernando Gomes, antigo administrador da SAD
portista - de onde saiu contrariado com a política financeira de risco
seguida por Pinto da Costa - tem praticamente todos os clubes
profissionais da Liga Vitalis (segunda divisão) do seu lado. "E na
primeira divisão tem já 50% dos votos", garantiram ontem ao i. A
eleição parece certa. Apesar da discrição azul-e-branca (no dragão até
se fez passar a mensagem que o clube nem sequer irá votar), o Sporting
está do lado da solução portista e não será de estranhar que o Sporting
de Braga siga a tendência.
Fernando Gomes é um gestor com
prestígio dentro e fora do país e há muito que são respeitadas as ideias
que vai lançando nos fóruns de discussão do futebol profissional. No
caminho para a presidência terá influência na constituição de organismos
como a comissão disciplinar, aquele que delibera sobre castigos e
suspensões. É aí que está parte do poder no futebol português - a
suspensão de Hulk e Sapunaru com quatro e seis meses (apesar de depois o
conselho de justiça da Federação, em última instância, reduzir as penas
para três e quatro jogos) é disso um exemplo. Nos últimos meses, a
Norte, fez-se tudo para passar a ideia de que a Comissão Disciplinar é
próxima do Benfica; nos próximos, está visto, as críticas poderão ser
inversas e vir do lado do Estádio da Luz.
benfica sem tempo
"Candidatar-me? Agora não há tempo." Esta terá sido uma das respostas
que Luís Filipe Vieira recebeu nos últimos dias, quando procurou uma
solução encarnada para a Liga. A força da candidatura de Fernando Gomes é
evidente e apenas Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, se
apresenta como concorrente. Mesmo assim os seus apoios são reduzidos.
Para
o Benfica, apurou o i, não está excluída a possibilidade de
aproximação a Fernando Gomes - aproveitando o distanciamento relativo
que o economista cavou para Pinto da Costa - tentando ganhar alguma
influência nos nomes que este vai recrutar para a sua equipa.
No
passado, Luís Filipe Vieira chegou a sugerir que ter poder na Liga era
mais importante que um bom reforço. Depois, Hermínio Loureiro, o último
presidente, até se tornou uma figura apoiada na Luz. Agora os terrenos
são delicados - Fernando Gomes é portista de gema, antigo
basquetebolista dos dragões (anos 70) que logo iniciou carreira de
dirigente; passou pela presidência da Liga de Basquetebol (1995 a 1996) e
no clube evoluiu até administrador da SAD; lá fora, é membro do comité
de competições da UEFA e da FIFA; por cá, agora, defende um modelo
empresarial para Liga quer ajude o futebol profissional a sair da crise.
concorrência. O Sporting apoia-o, Benfica perde influência
Hermínio Loureiro sentiu-se desautorizado com a redução do castigo a
Hulk e Sapunaru e demitiu-se, Andreia Couto passou a líder interina da
Liga (ver perfil ao lado) mas o próximo presidente está encontrado:
chama-se Fernando Gomes, vem da órbita do FC Porto, é apoiado pelo
Sporting e o Benfica passou ao lado. Nesta altura Luís Filipe Vieira tem
duas hipóteses - ou encontra um candidato forte para o combater (o que é
pouco provável); ou move-se com discrição para não entrar numa luta que
muito provavelmente não pode ganhar.
De uma semana para a outra,
as contas estão feitas. Fernando Gomes, antigo administrador da SAD
portista - de onde saiu contrariado com a política financeira de risco
seguida por Pinto da Costa - tem praticamente todos os clubes
profissionais da Liga Vitalis (segunda divisão) do seu lado. "E na
primeira divisão tem já 50% dos votos", garantiram ontem ao i. A
eleição parece certa. Apesar da discrição azul-e-branca (no dragão até
se fez passar a mensagem que o clube nem sequer irá votar), o Sporting
está do lado da solução portista e não será de estranhar que o Sporting
de Braga siga a tendência.
Fernando Gomes é um gestor com
prestígio dentro e fora do país e há muito que são respeitadas as ideias
que vai lançando nos fóruns de discussão do futebol profissional. No
caminho para a presidência terá influência na constituição de organismos
como a comissão disciplinar, aquele que delibera sobre castigos e
suspensões. É aí que está parte do poder no futebol português - a
suspensão de Hulk e Sapunaru com quatro e seis meses (apesar de depois o
conselho de justiça da Federação, em última instância, reduzir as penas
para três e quatro jogos) é disso um exemplo. Nos últimos meses, a
Norte, fez-se tudo para passar a ideia de que a Comissão Disciplinar é
próxima do Benfica; nos próximos, está visto, as críticas poderão ser
inversas e vir do lado do Estádio da Luz.
benfica sem tempo
"Candidatar-me? Agora não há tempo." Esta terá sido uma das respostas
que Luís Filipe Vieira recebeu nos últimos dias, quando procurou uma
solução encarnada para a Liga. A força da candidatura de Fernando Gomes é
evidente e apenas Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, se
apresenta como concorrente. Mesmo assim os seus apoios são reduzidos.
Para
o Benfica, apurou o i, não está excluída a possibilidade de
aproximação a Fernando Gomes - aproveitando o distanciamento relativo
que o economista cavou para Pinto da Costa - tentando ganhar alguma
influência nos nomes que este vai recrutar para a sua equipa.
No
passado, Luís Filipe Vieira chegou a sugerir que ter poder na Liga era
mais importante que um bom reforço. Depois, Hermínio Loureiro, o último
presidente, até se tornou uma figura apoiada na Luz. Agora os terrenos
são delicados - Fernando Gomes é portista de gema, antigo
basquetebolista dos dragões (anos 70) que logo iniciou carreira de
dirigente; passou pela presidência da Liga de Basquetebol (1995 a 1996) e
no clube evoluiu até administrador da SAD; lá fora, é membro do comité
de competições da UEFA e da FIFA; por cá, agora, defende um modelo
empresarial para Liga quer ajude o futebol profissional a sair da crise.