De regresso ao Brasil, o avançado Kléber revelou as razões que o levaram a não assinar pelo FC Porto.
«Tinha
algumas dúvidas apesar de haver acordo verbal com o FC Porto. Por
vezes, não temos de pensar só no lado financeiro, mas sim na
felicidade. Viajei com minha esposa para ela ver como é Portugal. E não
quis abrir mão de algumas coisas, pequenas coisas. Não foi nada
relacionado com o salário», afirmou o jogador em conferência de
imprensa, desmentindo as notícias que circularam de que havia reprovado
nos exames médicos: «Não é verdade. Não tenho problemas de saúde,
sinto-me bem. Se me lesionar daqui a duas semanas, é outra coisa,
acontece.»
Kléber refutou ainda a nota oficial do FC Porto, onde
os dragões alegaram que o contrato não foi assinado devido a desacordo
nas questões financeiras e em relação à duração do contrato: «Não tenho
o que desmentir. A nota oficial já diz tudo. Não sei de onde saiu esse
assunto, estão a inventar essa história. Há outras coisas que pesaram.
Foram algumas coisas que, para mim, pesam muito. Não é só dinheiro, só
o lado financeiro. É difícil deixar o Cruzeiro, com todo o carinho dos
adeptos e a confiança do treinador. Quero um contrato longo para ser
ídolo do clube. Nunca tive isso na minha carreira e quero ter. Não
estava com vontade de ir.»
«Difícil rejeitar Milan ou Real Madrid»
O
jogador demonstrou ainda ter ficado com «carinho» pelo clube, mas
afirmou que espera uma porta para a Europa «um pouco maior»: «Conheci o
clube, tem uma estrutura sensacional, a melhor que já conheci.
Conversei com muitas pessoas também e até criei um carinho pelo clube.
Mas eles não quiseram abrir mão de lá, nem eu daqui e ficou assim.
Lógico que se chegar um clube grande, como Milan e Real Madrid é
difícil rejeitar, complicado você não querer ir. Mas o FC Porto, a
gente sabe que já foi campeão, mas não é um clube que vai lutar todos
os anos por títulos da Champions. Já com os outros é diferente. É
lógico que tenho vontade de jogar competições importantes. Mas se tiver
de ser, vai ser, senão, estarei muito feliz aqui.»