FC Porto ameaça mais uma vez a invencibilidade inédita
dos encarnadosO FC Porto de 2010/11 não vai ser o melhor campeão de
sempre. Mas pode igualá-lo, no que toca à invencibilidade e ao número de
vitórias e empates. O Benfica de 1972/73 terminou o campeonato com 28
triunfos e apenas duas igualdades.
Os dragões de Villas-Boas apresentam o mesmo registo até ao momento, ou
seja, dois empates e o resto vitórias. Os encarnados defendem no
Clássico de domingo um feito inédito, apesar de os números totais da
equipa encarnada naquela época serem assombrosos e muito difíceis de
igualar: 101 golos marcados e 13 sofridos no final.
Por duas vezes, nos últimos anos, os azuis e brancos estiveram perto de
chegar ao final invictos. A última não é difícil de adivinhar. Na época
em que se sagrou bicampeão europeu, o FC Porto só perdeu à 29ª jornada,
frente ao Gil Vicente e por 2-0. Perderia ainda com o Rio Ave e José
Mourinho terminava a liga com duas derrotas, então disputada a 34
rondas.
«Foi importante travar a invencibilidade do FC Porto»
Antes disso, foi Bobby Robson quem tentou igualar o compatriota que
entrou para a História em 1973. Jimmy Hagan terminou o campeonato com
dois empates e, curiosamente, os primeiros pontos que perdeu foi para o
FC Porto. Já a primeira derrota de Robson em 1995/96 foi com o Benfica, à
27ª de 34 jornadas.
«Foi um bom jogo do Benfica, entrámos muito forte e marcámos cedo»,
lembra Bruno Caires, ao Maisfutebol. «Já estávamos a muitos pontos de
distância, nessa altura, mas foi importante travar a invencibilidade do
FC Porto», continua o antigo médio dos encarnados.
Bruno Caires não tinha presente exactamente o que se jogava, mas mesmo
antes de ser recordado, admitiu: «Tenho ideia que havia algo de
especial, um recorde do Benfica que o FC Porto podia igualar.»
«Questão de profissionalismo, mais do que honra»
Ora, o que estava em causa era haver outra equipa para além das águias a
terminar um campeonato invicto. «Um Clássico é sempre importante, mas
esses factos fazem a motivação aumentar, como, por exemplo, agora o
Benfica não querer que o FC Porto faça a festa na Luz», argumentou
Caires.
Quanto a esse jogo de 1995/96, o antigo médio conta: «O FC Porto empata
na segunda parte, com um golo do Domingos ou do Emerson (foi este
último). Mas nós fomos para cima deles e marcámos o segundo logo a
seguir.»
Bruno Caires considera que «mais do que uma questão de honra», ganhar ao
rival «é uma questão de profissionalismo», até porque mexe com o ânimo
dos adeptos.
Nas últimas duas tentativas, o FC Porto foi travado em Barcelos e na
Luz, onde regressa este domingo, para uma terceira «chance». No plano
teórico, o Clássico é a partida mais difícil dos azuis e brancos até
final.
Ganhar na Luz pode significar entrar para o mundo dos invencíveis, em
que só duas equipas e um clube estão: o Benfica de 72/73 com aquele
recorde fabuloso; o Benfica de 77/78, que não foi campeão porque o FC
Porto terminava jejum de 19 anos sem ganhar o título.
Recorde o Benfica-FC Porto, de 1995/96[
Local: Estádio da Luz
Data: 23 de Março de 1996
Árbitro: António Rola
Benfica: Preudhomme; Calado (Veríssimo, 83), Hélder, Ricardo Gomes e
Pedro Henriques; Paulo Bento, Bruno Caires, Valdo e Kenedy (Edgar, 72);
Mauro Airez (Marcelo, 78) e João Pinto
FC Porto: Silvino (Vítor Nóvoa, 5); Secretário, Jorge Costa, Aloísio e
Rui Jorge; Lipcsei (Rui Barros, 75), Paulinho Santos e Emerson; Edmilson
(Folha, 28), Domingos e Drulovic
Golos: 1-0, por Valdo, 14m g.p.; 1-1,por Emerson, 51m; 2-1, João Vieira Pinto, 52m
Nota: Silvino lesionou-se numa clavícula e foi substituído aos cinco minutos
dos encarnadosO FC Porto de 2010/11 não vai ser o melhor campeão de
sempre. Mas pode igualá-lo, no que toca à invencibilidade e ao número de
vitórias e empates. O Benfica de 1972/73 terminou o campeonato com 28
triunfos e apenas duas igualdades.
Os dragões de Villas-Boas apresentam o mesmo registo até ao momento, ou
seja, dois empates e o resto vitórias. Os encarnados defendem no
Clássico de domingo um feito inédito, apesar de os números totais da
equipa encarnada naquela época serem assombrosos e muito difíceis de
igualar: 101 golos marcados e 13 sofridos no final.
Por duas vezes, nos últimos anos, os azuis e brancos estiveram perto de
chegar ao final invictos. A última não é difícil de adivinhar. Na época
em que se sagrou bicampeão europeu, o FC Porto só perdeu à 29ª jornada,
frente ao Gil Vicente e por 2-0. Perderia ainda com o Rio Ave e José
Mourinho terminava a liga com duas derrotas, então disputada a 34
rondas.
«Foi importante travar a invencibilidade do FC Porto»
Antes disso, foi Bobby Robson quem tentou igualar o compatriota que
entrou para a História em 1973. Jimmy Hagan terminou o campeonato com
dois empates e, curiosamente, os primeiros pontos que perdeu foi para o
FC Porto. Já a primeira derrota de Robson em 1995/96 foi com o Benfica, à
27ª de 34 jornadas.
«Foi um bom jogo do Benfica, entrámos muito forte e marcámos cedo»,
lembra Bruno Caires, ao Maisfutebol. «Já estávamos a muitos pontos de
distância, nessa altura, mas foi importante travar a invencibilidade do
FC Porto», continua o antigo médio dos encarnados.
Bruno Caires não tinha presente exactamente o que se jogava, mas mesmo
antes de ser recordado, admitiu: «Tenho ideia que havia algo de
especial, um recorde do Benfica que o FC Porto podia igualar.»
«Questão de profissionalismo, mais do que honra»
Ora, o que estava em causa era haver outra equipa para além das águias a
terminar um campeonato invicto. «Um Clássico é sempre importante, mas
esses factos fazem a motivação aumentar, como, por exemplo, agora o
Benfica não querer que o FC Porto faça a festa na Luz», argumentou
Caires.
Quanto a esse jogo de 1995/96, o antigo médio conta: «O FC Porto empata
na segunda parte, com um golo do Domingos ou do Emerson (foi este
último). Mas nós fomos para cima deles e marcámos o segundo logo a
seguir.»
Bruno Caires considera que «mais do que uma questão de honra», ganhar ao
rival «é uma questão de profissionalismo», até porque mexe com o ânimo
dos adeptos.
Nas últimas duas tentativas, o FC Porto foi travado em Barcelos e na
Luz, onde regressa este domingo, para uma terceira «chance». No plano
teórico, o Clássico é a partida mais difícil dos azuis e brancos até
final.
Ganhar na Luz pode significar entrar para o mundo dos invencíveis, em
que só duas equipas e um clube estão: o Benfica de 72/73 com aquele
recorde fabuloso; o Benfica de 77/78, que não foi campeão porque o FC
Porto terminava jejum de 19 anos sem ganhar o título.
Recorde o Benfica-FC Porto, de 1995/96[
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Local: Estádio da Luz
Data: 23 de Março de 1996
Árbitro: António Rola
Benfica: Preudhomme; Calado (Veríssimo, 83), Hélder, Ricardo Gomes e
Pedro Henriques; Paulo Bento, Bruno Caires, Valdo e Kenedy (Edgar, 72);
Mauro Airez (Marcelo, 78) e João Pinto
FC Porto: Silvino (Vítor Nóvoa, 5); Secretário, Jorge Costa, Aloísio e
Rui Jorge; Lipcsei (Rui Barros, 75), Paulinho Santos e Emerson; Edmilson
(Folha, 28), Domingos e Drulovic
Golos: 1-0, por Valdo, 14m g.p.; 1-1,por Emerson, 51m; 2-1, João Vieira Pinto, 52m
Nota: Silvino lesionou-se numa clavícula e foi substituído aos cinco minutos