Javi García garante ter criado fortes elos afectivos com o clube e nem
pensa em deixar a Luz. Promete, isso sim, render ainda mais em 2010/11 e
continuar a “pagar” o que o Benfica investiu.
«Não posso pedir mais», solta Javi García, quando confrontado com a
época de estreia no Benfica. «Joguei toda a temporada e fomos campeões.
Quando cheguei a minha primeira meta era jogar domingo a domingo, o que
consegui, e em termos colectivos alcançámos o objectivo principal»,
justifica, na certeza de que a mudança para a Luz mudou a sua carreira.
«Aqui joguei, o que não acontecia em Madrid. E isso é o que todo o
jogador quer. Para mais sou jogador jovem, preciso de minutos, de ganhar
confiança. Ainda tenho muito por melhorar, mas esta temporada foi muito
importante, aprendi muito e espero ficar aqui e continuar a aprender.»
O médio espanhol não esquece que o Benfica «apostou forte» na sua
contratação, pagando um «preço significativo por um jogador jovem»
[n.d.r. sete milhões de euros], pelo que tem tentado «devolver a
confiança».
Mais do que isso, Javi admite ter criado uma ligação afectiva muito
forte com o clube que representa: «Estive muito tempo em Madrid, desde
pequeno, mas praticamente não joguei na primeira equipa. Aqui no
Benfica, jogando domingo atrás de domingo, com estes adeptos, realmente
estou a sentir a camisola, estou a sentir o Benfica e o que o clube
representa. E digo com sinceridade que é a primeira vez que sinto isto,
nunca tinha sentido tanto uma equipa, um símbolo. Estou encantado.»
Feita a declaração de amor, o camisola seis nem quer ouvir falar do
interesse de outros clubes. «Sinceramente, nem falo sobre isso com o meu
representante. Não tenho intenção nenhuma de sair, quero é jogar ainda
melhor na próxima temporada, pois agora tenho mais confiança em mim
próprio. Sinto-me querido e quero subir ainda mais o meu nível», vinca,
na esperança de que também não saiam do clube unidades fundamentais como
David Luiz ou Di María: «Falo por mim e por toda a equipa: não queremos
que esses ou outros jogadores nos deixem porque são muito importantes
para nós e seriam baixas difíceis de colmatar, mas eles e o clube é que
têm de decidir.»