A vivenda
localiza-se na freguesia de Santa Maria de Óbidos, em Avarela, perto da
auto-estrada A8, entre Óbidos e Caldas da Rainha.Fonte do
Ministério do Interior espanhol disse à agência Lusa que na vivenda foi
encontrada uma "importante quantidade de explosivos" que se suspeita
ser da ETA, estando o material ainda a ser analisado.Numa
conferência de imprensa conjunta nas instalações da Unidade Nacional de
Combate ao Terrorismo da PJ, em Lisboa, o diretor nacional da Polícia
Judiciária e o comandante geral da GNR nunca se refeririam à ETA,
referindo apenas suspeitas de ser um caso ligado ao terrorismo."Suspeitámos
que o caso tinha contornos terroristas e alertámos de imediato a tutela
- Ministérios da Justiça e da Administração Interna - para que fossem
contactadas as autoridades espanholas", explicou o director nacional da
PJ, Almeida Rodrigues.Segundo o responsável da PJ, "não há
indícios de que o material explosivo seria usado em território
nacional" e as investigações continuam, para "desmembrar a organização
que está por detrás do fabrico dos explosivos". A troca de informações entre polícias poderá trazer a Portugal investigadores espanhóis.Os
dois suspeitos, que ainda não foram capturados, viviam há cerca de dois
meses numa vivenda em Óbidos, no distrito de Leiria, tendo assinado um
contrato de arrendamento para menos de seis meses.Na mesma
conferência de imprensa, o comandante geral da Guarda Nacional
Republicana (GNR), Nelson dos Santos, explicou que na quinta feira um
cidadão telefonou para o posto da GNR de Óbidos, alertando para uma
casa com as luzes acesas e as portas abertas.Os militares
deslocaram-se ao local e verificaram "do exterior que os eventuais
residentes tinham abandonado a casa à pressa", disse.Já na
segunda feira, numa operação de trânsito da GNR de Óbidos, uma carrinha
de marca Citroen desobedeceu aos militares e os ocupantes fugiram.Nelson
dos Santos adiantou que no interior da viatura, furtada na zona de
Castelo Branco há um ano, foram encontrados pás, picaretas, luvas de
trabalho, roupa e dois detonadores electrónico para explosivos.Essa
viatura, bem como "o aspecto da casa, o equipamento encontrado e [o
facto de os habitantes] falarem espanhol levantaram suspeitas",
concluiu.Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o alerta para
uma casa suspeita foi dado por um elemento de uma força de segurança
que vive naquela rua.Entretanto, vários elementos da Brigada de
Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da GNR foram destacados
para a rua onde se situa a vivenda, onde alguns populares começaram a
concentrar-se a partir do final da manhã.Aquela força de
segurança alargou às 14:00 de hoje o perímetro de segurança junto à
casa e cortou a estrada municipal 585, que liga aquela vila a Caldas da
Rainha.Também as habitações mais próximas da casa foram evacuadas por ordem da GNR.A
vivenda em Portugal foi descoberta poucas semanas depois da operação
que levou à captura em Torre de Moncorvo de dois alegados membros da
ETA, em relação aos quais pendem atualmente pedidos de extradição das
autoridades espanholas.O inquérito crime está a cargo do
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), organismo
encarregado de investigar, nomeadamente, crimes de terrorismo.O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje confiar que o Governo está a "acompanhar com tudo o cuidado" o caso.A Lusa tentou várias vezes contactar o Ministério da Administração Interna, sem obter qualquer comentário.
localiza-se na freguesia de Santa Maria de Óbidos, em Avarela, perto da
auto-estrada A8, entre Óbidos e Caldas da Rainha.Fonte do
Ministério do Interior espanhol disse à agência Lusa que na vivenda foi
encontrada uma "importante quantidade de explosivos" que se suspeita
ser da ETA, estando o material ainda a ser analisado.Numa
conferência de imprensa conjunta nas instalações da Unidade Nacional de
Combate ao Terrorismo da PJ, em Lisboa, o diretor nacional da Polícia
Judiciária e o comandante geral da GNR nunca se refeririam à ETA,
referindo apenas suspeitas de ser um caso ligado ao terrorismo."Suspeitámos
que o caso tinha contornos terroristas e alertámos de imediato a tutela
- Ministérios da Justiça e da Administração Interna - para que fossem
contactadas as autoridades espanholas", explicou o director nacional da
PJ, Almeida Rodrigues.Segundo o responsável da PJ, "não há
indícios de que o material explosivo seria usado em território
nacional" e as investigações continuam, para "desmembrar a organização
que está por detrás do fabrico dos explosivos". A troca de informações entre polícias poderá trazer a Portugal investigadores espanhóis.Os
dois suspeitos, que ainda não foram capturados, viviam há cerca de dois
meses numa vivenda em Óbidos, no distrito de Leiria, tendo assinado um
contrato de arrendamento para menos de seis meses.Na mesma
conferência de imprensa, o comandante geral da Guarda Nacional
Republicana (GNR), Nelson dos Santos, explicou que na quinta feira um
cidadão telefonou para o posto da GNR de Óbidos, alertando para uma
casa com as luzes acesas e as portas abertas.Os militares
deslocaram-se ao local e verificaram "do exterior que os eventuais
residentes tinham abandonado a casa à pressa", disse.Já na
segunda feira, numa operação de trânsito da GNR de Óbidos, uma carrinha
de marca Citroen desobedeceu aos militares e os ocupantes fugiram.Nelson
dos Santos adiantou que no interior da viatura, furtada na zona de
Castelo Branco há um ano, foram encontrados pás, picaretas, luvas de
trabalho, roupa e dois detonadores electrónico para explosivos.Essa
viatura, bem como "o aspecto da casa, o equipamento encontrado e [o
facto de os habitantes] falarem espanhol levantaram suspeitas",
concluiu.Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o alerta para
uma casa suspeita foi dado por um elemento de uma força de segurança
que vive naquela rua.Entretanto, vários elementos da Brigada de
Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da GNR foram destacados
para a rua onde se situa a vivenda, onde alguns populares começaram a
concentrar-se a partir do final da manhã.Aquela força de
segurança alargou às 14:00 de hoje o perímetro de segurança junto à
casa e cortou a estrada municipal 585, que liga aquela vila a Caldas da
Rainha.Também as habitações mais próximas da casa foram evacuadas por ordem da GNR.A
vivenda em Portugal foi descoberta poucas semanas depois da operação
que levou à captura em Torre de Moncorvo de dois alegados membros da
ETA, em relação aos quais pendem atualmente pedidos de extradição das
autoridades espanholas.O inquérito crime está a cargo do
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), organismo
encarregado de investigar, nomeadamente, crimes de terrorismo.O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje confiar que o Governo está a "acompanhar com tudo o cuidado" o caso.A Lusa tentou várias vezes contactar o Ministério da Administração Interna, sem obter qualquer comentário.