Henrique entrou pelo corredor do Bonfim ontem por volta das 13.30,
horas, com um empresário amigo, mais uns miúdos seus amigos de São
Paulo, um parceiro de negócios português, os presidentes da Direcção e
da Administração do Vitória. A BOLA seguiu a curta viagem do craque
brasileiro desde a sala de Imprensa até ao relvado.
Pelo meio
viu Henrique parar numa salinha para escolher o número da camisola. Ele
queria a 87, data do seu nascimento, mas a que lhe tinham dado para as
fotografias da apresentação era a 91. «Então pronto, fico já com esta.
Foi esta que veio ter comigo, é esta que vai dar sorte». Assim ficou,
91.
Henrique, 22 anos, chegou do Corinthians, uns dos mais
tradicionais clubes brasileiros, da cidade de São Paulo, onde chegou em
Maio do ano passado e não jogou tanto como estava à espera. Pudera.
«Era
suplente do Ronaldo, do Fenómeno. Nos treinos, ele em dez remates que
faz à baliza faz dez golos. Ensinou-me muita coisa, foi óptimo
partilhar o campo e o dia-a-dia com ele», conta Henrique.
entrar na europa
Antes
do Corinthians e de Ronaldo, uma proximidade que usa como evidente e
admirável cartão de visita, Henrique começou a dar nas vistas no
Guarani, onde foi o melhor marcador na série A do Campeonato Paulista,
com 8 golos em sete jogos.
«O Vitória de Setúbal deu-me
confiança. Gostei de falar com os dirigentes e com o treinador Manuel
Fernandes. Pareceu-me o clube ideal para os primeiros passos na Europa,
onde quero fazer carreira. Além do mais, a Liga portuguesa tem muitos
jogadores de qualidade. Incluindo internacionais brasileiros. É um dos
campeonatos mais fortes da Europa. Venho para fazer golos e prometo
muita dedicação», disse Henrique para uma sala cheia de associados e
jornalistas.
de área, como faz falta.