Benfica vira-se para o médio do Barcelona que deve chegar por empréstimo. Novidade: Jorge Jesus contrata experiência
Um dia depois de cortar as pernas a Maylson - um inexperiente miúdo
brasileiro que se viesse para o Benfica não deveria acreditar na sorte
que lhe estava a acontecer - o Benfica aponta a algo completamente
diferente: afinal, o médio pretendido será Alexander Hleb, bielorrusso
de 29 anos com carreira feita no futebol alemão (Estugarda) e inglês
(Arsenal), entretanto jogador do Barcelona mas que deverá chegar por
empréstimo ao Estádio da Luz.
Na Catalunha vive-se uma fase de arrumações e afasta-se o que não cabe
na dream team de Guardiola. Jorge Jesus pode receber uma sobra
importante porque Hleb ocupa o lado direito do meio-campo e tem o perfil
para substituir Ramires. É um daqueles futebolistas sempre em jogo, com
rotação para 90 minutos, embora talvez não tenha o ímpeto que o
internacional brasileiro punha em cada lance. Ramires era o queniano
azul (assim lhe chamavam no Brasil, porque no Cruzeiro corria mais que
ninguém e equipava com essa cor) e Hleb será apenas ele próprio,
eventualmente apenas com uma grande vantagem, não propriamente
futebolística: Ramires mal sabia nadar - chegou a ver-se atrapalhado
numa piscina - e Hleb fez natação quando era miúdo.
O Benfica anda a meter água desde o jogo com o FC Porto (Supertaça) e
Jorge Jesus precisa de quem acrescente qualidade imediata ao meio-campo.
Assim se entende a aposta em Hleb, na verdade uma novidade importante:
nos últimos tempos o clube encarnado tem contratado essencialmente
jogadores jovens (Airton, Kardec, Roberto, Rodrigo, Jara, Fábio Faria),
incapazes de se impor de pronto na equipa. De resto, este ano, nos três
jogos oficiais em que o Benfica se apresentou, não se viu qualquer
contributo decisivo dos reforços, excepção feita a um golo de Jara, na
derrota contra a Académica.
A nega na contratação de Maylson - 21 anos e pedido de Jorge Jesus -
pode significar uma reviravolta na estratégia. Ontem, o "Record" dava
conta da pressão existente em torno de Luís Filipe Vieira, dentro do
clube, para o presidente não ceder a mais uma vontade do treinador, como
foi por exemplo a da contratação de Roberto, o espanhol que de
guarda-redes com futuro passou a caso grave de rendimento.
MARCHETTI NO MERCADO Por falar em guarda-redes. Se em Espanha o foi
"Sport" que levantou o véu ao negócio Hleb, em Itália a generalidade da
imprensa ligava ontem Federico Marchetti à baliza do Benfica. O
internacional italiano, que substituiu Buffon em pleno Mundial da África
do Sul, está em conflito com o presidente do Cagliari e deverá
abandonar o clube, tendo já negado uma proposta do Celtic de Glasgow.
Resta saber se o treinador e os dirigentes do Benfica ainda acreditam em
Roberto ou vão matar já o investimento de 8,5 milhões com a contratação
de outro futebolista para o lugar.
Um dia depois de cortar as pernas a Maylson - um inexperiente miúdo
brasileiro que se viesse para o Benfica não deveria acreditar na sorte
que lhe estava a acontecer - o Benfica aponta a algo completamente
diferente: afinal, o médio pretendido será Alexander Hleb, bielorrusso
de 29 anos com carreira feita no futebol alemão (Estugarda) e inglês
(Arsenal), entretanto jogador do Barcelona mas que deverá chegar por
empréstimo ao Estádio da Luz.
Na Catalunha vive-se uma fase de arrumações e afasta-se o que não cabe
na dream team de Guardiola. Jorge Jesus pode receber uma sobra
importante porque Hleb ocupa o lado direito do meio-campo e tem o perfil
para substituir Ramires. É um daqueles futebolistas sempre em jogo, com
rotação para 90 minutos, embora talvez não tenha o ímpeto que o
internacional brasileiro punha em cada lance. Ramires era o queniano
azul (assim lhe chamavam no Brasil, porque no Cruzeiro corria mais que
ninguém e equipava com essa cor) e Hleb será apenas ele próprio,
eventualmente apenas com uma grande vantagem, não propriamente
futebolística: Ramires mal sabia nadar - chegou a ver-se atrapalhado
numa piscina - e Hleb fez natação quando era miúdo.
O Benfica anda a meter água desde o jogo com o FC Porto (Supertaça) e
Jorge Jesus precisa de quem acrescente qualidade imediata ao meio-campo.
Assim se entende a aposta em Hleb, na verdade uma novidade importante:
nos últimos tempos o clube encarnado tem contratado essencialmente
jogadores jovens (Airton, Kardec, Roberto, Rodrigo, Jara, Fábio Faria),
incapazes de se impor de pronto na equipa. De resto, este ano, nos três
jogos oficiais em que o Benfica se apresentou, não se viu qualquer
contributo decisivo dos reforços, excepção feita a um golo de Jara, na
derrota contra a Académica.
A nega na contratação de Maylson - 21 anos e pedido de Jorge Jesus -
pode significar uma reviravolta na estratégia. Ontem, o "Record" dava
conta da pressão existente em torno de Luís Filipe Vieira, dentro do
clube, para o presidente não ceder a mais uma vontade do treinador, como
foi por exemplo a da contratação de Roberto, o espanhol que de
guarda-redes com futuro passou a caso grave de rendimento.
MARCHETTI NO MERCADO Por falar em guarda-redes. Se em Espanha o foi
"Sport" que levantou o véu ao negócio Hleb, em Itália a generalidade da
imprensa ligava ontem Federico Marchetti à baliza do Benfica. O
internacional italiano, que substituiu Buffon em pleno Mundial da África
do Sul, está em conflito com o presidente do Cagliari e deverá
abandonar o clube, tendo já negado uma proposta do Celtic de Glasgow.
Resta saber se o treinador e os dirigentes do Benfica ainda acreditam em
Roberto ou vão matar já o investimento de 8,5 milhões com a contratação
de outro futebolista para o lugar.