Utentes prometem novas formas de luta em defesa de SAP aberto 24 horas por dia |
Mais de uma centena de pessoas exigiu, ontem, sexta-feira, em Valença,
o funcionamento, durante 24 horas por dia, das Urgências do centro de
saúde local. Comissão de utentes promete endurecer formas de luta caso a
tutela "insista em não atender à pretensão de Valença".A
população de Valença voltou, ontem, às ruas para exigir a manutenção do
Serviço de Atendimento Permanente (SAP), vulgo Urgência, em
funcionamento. Na origem do protesto está uma informação veiculada pela
comissão de utentes, segundo a qual o serviço pode vir a fechar
definitivamente portas a partir do próximo dia 1, sendo então
substituído por uma consulta aberta, entre as 8 e as 24 horas, pretensão
que mereceria, ontem, duras críticas."Uma vergonha." Foi assim
que muitos classificaram o anunciado encerramento do SAP, prometendo
"novas formas de luta" caso o funcionamento da Urgência não venha a ser
alargado para as 24 horas (funciona durante o período nocturno desde 4
de Janeiro)."Falta de segurança"Ouvidos, em pleno Salão
Nobre, pelo líder do Executivo municipal, Jorge Mendes assegurou que a
Câmara "continuará ao lado dos valencianos na luta por serviços de saúde
de qualidade e por um SAP aberto 24 horas por dia". Disse, ainda, que a
Unidade Local de Saúde do Alto Minho "não se fez representar" em
encontro que estava previsto para ontem, em Valença, "tendo, para tal,
invocado a falta de condições mínimas de segurança", o que, para o
autarca, afigura-se como situação que "em nada abona a favor de uma boa
relação entre as partes sobre esta matéria".Reunida em sessão
extraordinária, a assembleia valenciana aprovaria, anteontem, uma
proposta para a manutenção do SAP entre as 20 e as 8 horas de segunda a
sexta-feira e durante 24 horas aos feriados e fins de semana. Foi,
também, votada uma proposta do CDS-PP, no sentido de repudiar o
protocolo de requalificação das Urgências assinado pelo anterior
Executivo, liderado por José Luís Serra (PS) e que contempla o fim do
SAP. Esta última acabaria por passar, mas com os votos contra da maioria
dos membros da bancada socialista.