Paulo César, o domador de águias
Paulo César será uma das
armas ofensivas que Domingos Paciência irá apontar amanhã à baliza de
Quim, num regresso ao onze e à titularidade, após ter sido dado como
fisicamente inapto na pretérita jornada, na vitória dos arsenalistas
sobre o Rio Ave, por 1-0.
Carrasco do Benfica no desafio da
primeira volta, o brasileiro tem revelado ao longo da sua carreira em
Portugal uma certa predilecção pelas redes encarnadas. O golo apontado
no Estádio Axa, na nona jornada, que selou o triunfo por 2-0 dos
bracarenses, foi efusivamente celebrado, porque na altura devolveu a
liderança isolada aos minhotos e contrariou o favoritismo que era
atribuído ao conjunto de Jorge Jesus.
Bem vistas as coisas, o
quadro não se alterou significativamente: nesta ronda, o Benfica parte
como favorito na bolsa de apostas, mas se o Sp. Braga vencer toma de
assalto a liderança.
O Benfica atravessou-se várias vezes no
caminho de Paulo César e o brasileiro tem feito um esforço tremendo para
que a águia não se esqueça dele. Nas dez temporadas que leva no futebol
português, marcou por quatro vezes aos lisboetas, mas foi na época de
estreia nos palcos nacionais, em 2000/2001, com a camisola do Gil
Vicente, que lançou a seta mais dolorosa no orgulho encarnado. Os galos,
de Luís Campos, despacharam sem dó nem piedade o Benfica por 3-0 e o
avançado fechou a contabilidade.
Pelos restantes clubes por onde
passou, Rio Ave e U. Leiria, deixou a sua marca nos desafios com as
águias. As duas épocas em Guimarães foram a excepção, mas aí não marcou a
ninguém e até acabou 2003 a afinar a pontaria no Brasil.
Na
Luz, num sensacional Benfica-Rio Ave que terminou empatado a três bolas
(2004/2005) lá fez o gosto ao pé e três épocas volvidas repetiria a
façanha na casa encarnada, num empate com muitos golos (2-2) em que o
seu faro pelas balizas mereceu rasgados elogios da Crític