«Gripe A não é o fim do mundo»

A directora-geral da Organização Mundial de Saúde admite que o nível 6 de alerta seja decretado, mas faz questão de esclarecer
que isso não significará «o fim do mundo», colocando um ponto final nas declarações mais alarmistas. «Há
muita gente com ideias erradas no que diz respeito ao nível 6, quando
este for decretado. Muitos acreditam que, nessa altura, haverá muitos
infectados, que todos vão morrer e que todos os países serão afectados
(...) A pandemia [nível 6] é uma advertência, um sinal para as
autoridades de saúde mundiais, para que estas aumentem a vigilância e
tomem medidas. O nível 6 não significa que nos estamos a aproximar do
fim do mundo», disse Margaret Chan, em entrevista ao El País. No
entanto, a responsável da OMS, que também já enfrentou a gripe das
aves, recorreu à pandemia de 1918 para lembrar os cuidados a tomar. «É

verdade que, neste momento, o vírus está a ser brando na maioria dos
países, mas todavia ainda não vimos todo o espectro da doença. Quando
só temos poucos casos, não podemos dizer que direcção vai tomar (...) A
pandemia de 1918 também começou com uma doença branda, teve um período
de acalmia e parecia que tinha acabado. Mas voltou e causou milhões de
mortos», sublinhou. Daí recordar que «os vírus da gripe são muito imprevisíveis, muito delicados».