Catacuzes, tengarrinhas, acelgas, espargos, agriões e
poejos são ervas alimentares selvagens, de origem mediterrânea, que
durante os meses de Janeiro e Fevereiro nascem nas zonas húmidas, em
especial em leitos de ribeiros. Humildes produtos da terra,
foi o pobre camponês alentejano que, com arte e engenho, os aproveitou
para combater a fome. Mas hoje tornaram-se autênticos manjares da
cozinha caseira. A apanha e arranjo das ervas são essenciais à
posterior confecção e degustação, transformando-as em cordas, guisados,
cozidos ou simples omeletas e saladas.Realizado nas ruas e no
largo fronteiro ao castelo de Beja, o "mercado dos hortelãos", como é
conhecido desde os tempos da Reforma Agrária, é de terça-feira a sábado,
o "lugar sagrado" das ervas selvagens mediterrâneas. Manuel
Pereira, 50 anos, vende fruta e produtos hortícolas há duas décadas e é
um exímio apanhador das famosas e procuradas ervas. Entre as 6 e as 13
horas, vende no mercado. Depois do almoço, percorre barrancos do
concelho de Beja ou as margens do rio Guadiana, em busca das comestíveis
folhas e raízes. Da busca, resulta a apanha entre "12 e 15 molhos de
cada um dos produtos", revela ao JN Manuel Pereira, que tem clientes
fixos, entre particulares e restaurantes.Dos 0,75 cêntimos dos
catacuzes aos dois euros dos espargos, além da receita proporcionada, há
o "gozo especial de apanhar, fazer molhos e vender". Um ritual que não
cansa e até "permite respirar o ar puro", diz, sorridente. Fazendo
jus à tradição de promover o consumo das ervas selvagens, tradicional
em meios rurais, também a Câmara de Alvito, promove até hoje a semana
gastronómica "Ervas da Baronia". Espargos catacuzes e carrasquinhas
fazem parte da ementa de dez restaurantes das duas localidades do
concelho, Alvito e Vila Nova da Baronia.
poejos são ervas alimentares selvagens, de origem mediterrânea, que
durante os meses de Janeiro e Fevereiro nascem nas zonas húmidas, em
especial em leitos de ribeiros. Humildes produtos da terra,
foi o pobre camponês alentejano que, com arte e engenho, os aproveitou
para combater a fome. Mas hoje tornaram-se autênticos manjares da
cozinha caseira. A apanha e arranjo das ervas são essenciais à
posterior confecção e degustação, transformando-as em cordas, guisados,
cozidos ou simples omeletas e saladas.Realizado nas ruas e no
largo fronteiro ao castelo de Beja, o "mercado dos hortelãos", como é
conhecido desde os tempos da Reforma Agrária, é de terça-feira a sábado,
o "lugar sagrado" das ervas selvagens mediterrâneas. Manuel
Pereira, 50 anos, vende fruta e produtos hortícolas há duas décadas e é
um exímio apanhador das famosas e procuradas ervas. Entre as 6 e as 13
horas, vende no mercado. Depois do almoço, percorre barrancos do
concelho de Beja ou as margens do rio Guadiana, em busca das comestíveis
folhas e raízes. Da busca, resulta a apanha entre "12 e 15 molhos de
cada um dos produtos", revela ao JN Manuel Pereira, que tem clientes
fixos, entre particulares e restaurantes.Dos 0,75 cêntimos dos
catacuzes aos dois euros dos espargos, além da receita proporcionada, há
o "gozo especial de apanhar, fazer molhos e vender". Um ritual que não
cansa e até "permite respirar o ar puro", diz, sorridente. Fazendo
jus à tradição de promover o consumo das ervas selvagens, tradicional
em meios rurais, também a Câmara de Alvito, promove até hoje a semana
gastronómica "Ervas da Baronia". Espargos catacuzes e carrasquinhas
fazem parte da ementa de dez restaurantes das duas localidades do
concelho, Alvito e Vila Nova da Baronia.