Morre esmagado por grua
Despediu-se
da mulher e dos filhos no domingo antes de seguir para Espanha onde, na
segunda-feira, um acidente de trabalho, em Cuenca, lhe tirou a vida num
segundo. António Neto, de 42 anos, residente em Fontão, Vagos,
trabalhava há dois no país vizinho, numa empresa de construção civil
especializada na execução de pontes. Cerca das 12h00 um dos pés da grua
da obra cedeu e a máquina caiu em cima do operário. A grua pesava cerca
de cinco toneladas e António teve morte imediata.
"Ele
era um homem muito trabalhador, amigo da família, não tinha medo de
nada e estava sempre pronto para tudo", desabafou ao CM Carlos Claro,
de 42 anos, cunhado da vítima. António Neto deixa mulher e dois filhos
menores, de 13 e 17 anos. "Os filhos estão a reagir melhor do que
pensámos. A mulher é que está em estado de choque porque já sofria de
depressão", conta Carlos Claro que foi a Espanha reconhecer o corpo do
cunhado.
Quase todos os fins-de-semana António
Neto, com quatro colegas, vinha visitar a família a Fontão. Como tantos
portugueses, foi trabalhar para o estrangeiro na esperança de uma vida
melhor.
O corpo de António Neto é hoje trasladado
para Portugal. O funeral realiza-se esta tarde em Fontão. A urna será
sepultada no cemitério de Ílhavo, terra natal da vítima.
PORMENORES
EMIGRADO HÁ DOIS ANOS
À
procura de uma vida melhor, António Neto trabalhava há dois anos em
Espanha na construção civil, numa empresa de construção de pontes.
ACIDENTE
Menos
de um dia após ter deixado a família em Vagos, a vítima foi atingida
por uma gruade cinco toneladas, que tombou devido a um pé da máquina
ter cedido. António teve morte imediata.
APOIOAntónio
trabalhava para a ‘Tecozam’. "A empresa está a ser incansável. Quando
cheguei a Espanha já tinham tratado de tudo", disse Carlos Claro