O F.C. Porto entrou neste jogo com um olho na Liga e outro na Champions.
Pagou por isso. O Olhanense cavou o fosso enquanto
o Dragão esfregava o tal olho mal focado na
competição doméstica. Djalmir bisou e garantiu uma vantagem precoce.
Falcao e
Guarín atenuaram a ferida (2-2). A equipa de
Jesualdo, mesmo recuperando de uma desvantagem de dois golos, deu mais
um passo em direcção contrária ao título. Resta a
Liga dos Campeões, a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Vários prémios
de
consolação, ainda assim. O Olhanense, não
raras vezes apelidado de F.C. Porto B, respondeu aos críticos e provou
estar
talhado para momentos altos. Perdeu à justa,
Alvalade, empatou na Invicta como não acontecia há 60 anos, fez o mesmo a
Benfica
e Sporting no Algarve. Duas doses de
Djalmir Djalmir, renascido após lesão, fez a festa com uma
subtileza
impressionante. O ataque do Olhanense era alegre
e livre para implodir o Dragão. A defesa portista tirou folga e deixou
dois
forasteiros sem oposição, ao 13º minuto, o do
azar. Ukra cruzou na direita, Paulo Sérgio estava sozinho para o
cabeceamento
ao segundo poste e Djalmir, talvez em linha,
finalizou com o peito. Falcao e seus pares queixaram-se de mão. Talvez
para silenciar
os protestos, três minutos depois, os algarvios
voltaram a marcar. Miguel Lopes falhou primeiro, Maicon falhou depois o
corte
(os substitutos de Fucile e Rolando, aposta
falhada de Jesualdo), Djalmir agradeceu ainda mais e confirmou o
escândalo. Quarto-de-hora,
0-2 no recinto portista. As dúvidas
sul-americanas Abre-se um parágrafo para dúvidas. As
respostas ficam
para si, leitor. Castro tem menos qualidade que
Tomás Costa ou Guarín? Ukra criaria tão menos desequilíbrios que Mariano
González?
Falta banco a este F.C. Porto. Jesualdo
Ferreira ficou sem o desejado Kléber, perdeu Farías na confusão e viu
Orlando
Sá contrair mais uma lesão. Pelo meio, o jovem
Yero foi emprestado ao Portimonense, para ganhar rodagem. Ainda
assim,
para jogos destes, daria para recorrer a um
avançado júnior. Alguém para alargar o leque de opções, para lá do
inevitável
Varela. Sobravam médios e defesas no banco, a
assistir ao descalabro. Coração de Dragão a sangrar Voltemos
ao jogo. Lá em baixo, no rectângulo do Dragão,
nove olhanenses a defender para cinco, no máximo seis portistas.
Desinspirados
e enervados com o resultado, claro está. A razão
perdera-se por volta da meia-hora. Passes errados, posição
desajustadas,
um anti-jogo irritante para desfazer a réstia de
concentração. O F.C. Porto alargara a frente de ataque com
Varela.
Pensou-se em Miguel Lopes como sacrificado, mas
Jesualdo Ferreira tirou Tomás Costa e acreditou que Belluschi poderia
ser
médio defensivo. Mariano inclinou-se para o
centro. A mesma estrutura, com maior pendor atacante. O Olhanense
jogava
para o relógio. Fechava-se em concha e pautava
jogo sem cair na tentação do alívio fácil, sem rumo. O Dragão ajudava.
Empurrava
para um lado, puxava para o outro, criava muito
fumo sem chegar ao fogo. Ficam os anéis Em três
tempos,
chegou-se ao minuto 67. Naquele instante,
acreditou-se na recuperação. Ventura, com brio profissional, tombou aos
pés de Falcao
e negou o golo ao colombiano, desviando o subtil
remate para o poste. Pouco depois, seria a barra a travar um
cabeceamento
inesperado de Belluschi. À terceira, o
renascer da esperança. Bola sempre pelos ares, dragões a voar em
desespero.
Rodriguez insistiu ao segundo poste, Falcao
dominou em zona frontal e marcou. 81 minutos, uma vida nova pela frente.
O Dragão
já vira este filme. Um F.C. Porto de raiva, a
correr contra o tempo e o Mundo. Mais uma vez, isso bastou para evitar o
desaire
total. Guarín garantiu o empate no último lance
da partida. Chega?
Pagou por isso. O Olhanense cavou o fosso enquanto
o Dragão esfregava o tal olho mal focado na
competição doméstica. Djalmir bisou e garantiu uma vantagem precoce.
Falcao e
Guarín atenuaram a ferida (2-2). A equipa de
Jesualdo, mesmo recuperando de uma desvantagem de dois golos, deu mais
um passo em direcção contrária ao título. Resta a
Liga dos Campeões, a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Vários prémios
de
consolação, ainda assim. O Olhanense, não
raras vezes apelidado de F.C. Porto B, respondeu aos críticos e provou
estar
talhado para momentos altos. Perdeu à justa,
Alvalade, empatou na Invicta como não acontecia há 60 anos, fez o mesmo a
Benfica
e Sporting no Algarve. Duas doses de
Djalmir Djalmir, renascido após lesão, fez a festa com uma
subtileza
impressionante. O ataque do Olhanense era alegre
e livre para implodir o Dragão. A defesa portista tirou folga e deixou
dois
forasteiros sem oposição, ao 13º minuto, o do
azar. Ukra cruzou na direita, Paulo Sérgio estava sozinho para o
cabeceamento
ao segundo poste e Djalmir, talvez em linha,
finalizou com o peito. Falcao e seus pares queixaram-se de mão. Talvez
para silenciar
os protestos, três minutos depois, os algarvios
voltaram a marcar. Miguel Lopes falhou primeiro, Maicon falhou depois o
corte
(os substitutos de Fucile e Rolando, aposta
falhada de Jesualdo), Djalmir agradeceu ainda mais e confirmou o
escândalo. Quarto-de-hora,
0-2 no recinto portista. As dúvidas
sul-americanas Abre-se um parágrafo para dúvidas. As
respostas ficam
para si, leitor. Castro tem menos qualidade que
Tomás Costa ou Guarín? Ukra criaria tão menos desequilíbrios que Mariano
González?
Falta banco a este F.C. Porto. Jesualdo
Ferreira ficou sem o desejado Kléber, perdeu Farías na confusão e viu
Orlando
Sá contrair mais uma lesão. Pelo meio, o jovem
Yero foi emprestado ao Portimonense, para ganhar rodagem. Ainda
assim,
para jogos destes, daria para recorrer a um
avançado júnior. Alguém para alargar o leque de opções, para lá do
inevitável
Varela. Sobravam médios e defesas no banco, a
assistir ao descalabro. Coração de Dragão a sangrar Voltemos
ao jogo. Lá em baixo, no rectângulo do Dragão,
nove olhanenses a defender para cinco, no máximo seis portistas.
Desinspirados
e enervados com o resultado, claro está. A razão
perdera-se por volta da meia-hora. Passes errados, posição
desajustadas,
um anti-jogo irritante para desfazer a réstia de
concentração. O F.C. Porto alargara a frente de ataque com
Varela.
Pensou-se em Miguel Lopes como sacrificado, mas
Jesualdo Ferreira tirou Tomás Costa e acreditou que Belluschi poderia
ser
médio defensivo. Mariano inclinou-se para o
centro. A mesma estrutura, com maior pendor atacante. O Olhanense
jogava
para o relógio. Fechava-se em concha e pautava
jogo sem cair na tentação do alívio fácil, sem rumo. O Dragão ajudava.
Empurrava
para um lado, puxava para o outro, criava muito
fumo sem chegar ao fogo. Ficam os anéis Em três
tempos,
chegou-se ao minuto 67. Naquele instante,
acreditou-se na recuperação. Ventura, com brio profissional, tombou aos
pés de Falcao
e negou o golo ao colombiano, desviando o subtil
remate para o poste. Pouco depois, seria a barra a travar um
cabeceamento
inesperado de Belluschi. À terceira, o
renascer da esperança. Bola sempre pelos ares, dragões a voar em
desespero.
Rodriguez insistiu ao segundo poste, Falcao
dominou em zona frontal e marcou. 81 minutos, uma vida nova pela frente.
O Dragão
já vira este filme. Um F.C. Porto de raiva, a
correr contra o tempo e o Mundo. Mais uma vez, isso bastou para evitar o
desaire
total. Guarín garantiu o empate no último lance
da partida. Chega?