Carvalhal tem mais um caso entre mãos que Paulo Bento não viveu em
quatro anos: escolher uma equipa sem as referências do meio-campo.
Consegue imaginar o mundo sem Windows Vista (agora já vai no
Windows 7), iPhone, iPod com 80 gigas ou PlayStation 3? Então também não
é fácil pensar numa equipa do Sporting a entrar em
campo sem Miguel Veloso e João
Moutinho ao mesmo tempo. Até porque, desde que o
esquerdino se assumiu como indiscutível no onze - em Dezembro de 2006 -,
isso nunca aconteceu. E, com o mundo em constante evolução tecnológica,
a única coisa que mudou nos dois jovens formados na Academia
foi a forma de ocupar o tempo nos estágios: Veloso passou a poder jogar
o "Pro Evolution Soccer" (PES) na PlayStation 3 ao mesmo tempo que
procurava nomes para o filho do amigo e compadre, Yannick
Djaló, num portátil mais evoluído, ao passo que Moutinho
já pôde ouvir U2 num iPod melhor, enquanto procurava as últimas
informações num computador mais avançado.
Cem jogos do
campeonato depois, Carlos Carvalhal
tem a difícil tarefa de escolher um meio-campo sem duas das referências
da equipa (estão ambos castigados, após cumprirem uma série de cinco
cartões amarelos na prova). Mais: o encontro na Madeira
será fundamental para perceber que Sporting haverá até ao final da
temporada, agora que ficou reduzido em termos de objectivos à manutenção
do quarto lugar da Liga. Por isso o regresso à ilha - foi despedido do Marítimo
um mês e meio antes de assumir o comando dos lisboetas - será mais um
teste de fogo. Goste-se ou não da expressão...
E quem ganha com
isto? André Villas-Boas,
treinador da Académica e futuro técnico leonino: por
um lado, poderá ver a equipa que herdará sem os patrões do meio-campo, o
que deverá passar a ser uma realidade efectiva a partir do próximo
Verão (Miguel Veloso tem mercado nas principais ligas europeias, ao
passo que Moutinho, sem tantos pretendentes, tem suscitado interesse em
Inglaterra e na Rússia); depois, vai observar jogadores com menos
oportunidades na presente temporada, casos de Adrien Silva,
Pereirinha, Vukcevic ou Matías
Fernández; ah, e já agora, pode fazer um dois em um em
termos desportivos: em caso de vitória da formação verde-e-branca e
triunfo dos estudantes em Guimarães, apanha o Marítimo
na 11.a posição e dá uma maior vantagem aos lisboetas em relação aos
vimaranenses na luta pelo quarto lugar.
BASTIÕES
O caso de Moutinho e Veloso pode fazer lembrar as palavras de Nalitzis,
o avançado grego que esteve emprestado pela Udinese ao
Sporting nos primeiros seis meses de 2002 e afirmou que ele e Jardel
tinham feito uma grande dupla com 56 golos (o brasileiro marcara 55, a
que se juntou um de Nalitzis). Neste caso, o jovem capitão faria de
Super Mário mas a décalage entre partidas que cada um falhou não é assim
tão grande: Miguel Veloso não jogou 15 jogos, João Moutinho só esteve
ausente em três ocasiões (sempre por razões disciplinares).
Existe
ainda mais uma curiosidade na ausência do número 28: com a provável
recuperação de Daniel Carriço e o
regresso de Tonel, Polga, o
subcapitão, deve perder a titularidade. Quem fica com a braçadeira
leonina? Uma estreia: Tonel.
quatro anos: escolher uma equipa sem as referências do meio-campo.
Consegue imaginar o mundo sem Windows Vista (agora já vai no
Windows 7), iPhone, iPod com 80 gigas ou PlayStation 3? Então também não
é fácil pensar numa equipa do Sporting a entrar em
campo sem Miguel Veloso e João
Moutinho ao mesmo tempo. Até porque, desde que o
esquerdino se assumiu como indiscutível no onze - em Dezembro de 2006 -,
isso nunca aconteceu. E, com o mundo em constante evolução tecnológica,
a única coisa que mudou nos dois jovens formados na Academia
foi a forma de ocupar o tempo nos estágios: Veloso passou a poder jogar
o "Pro Evolution Soccer" (PES) na PlayStation 3 ao mesmo tempo que
procurava nomes para o filho do amigo e compadre, Yannick
Djaló, num portátil mais evoluído, ao passo que Moutinho
já pôde ouvir U2 num iPod melhor, enquanto procurava as últimas
informações num computador mais avançado.
Cem jogos do
campeonato depois, Carlos Carvalhal
tem a difícil tarefa de escolher um meio-campo sem duas das referências
da equipa (estão ambos castigados, após cumprirem uma série de cinco
cartões amarelos na prova). Mais: o encontro na Madeira
será fundamental para perceber que Sporting haverá até ao final da
temporada, agora que ficou reduzido em termos de objectivos à manutenção
do quarto lugar da Liga. Por isso o regresso à ilha - foi despedido do Marítimo
um mês e meio antes de assumir o comando dos lisboetas - será mais um
teste de fogo. Goste-se ou não da expressão...
E quem ganha com
isto? André Villas-Boas,
treinador da Académica e futuro técnico leonino: por
um lado, poderá ver a equipa que herdará sem os patrões do meio-campo, o
que deverá passar a ser uma realidade efectiva a partir do próximo
Verão (Miguel Veloso tem mercado nas principais ligas europeias, ao
passo que Moutinho, sem tantos pretendentes, tem suscitado interesse em
Inglaterra e na Rússia); depois, vai observar jogadores com menos
oportunidades na presente temporada, casos de Adrien Silva,
Pereirinha, Vukcevic ou Matías
Fernández; ah, e já agora, pode fazer um dois em um em
termos desportivos: em caso de vitória da formação verde-e-branca e
triunfo dos estudantes em Guimarães, apanha o Marítimo
na 11.a posição e dá uma maior vantagem aos lisboetas em relação aos
vimaranenses na luta pelo quarto lugar.
BASTIÕES
O caso de Moutinho e Veloso pode fazer lembrar as palavras de Nalitzis,
o avançado grego que esteve emprestado pela Udinese ao
Sporting nos primeiros seis meses de 2002 e afirmou que ele e Jardel
tinham feito uma grande dupla com 56 golos (o brasileiro marcara 55, a
que se juntou um de Nalitzis). Neste caso, o jovem capitão faria de
Super Mário mas a décalage entre partidas que cada um falhou não é assim
tão grande: Miguel Veloso não jogou 15 jogos, João Moutinho só esteve
ausente em três ocasiões (sempre por razões disciplinares).
Existe
ainda mais uma curiosidade na ausência do número 28: com a provável
recuperação de Daniel Carriço e o
regresso de Tonel, Polga, o
subcapitão, deve perder a titularidade. Quem fica com a braçadeira
leonina? Uma estreia: Tonel.