A Associação
Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel considerou
hoje, segunda-feira, que as cartas de condução vão ficar mais caras com o
novo regime jurídico do ensino da condução, mas sublinhou que será
"introduzido maior rigor"."Este regime jurídico vem
introduzir alguma inovação e mais seriedade ao ensino da condução",
disse Eduardo Vieira Dias, presidente da Associação Nacional dos
Industriais do Ensino de Condução Automóvel (ANIECA), citado pela
agência Lusa.Reagindo à proposta do Governo sobre o novo regime
jurídico do ensino da condução, Eduardo Vieira Dias adiantou que "as
cartas de condução vão passar a ser forçosamente mais caras", mas os
alunos ficarão "melhor preparados". O aumento do preço da carta de
condução ficará a dever-se essencialmente ao facto de o candidato só
poder realizar o exame se tiver percorrido mil quilómetros num mínimo de
32 horas de condução.Caso esta proposta seja aprovada, as
escolas vão ter que dispor de mais instrutores para o mesmo número de
alunos, uma vez que "é impossível fazer mil quilómetros em 32 horas",
adiantou.Eduardo Vieira Dias concorda com o número de quilómetros
e de horas, justificando com "a introdução de maior rigor". "Tenho que
reconhecer que havia uma forte falcatrua, as pessoas davam lições de 30
minutos e o candidato registava 50 minutos. A lição acabou, o que vai
passar a funcionar é a hora e o número de quilómetros", disse,
destacando também as "melhorias" ao nível da preparação e formação dos
instrutores.Com o novo regime, o aluno poderá ter as aulas de
condução acompanhadas por um "tutor", que tem que estar "devidamente
habilitado" e "autorizado" pelo Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres (IMTT). O ensino da condução acompanhado por
tutor só pode iniciar-se após a aluno ter, pelo menos, 12 horas de
prática de condução e 300 quilómetros percorridos na escola de condução
onde está inscrito.O presidente da ANIECA criticou que no novo
regime tenham sido introduzidas medidas que "não estão sustentadas em
qualquer estudo", como o ensino acompanhado por um tutor, que pode
"trazer imensos custos sociais, com perdas de vidas e acidentes". O
tutor "foi uma medida atirada para a Estratégia Nacional de Segurança
Rodoviária sem pés nem cabeça, sem qualquer fundamento", disse,
acrescentando que, por isso, "foi introduzida uma série de limitações
que vão fazer com que a figura do tutor não funcione, não exista".Eduardo
Vieira Dias disse, também, que a proposta vai "permitir uma
liberalização mais acentuada da instalação das escolas de condução".
"Estamos preocupados com o excessivo número de escolas de condução que
vão aparecer no país e muitas delas ao lado uma das outras, uma vez que o
critério dos 500 metros desapareceu com este projecto", afirmou.O
responsável lamentou ainda que o Governo não tenha "aproveitado" para
alterar o regime dos exames de condução, que vão "continuar a ser mesma
bagunçada".
Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel considerou
hoje, segunda-feira, que as cartas de condução vão ficar mais caras com o
novo regime jurídico do ensino da condução, mas sublinhou que será
"introduzido maior rigor"."Este regime jurídico vem
introduzir alguma inovação e mais seriedade ao ensino da condução",
disse Eduardo Vieira Dias, presidente da Associação Nacional dos
Industriais do Ensino de Condução Automóvel (ANIECA), citado pela
agência Lusa.Reagindo à proposta do Governo sobre o novo regime
jurídico do ensino da condução, Eduardo Vieira Dias adiantou que "as
cartas de condução vão passar a ser forçosamente mais caras", mas os
alunos ficarão "melhor preparados". O aumento do preço da carta de
condução ficará a dever-se essencialmente ao facto de o candidato só
poder realizar o exame se tiver percorrido mil quilómetros num mínimo de
32 horas de condução.Caso esta proposta seja aprovada, as
escolas vão ter que dispor de mais instrutores para o mesmo número de
alunos, uma vez que "é impossível fazer mil quilómetros em 32 horas",
adiantou.Eduardo Vieira Dias concorda com o número de quilómetros
e de horas, justificando com "a introdução de maior rigor". "Tenho que
reconhecer que havia uma forte falcatrua, as pessoas davam lições de 30
minutos e o candidato registava 50 minutos. A lição acabou, o que vai
passar a funcionar é a hora e o número de quilómetros", disse,
destacando também as "melhorias" ao nível da preparação e formação dos
instrutores.Com o novo regime, o aluno poderá ter as aulas de
condução acompanhadas por um "tutor", que tem que estar "devidamente
habilitado" e "autorizado" pelo Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres (IMTT). O ensino da condução acompanhado por
tutor só pode iniciar-se após a aluno ter, pelo menos, 12 horas de
prática de condução e 300 quilómetros percorridos na escola de condução
onde está inscrito.O presidente da ANIECA criticou que no novo
regime tenham sido introduzidas medidas que "não estão sustentadas em
qualquer estudo", como o ensino acompanhado por um tutor, que pode
"trazer imensos custos sociais, com perdas de vidas e acidentes". O
tutor "foi uma medida atirada para a Estratégia Nacional de Segurança
Rodoviária sem pés nem cabeça, sem qualquer fundamento", disse,
acrescentando que, por isso, "foi introduzida uma série de limitações
que vão fazer com que a figura do tutor não funcione, não exista".Eduardo
Vieira Dias disse, também, que a proposta vai "permitir uma
liberalização mais acentuada da instalação das escolas de condução".
"Estamos preocupados com o excessivo número de escolas de condução que
vão aparecer no país e muitas delas ao lado uma das outras, uma vez que o
critério dos 500 metros desapareceu com este projecto", afirmou.O
responsável lamentou ainda que o Governo não tenha "aproveitado" para
alterar o regime dos exames de condução, que vão "continuar a ser mesma
bagunçada".