Os três
indivíduos, de 22, 27 e 32 anos, residentes na Bairrada, que nas
últimas duas semanas roubaram, sequestraram e abusaram sexualmente de
três mulheres na região de Aveiro ficaram presos preventivamente. A
última vítima contou o "pesadelo" ao JN.Maria,
vamos chamar-lhe assim, tinha acabado de sair do Hospital de Aveiro.
Passavam poucos minutos das 22 horas da última terça-feira. Dirigiu-se
para o parque de estacionamento situado no exterior junto da
Universidade. Entre muitos carros estacionados reparou numa carrinha
que pensou ser mais uma. Não era. No interior estavam os três
indivíduos que, nas últimas duas semanas, terão sequestrado, roubado e
molestado sexualmente mulheres em Sangalhos e Águeda e roubado jovens
em Mortágua. O trio foi detido, anteontem à noite, pela Polícia
Judiciária (PJ) de Aveiro, após uma perseguição entre Aveiro e Ílhavo,
acabando na Gafanha d'Aquém, depois da polícia ter provocado o
despiste, contra um poste, da viatura em que seguiam os suspeitos, um
Golf preto, pertencente a uma das vítimas. Os arguidos, de 22, 27 e 32
anos, residentes na Bairrada, vão aguardar julgamento em prisão
preventiva. A PJ, que nos últimos três dias apostou tudo neste
caso, refere que "os indivíduos vinham praticando crimes, fazendo uso
de armas de fogo, que passavam pelo sequestro das vítimas, sobretudo
mulheres que previamente seleccionavam e a quem, depois, obrigavam a
entregar os cartões multibanco e código"Foi isso que fizeram com
Maria. Seguiram-na desde o parque de estacionamento até ao Terminal
TIR-TIF. A carrinha ultrapassou-a aí e travou de repente para provocar
a colisão. "Um dos três apontou-me a arma à cabeça e obrigou-me a ir
com ele para o banco de trás do carro", conta Maria. O "terror"
prosseguiu com uma viagem pela EN230. "Parámos junto da 'ponte da
rata', em Eirol, num local ermo. Pediram-me os códigos dos dois cartões
multibanco e, para me intimidar, dispararam para o ar. Dois foram a
Travassô levantar 400 euros. Fiquei com o mais novo. Perguntei-lhe
porque faziam aquilo e ele respondeu que a vida de ladrão era dura e
que ninguém dava emprego a um ex-presidiário", conta a vítima. Inocente quase alvejado "Depois,
perguntou-me se queria ir para casa no meu carro. Respondi-lhe que só
queria ir para casa ter com a minha família. Foi aí que me pediu para
ir com ele para a carrinha. Pedi-lhe por tudo para não fazer isso.
Perguntou-me quem é que mandava e mostrou-me a arma. No interior da
carrinha molestou-me sexualmente, mas não concretizou a violação",
relata.Entretanto, chegaram os outros dois indivíduos.
"Combinaram que iam esperar pela meia-noite para efectuarem novo
levantamento. Levaram-me no meu carro, com a cabeça entre os joelhos.
Andamos algum tempo, pelo meio eles assustaram-se com um Mercedes que
vinha atrás, certamente por casualidade, e um deles quis disparar, mas
o outro acalmou-o e o carro acabou por ir por outra estrada", diz Maria.O
sequestro continuou. "O carro parou e passados uns minutos receberam
uma mensagem do condutor da carrinha a dizer que já tinha levantado o
dinheiro e que me podiam deixar. Mandaram-me contar até 70 e
desapareceram. Antes de saírem, disseram: oxalá tenhas no próximo
assalto a sorte deste. Peguei na chave e arranquei. Vi que estava em
Taboeira, junto ao Barclays, o banco onde eles fizeram o segundo
levantamento". No total, Maria ficou sem 1600 euros. Seguiu para casa,
contou o drama à família, que chamou as autoridades. Está a ser
psicologicamente acompanhada.
indivíduos, de 22, 27 e 32 anos, residentes na Bairrada, que nas
últimas duas semanas roubaram, sequestraram e abusaram sexualmente de
três mulheres na região de Aveiro ficaram presos preventivamente. A
última vítima contou o "pesadelo" ao JN.Maria,
vamos chamar-lhe assim, tinha acabado de sair do Hospital de Aveiro.
Passavam poucos minutos das 22 horas da última terça-feira. Dirigiu-se
para o parque de estacionamento situado no exterior junto da
Universidade. Entre muitos carros estacionados reparou numa carrinha
que pensou ser mais uma. Não era. No interior estavam os três
indivíduos que, nas últimas duas semanas, terão sequestrado, roubado e
molestado sexualmente mulheres em Sangalhos e Águeda e roubado jovens
em Mortágua. O trio foi detido, anteontem à noite, pela Polícia
Judiciária (PJ) de Aveiro, após uma perseguição entre Aveiro e Ílhavo,
acabando na Gafanha d'Aquém, depois da polícia ter provocado o
despiste, contra um poste, da viatura em que seguiam os suspeitos, um
Golf preto, pertencente a uma das vítimas. Os arguidos, de 22, 27 e 32
anos, residentes na Bairrada, vão aguardar julgamento em prisão
preventiva. A PJ, que nos últimos três dias apostou tudo neste
caso, refere que "os indivíduos vinham praticando crimes, fazendo uso
de armas de fogo, que passavam pelo sequestro das vítimas, sobretudo
mulheres que previamente seleccionavam e a quem, depois, obrigavam a
entregar os cartões multibanco e código"Foi isso que fizeram com
Maria. Seguiram-na desde o parque de estacionamento até ao Terminal
TIR-TIF. A carrinha ultrapassou-a aí e travou de repente para provocar
a colisão. "Um dos três apontou-me a arma à cabeça e obrigou-me a ir
com ele para o banco de trás do carro", conta Maria. O "terror"
prosseguiu com uma viagem pela EN230. "Parámos junto da 'ponte da
rata', em Eirol, num local ermo. Pediram-me os códigos dos dois cartões
multibanco e, para me intimidar, dispararam para o ar. Dois foram a
Travassô levantar 400 euros. Fiquei com o mais novo. Perguntei-lhe
porque faziam aquilo e ele respondeu que a vida de ladrão era dura e
que ninguém dava emprego a um ex-presidiário", conta a vítima. Inocente quase alvejado "Depois,
perguntou-me se queria ir para casa no meu carro. Respondi-lhe que só
queria ir para casa ter com a minha família. Foi aí que me pediu para
ir com ele para a carrinha. Pedi-lhe por tudo para não fazer isso.
Perguntou-me quem é que mandava e mostrou-me a arma. No interior da
carrinha molestou-me sexualmente, mas não concretizou a violação",
relata.Entretanto, chegaram os outros dois indivíduos.
"Combinaram que iam esperar pela meia-noite para efectuarem novo
levantamento. Levaram-me no meu carro, com a cabeça entre os joelhos.
Andamos algum tempo, pelo meio eles assustaram-se com um Mercedes que
vinha atrás, certamente por casualidade, e um deles quis disparar, mas
o outro acalmou-o e o carro acabou por ir por outra estrada", diz Maria.O
sequestro continuou. "O carro parou e passados uns minutos receberam
uma mensagem do condutor da carrinha a dizer que já tinha levantado o
dinheiro e que me podiam deixar. Mandaram-me contar até 70 e
desapareceram. Antes de saírem, disseram: oxalá tenhas no próximo
assalto a sorte deste. Peguei na chave e arranquei. Vi que estava em
Taboeira, junto ao Barclays, o banco onde eles fizeram o segundo
levantamento". No total, Maria ficou sem 1600 euros. Seguiu para casa,
contou o drama à família, que chamou as autoridades. Está a ser
psicologicamente acompanhada.