Passarela, presidente do River, confirma proposta ao FC Porto, mas dragões exigem quatro milhões de euros.
Ernesto
Farías, pelo terceiro ano consecutivo, a entrar no ano com pé e meio
fora do FC Porto, onde a sua estrela nunca atingiu o brilho esperado: e
à terceira será de vez, quando é o kaiser sul-americano, Daniel
Passarela, a chamá-lo?
É definitivo: o último SOS a Farías vem
carregado de simbolismo, e o River Plate, além do empenhamento pessoal
do seu novo presidente, Daniel Passarela, por sinal um dos mais
brilhantes futebolistas da história, garante ainda que tem por trás um
grupo de investidores apostado em resgatar, finalmente, Tecla.
O
quadro actual é consideravelmente complexo: o FC Porto nunca quis
desprender-se de Farías; Farias nunca conseguiu afirmar-se. E a cada
início de época ou reabertura de mercado, lá está Farias no miradouro
internacional, lá está Farias à porta da saída, que nunca se processou
principalmente pela elevada cotação que o FC Porto lhe impôs: quatro
milhões de euros, precisamente o que pagou por ele há três anos.
O
nome de Farias aparece em força este fim-de-semana, em consequência de
informações despenhadas pelo próprio presidente do River Plate, incapaz
de fazer segredo do interesse em voltar a contar com o futebolista que
ele próprio dirigiu, entre 2005 e 2007, quando era técnico principal do
River, um River de saudosos tempos e no qual Farias deixou marcas
profundas: 48 golos em 95 partidas!
Daniel Passarela, que ganhou
a presidência do River Plate há poucos meses, garantiu à imprensa
argentina que espera alguma abertura do FC Porto, a quem foi já
apresentada, através do agente Miguel Pires, uma proposta de
empréstimo, já que nesta altura o seu clube não tem condições para
pagar os quatro milhões de euros, ou quase seis milhões de dólares.