Uma encomenda chega pelo correio. Dentro da caixa, ao lado da
esferovite e da garantia, encontra-se o manual de instruções. Só que em
vez de ter imagens tem um vídeo: ali mesmo, colado numa folha dupla de
cartão que se abre e fecha. É só carregar num dos botões que estão por
baixo e o vídeo começa a mostrar como se monta a encomenda. Sejamos
honestos, a maioria de nós não lê as instruções: olhamos para as
imagens e tentamos imitar. Um vídeo colado em papel, com som a sair
através de buraquinhos feitos no cartão, seria perfeito para os
portugueses.
E pode bem vir a ser. Esta é uma das utilizações
mais vantajosas para o consumidor que a nova tecnologia video in print
(VIP) poderá ter, agora que a agência de design Pixel a trouxe para
Portugal. Patenteada pela Americhip em Setembro do ano passado, a VIP
consiste num pequeno ecrã de vídeo LCD protegido por policarbonato, com
um chip ultraleve capaz de suportar até 120 minutos de vídeo. A bateria
dura 65 a 70 minutos (o que equivale a centenas de visualizações) e
quando acaba pode recarregar-se usando a porta USB do computador. É
adaptável a qualquer suporte, do papel dos jornais, das revistas e das
brochuras promocionais ao cartão das caixas de chocolate.
“Uma
imagem vale mais de mil palavras. Com som e movimento, vale milhões”,
dizia ontem Ana Santana Lopes, directora executiva da agência Pixel, no
lançamento oficial da tecnologia. Para as empresas, a VIPpode ser uma
maneira de usar spots publicitários em vídeo sem investir na televisão,
em que cada 30 segundos de espaço publicitário podem custar dezenas de
milhares de euros.
Por outro lado, esta é a primeira tecnologia a
fazer a ponte entre os meios tradicionais e os digitais. Ainda se trata
de uma tecnologia limitada, já que todos os filmes têm de ser enviados
de Portugal para os Estados Unidos, para que a Americhip os integre em
miniecrãs com o máximo de resolução e qualidade possíveis. No entanto,
no futuro deverá ser possível carregar novos filmes usando a mesma
ligação USB que serve para carregar a bateria. Tudo depende do sucesso
que a VIP tiver.
Segundo explicou ao i Luís Salvado, responsável
técnico da Pixel, já há grandes empresas interessadas nesta tecnologia,
incluindo outras agências de publicidade. A Pixel está a abordar grupos
como a Portugal Telecom, e a primeira campanha deverá ser difundida
dentro de um a dois meses.
Numa altura em que os investimentos
publicitários estão a ser reduzidos ou desviados para a internet, o
video in print tem a capacidade de recuperar a atenção que os meios em
papel perderam. O custo de uma campanha deste género depende muito da
sua abrangência – se forem apenas mil vídeos, o custo unitário pode
atingir 40 euros, mas se forem 100 mil cai para cerca de 15 euros.
Apesar
de não ser uma campanha barata, as possibilidades são muito maiores que
as de qualquer anúncio de jornal ou revista. Os primeiros testes já
foram feitos – uma parceria entre a CBS e a Pepsi na “Entertainment
Weekly” e uma brochura da Nike com o ciclista Lance Armstrong – e os
resultados foram bem recebidos. Já se fala em pôr vídeos em livros
escolares e até nas guias de novos medicamentos para médicos. Até pode
ser uma tecnologia de transição, enquanto não passamos todos para os
Kindles e os iPads. Ou então é o truque que vai evitar o
desaparecimento do papel.
esferovite e da garantia, encontra-se o manual de instruções. Só que em
vez de ter imagens tem um vídeo: ali mesmo, colado numa folha dupla de
cartão que se abre e fecha. É só carregar num dos botões que estão por
baixo e o vídeo começa a mostrar como se monta a encomenda. Sejamos
honestos, a maioria de nós não lê as instruções: olhamos para as
imagens e tentamos imitar. Um vídeo colado em papel, com som a sair
através de buraquinhos feitos no cartão, seria perfeito para os
portugueses.
E pode bem vir a ser. Esta é uma das utilizações
mais vantajosas para o consumidor que a nova tecnologia video in print
(VIP) poderá ter, agora que a agência de design Pixel a trouxe para
Portugal. Patenteada pela Americhip em Setembro do ano passado, a VIP
consiste num pequeno ecrã de vídeo LCD protegido por policarbonato, com
um chip ultraleve capaz de suportar até 120 minutos de vídeo. A bateria
dura 65 a 70 minutos (o que equivale a centenas de visualizações) e
quando acaba pode recarregar-se usando a porta USB do computador. É
adaptável a qualquer suporte, do papel dos jornais, das revistas e das
brochuras promocionais ao cartão das caixas de chocolate.
“Uma
imagem vale mais de mil palavras. Com som e movimento, vale milhões”,
dizia ontem Ana Santana Lopes, directora executiva da agência Pixel, no
lançamento oficial da tecnologia. Para as empresas, a VIPpode ser uma
maneira de usar spots publicitários em vídeo sem investir na televisão,
em que cada 30 segundos de espaço publicitário podem custar dezenas de
milhares de euros.
Por outro lado, esta é a primeira tecnologia a
fazer a ponte entre os meios tradicionais e os digitais. Ainda se trata
de uma tecnologia limitada, já que todos os filmes têm de ser enviados
de Portugal para os Estados Unidos, para que a Americhip os integre em
miniecrãs com o máximo de resolução e qualidade possíveis. No entanto,
no futuro deverá ser possível carregar novos filmes usando a mesma
ligação USB que serve para carregar a bateria. Tudo depende do sucesso
que a VIP tiver.
Segundo explicou ao i Luís Salvado, responsável
técnico da Pixel, já há grandes empresas interessadas nesta tecnologia,
incluindo outras agências de publicidade. A Pixel está a abordar grupos
como a Portugal Telecom, e a primeira campanha deverá ser difundida
dentro de um a dois meses.
Numa altura em que os investimentos
publicitários estão a ser reduzidos ou desviados para a internet, o
video in print tem a capacidade de recuperar a atenção que os meios em
papel perderam. O custo de uma campanha deste género depende muito da
sua abrangência – se forem apenas mil vídeos, o custo unitário pode
atingir 40 euros, mas se forem 100 mil cai para cerca de 15 euros.
Apesar
de não ser uma campanha barata, as possibilidades são muito maiores que
as de qualquer anúncio de jornal ou revista. Os primeiros testes já
foram feitos – uma parceria entre a CBS e a Pepsi na “Entertainment
Weekly” e uma brochura da Nike com o ciclista Lance Armstrong – e os
resultados foram bem recebidos. Já se fala em pôr vídeos em livros
escolares e até nas guias de novos medicamentos para médicos. Até pode
ser uma tecnologia de transição, enquanto não passamos todos para os
Kindles e os iPads. Ou então é o truque que vai evitar o
desaparecimento do papel.