As comemorações do 1º de Maio têm sido motivo para vários confrontos
entre a polícia e manifestantes um pouco por todo o mundo. Na Turquia
as forças policiais usaram canhões de água e gás lacrimogénio e há
registo de oito feridos. Também na Rússia foram detidas centenas de
pessoas e na Alemanha, na véspera do 1º de Maio, a polícia deteve
dezenas de pessoas e 32 polícias ficaram feridos na sequência dos
distúrbios. Em
Istambul, confrontos entre a polícia turca e manifestantes causaram
oito feridos, tendo a polícia usado gás lacrimogéneo, canhões de água e
cães para dispersar quem assinalava o dia do trabalhador na Praça
Taksim. Segundo a televisão NTV, oito
pessoas, entre as quais dois polícias, ficaram feridas nos confrontos,
que envolveram 20 mil polícias e milhares de manifestantes que tentavam
c«gar à praça e usaram pedras e «cocktails molotov» para partir montras
de bancos e lojas no centro da cidade. A
Turquia declarou, na semana passada, o dia de hoje como feriado
nacional depois de pressões das centrais sindicais, mas proibiu as
manifestações marcadas pela DISK e pela KESK, para a praça Taksim, em
Istambul, alegando motivos de segurança. Recorde-se
que a praça Taksim é um local simbólico para os sindicatos porque, no
dia 01 de Maio de 1977, mais de três dezenas de pessoas foram mortas
por um desconhecido que abriu fogo, causando o pânico. Também
esta sexta-feira, a polícia russa deteve centenas de manifestantes em
Moscovo e São Petersburgo, a maioria dos quais jovens, no âmbito das
comemorações do 1.º de Maio. «Os
cerca de 200 jovens juntaram-se à coluna do Partido Comunista da
Rússia. Quando os manifestantes passavam junto do edifício da Duma
Estatal (câmara baixa do Parlamento), os jovens vermelhos tentaram
acender very-lights, o que levou a polícia a detê-los e a levá-los para
a esquadra», precisou Leonid Krutov, porta-voz da câmara de Moscovo. A manifestação convocada
pelo Partido Comunista, a que se juntaram outras forças da oposição ao
Kremlin como a «Outra Rússia», Partido Nacional Bolchevique, conseguiu
reunir no centro da capital russa mais de cinco mil pessoas. Também a polícia de São Petersburgo
anunciou ter detido 120 manifestantes ainda antes da marcha do 1º de
Maio ter começado, precisando que «20 detidos eram nacionalistas que
não tinham autorização para participar nas manifestações, tendo-lhes
sido confiscadas navalhas, very-lights e pistolas de alarme». Segundo
a mesma fonte, foram também detidos «100 antifascistas e anarquistas
que preparavam provocações em relação aos nacionalistas». O
correspondente da rádio Eco de Moscovo no local informa que os
manifestantes nacionalistas acabaram por ser libertados e juntaram-se à
marcha, enquanto que os antifascistas e anarquistas foram transportados
para a esquadra da polícia. Confrontos com esquerdistas Na
véspera do 1.º de Maio na Alemanha registaram-se confrontos em Berlim e
Hamburgo entre esquerdistas e a polícia, de que resultaram ferimentos
ligeiros em 32 agentes e dezenas de detenções, segundo as autoridades. Em
Berlim, um grupo de cerca de 200 esquerdistas promoveram uma
manifestação não autorizada no bairro de Friedrihshain, lançaram pedras
e garrafas contra a polícia e incendiaram contentores do lixo. O forte
dispositivo policial, composto por mais de mil agentes, obrigou os
manifestantes a dispersar e cercou o perímetro do bairro com veículos
pesados, incluindo canhões de água. Foram detidas mais de uma dezena de
pessoas. Em Hamburgo, manifestantes partiram à pedrada a montra de um banco e incendiaram vários contentores do
lixo, lançando também garrafas contra a polícia. Já depois da meia-noite, o corpo de intervenção evacuou a rua onde
ocorreram os distúrbios e deteve dezenas de manifestantes.
entre a polícia e manifestantes um pouco por todo o mundo. Na Turquia
as forças policiais usaram canhões de água e gás lacrimogénio e há
registo de oito feridos. Também na Rússia foram detidas centenas de
pessoas e na Alemanha, na véspera do 1º de Maio, a polícia deteve
dezenas de pessoas e 32 polícias ficaram feridos na sequência dos
distúrbios. Em
Istambul, confrontos entre a polícia turca e manifestantes causaram
oito feridos, tendo a polícia usado gás lacrimogéneo, canhões de água e
cães para dispersar quem assinalava o dia do trabalhador na Praça
Taksim. Segundo a televisão NTV, oito
pessoas, entre as quais dois polícias, ficaram feridas nos confrontos,
que envolveram 20 mil polícias e milhares de manifestantes que tentavam
c«gar à praça e usaram pedras e «cocktails molotov» para partir montras
de bancos e lojas no centro da cidade. A
Turquia declarou, na semana passada, o dia de hoje como feriado
nacional depois de pressões das centrais sindicais, mas proibiu as
manifestações marcadas pela DISK e pela KESK, para a praça Taksim, em
Istambul, alegando motivos de segurança. Recorde-se
que a praça Taksim é um local simbólico para os sindicatos porque, no
dia 01 de Maio de 1977, mais de três dezenas de pessoas foram mortas
por um desconhecido que abriu fogo, causando o pânico. Também
esta sexta-feira, a polícia russa deteve centenas de manifestantes em
Moscovo e São Petersburgo, a maioria dos quais jovens, no âmbito das
comemorações do 1.º de Maio. «Os
cerca de 200 jovens juntaram-se à coluna do Partido Comunista da
Rússia. Quando os manifestantes passavam junto do edifício da Duma
Estatal (câmara baixa do Parlamento), os jovens vermelhos tentaram
acender very-lights, o que levou a polícia a detê-los e a levá-los para
a esquadra», precisou Leonid Krutov, porta-voz da câmara de Moscovo. A manifestação convocada
pelo Partido Comunista, a que se juntaram outras forças da oposição ao
Kremlin como a «Outra Rússia», Partido Nacional Bolchevique, conseguiu
reunir no centro da capital russa mais de cinco mil pessoas. Também a polícia de São Petersburgo
anunciou ter detido 120 manifestantes ainda antes da marcha do 1º de
Maio ter começado, precisando que «20 detidos eram nacionalistas que
não tinham autorização para participar nas manifestações, tendo-lhes
sido confiscadas navalhas, very-lights e pistolas de alarme». Segundo
a mesma fonte, foram também detidos «100 antifascistas e anarquistas
que preparavam provocações em relação aos nacionalistas». O
correspondente da rádio Eco de Moscovo no local informa que os
manifestantes nacionalistas acabaram por ser libertados e juntaram-se à
marcha, enquanto que os antifascistas e anarquistas foram transportados
para a esquadra da polícia. Confrontos com esquerdistas Na
véspera do 1.º de Maio na Alemanha registaram-se confrontos em Berlim e
Hamburgo entre esquerdistas e a polícia, de que resultaram ferimentos
ligeiros em 32 agentes e dezenas de detenções, segundo as autoridades. Em
Berlim, um grupo de cerca de 200 esquerdistas promoveram uma
manifestação não autorizada no bairro de Friedrihshain, lançaram pedras
e garrafas contra a polícia e incendiaram contentores do lixo. O forte
dispositivo policial, composto por mais de mil agentes, obrigou os
manifestantes a dispersar e cercou o perímetro do bairro com veículos
pesados, incluindo canhões de água. Foram detidas mais de uma dezena de
pessoas. Em Hamburgo, manifestantes partiram à pedrada a montra de um banco e incendiaram vários contentores do
lixo, lançando também garrafas contra a polícia. Já depois da meia-noite, o corpo de intervenção evacuou a rua onde
ocorreram os distúrbios e deteve dezenas de manifestantes.