Jota de Jorge, Jota de Jesus, Jota de
Jesualdo. Dois Jotas fazem um, o Benfica tem-se revelado unívoco. O
outro Jota, de Jesualdo, menos unívoco, mais equívoco. Os três Jotas
juntam-se. Os seus caminhos há muito que se cruzaram. Ambos andaram por
Braga, e cada qual deve sentir-se orgulhoso pelo que lá deixou. Outros
dirão, com maior propriedade, qual foi o Jota que mais pesou no Minho.
Certamente ambos foram importantes para a construção da cultura dos
Guerreiros. Um dos Jotas rumou ao Dragão e, durante três épocas
atribuladas, ganhou o que nunca conseguira na Luz. Ganhou jogos, títulos
e estatuto. Uma vida ligada ao futebol, também como "formador" - na
década de 70 - mas sem "estofo de campeão". O Jota, de Jesualdo, deu ao
FC Porto uma coerência técnico-tático que Co Adriaanse também teve mas
que não era do agrado da "entourage" e o FC Porto colocou na farda do
renascido Jota as medalhas nunca atribuídas. Farda de general, um pouco
gasta, por ter sido vestida vezes sem conta, às vezes até por meros
jograis, na qual o Jota, de Jesualdo, tentou arear e dar brilho ao
amarelo pálido dos botões. Tempo de canseira e de tantas guerras, com
regras e sem elas, e de contagem de mortos e feridos -- e de litros de
sangue. O Jota, de Jesualdo, teve de ocupar o espaço de outros dois
Jotas, ambos Jorges, o majestático e o desejado, e já vão quatro. São
Jotas que Jesualdo dispensava. Porque o Jorge queria Jorge e o Jorge
acabou, quase por milagre, na Luz.
O Jota de Jesualdo teve de arrostar, pois, com o peso do Jota que não
achou forma de abortar o desvio e com o efeito que o Jota, de Jesus,
produziu no Estádio da Luz. O revolucionário não parou a revolução - e,
quando um revolucionário não ganha, há sempre quem fique na mira dos
canhões.
O FC Porto porventura perdeu o título em Alvalade e, provavelmente,
vai ser um Jota, não o de Jesualdo, mas o de Jesus, a subir ao lugar
mais alto do pódio. Significa que o Jota, de Jesualdo, chegou a ser
ex-treinador do FC Porto e teve de bater à porta para reentrar. Talvez
tivesse sido um erro, porque a longevidade de um técnico, em
determinadas circunstâncias, também é afetada com a erosão das vitórias,
sobretudo quando há o hábito de ganhar.
Os ciclos abrem-se e fecham-se e havia um ciclo que se encerrara e
não valeria a pena fletir e insistir. Sabia o Jota mais poderoso que, ao
permitir a ida do Jota treinador para a Luz, incorria em dois perigos:
inchava o Jota errado, com as consequências para o Jota enganado.
Está o Jota milagroso nas sete quintas porque anunciou, ainda antes
de rumar à Catedral, que iria ser campeão, tal era o tamanho da
convicção. Ora é disso, exatamente, que o FC Porto precisa. Não apenas
de um Jota convicto. Sem dúvida, dois Jotas convictos.
Talvez fosse tempo de fazer algumas contas, mas é certo e seguro que
contas só um Jota faz - o Jorge e mais nenhum. Esse mesmo.
O tempo não volta para trás e custa ver um Jota pagar a fatura das...
varizes do regime.
Jesualdo. Dois Jotas fazem um, o Benfica tem-se revelado unívoco. O
outro Jota, de Jesualdo, menos unívoco, mais equívoco. Os três Jotas
juntam-se. Os seus caminhos há muito que se cruzaram. Ambos andaram por
Braga, e cada qual deve sentir-se orgulhoso pelo que lá deixou. Outros
dirão, com maior propriedade, qual foi o Jota que mais pesou no Minho.
Certamente ambos foram importantes para a construção da cultura dos
Guerreiros. Um dos Jotas rumou ao Dragão e, durante três épocas
atribuladas, ganhou o que nunca conseguira na Luz. Ganhou jogos, títulos
e estatuto. Uma vida ligada ao futebol, também como "formador" - na
década de 70 - mas sem "estofo de campeão". O Jota, de Jesualdo, deu ao
FC Porto uma coerência técnico-tático que Co Adriaanse também teve mas
que não era do agrado da "entourage" e o FC Porto colocou na farda do
renascido Jota as medalhas nunca atribuídas. Farda de general, um pouco
gasta, por ter sido vestida vezes sem conta, às vezes até por meros
jograis, na qual o Jota, de Jesualdo, tentou arear e dar brilho ao
amarelo pálido dos botões. Tempo de canseira e de tantas guerras, com
regras e sem elas, e de contagem de mortos e feridos -- e de litros de
sangue. O Jota, de Jesualdo, teve de ocupar o espaço de outros dois
Jotas, ambos Jorges, o majestático e o desejado, e já vão quatro. São
Jotas que Jesualdo dispensava. Porque o Jorge queria Jorge e o Jorge
acabou, quase por milagre, na Luz.
O Jota de Jesualdo teve de arrostar, pois, com o peso do Jota que não
achou forma de abortar o desvio e com o efeito que o Jota, de Jesus,
produziu no Estádio da Luz. O revolucionário não parou a revolução - e,
quando um revolucionário não ganha, há sempre quem fique na mira dos
canhões.
O FC Porto porventura perdeu o título em Alvalade e, provavelmente,
vai ser um Jota, não o de Jesualdo, mas o de Jesus, a subir ao lugar
mais alto do pódio. Significa que o Jota, de Jesualdo, chegou a ser
ex-treinador do FC Porto e teve de bater à porta para reentrar. Talvez
tivesse sido um erro, porque a longevidade de um técnico, em
determinadas circunstâncias, também é afetada com a erosão das vitórias,
sobretudo quando há o hábito de ganhar.
Os ciclos abrem-se e fecham-se e havia um ciclo que se encerrara e
não valeria a pena fletir e insistir. Sabia o Jota mais poderoso que, ao
permitir a ida do Jota treinador para a Luz, incorria em dois perigos:
inchava o Jota errado, com as consequências para o Jota enganado.
Está o Jota milagroso nas sete quintas porque anunciou, ainda antes
de rumar à Catedral, que iria ser campeão, tal era o tamanho da
convicção. Ora é disso, exatamente, que o FC Porto precisa. Não apenas
de um Jota convicto. Sem dúvida, dois Jotas convictos.
Talvez fosse tempo de fazer algumas contas, mas é certo e seguro que
contas só um Jota faz - o Jorge e mais nenhum. Esse mesmo.
O tempo não volta para trás e custa ver um Jota pagar a fatura das...
varizes do regime.