Águia de Jesus sem medo do corpo a corpo
Diz a velha máxima do
futebol que, muitas vezes, é nos jogos com os denominados pequenos que
se perdem campeonatos. Talvez. Mas os jogos com concorrentes directos,
além de terem também, em muitos casos, extrema importância nas decisões
finais, são testes de nível elevado à capacidade competitiva.
Em
vésperas de visitar o Estádio do Dragão, o Benfica de Jorge Jesus
apresenta um registo invejável no conjunto das provas nacionais: nas
sete partidas com os rivais de 2009/10, nos quais está obrigatoriamente
incluído um Sp. Braga com comportamento de grande, as águias venceram em
cinco ocasiões (três na Liga Sagres e duas na Taça da Liga), empataram
numa (Liga) e só perderam noutra (Liga).
Contas feitas, são duas
vitórias sobre o FC Porto, duas vitórias e um empate diante do Sporting
e uma vitória e uma derrota com o Sp. Braga.
Fazendo este mesmo
exercício em todas as temporadas anteriores, desde 1934/35 (mas aí já
sem incluír o Sp. Braga, mantendo apenas os dois crónicos rivais), só
encontrámos sete campanhas encarnadas com melhor percentagem de sucesso
nos confrontos directos, em todas as provas nacionais.
À cabeça
surge a época de 1971/72, sob o comando técnico do inglês Jimmy Hagan:
nos seis duelos com os rivais, entre campeonato e taça, o Benfica venceu
todos.
A lista prossegue sempre com nomes estrangeiros - o
checo Janos Biri em 1942/43 e 1945/46, o húngaro Lipo Herczka em 1935/36
e 1936/37, o inglês Ted Smith em 1949/50 e novamente Jimmy Hagan em
1972/73. Ou seja, Jorge Jesus é o melhor português da história quando se
trata de preparar a equipa para o corpo a corpo com os concorrentes
directos.