Os escândalos dentro da selecção inglesa envolveram mulheres de
jogadores. O futebol está a mudar. Será que elas já têm mais
protagonismo que eles?
Atrás de um grande homem vem sempre um sarilho a espalhar perfume. "Um
vírus" com malas Louis Vuitton, escondido atrás de
grandes óculos de sol (quanto maiores melhor; o tamanho é proporcional
ao estatuto) e que adora fazer beicinho nas fotografias da imprensa
cor-de-rosa. "Elas são como um vírus, não acha? Eu acho
que sim, são o mesmo vírus que atacou no último Mundial", disse
ironicamente Fabio Capello, seleccionador de
Inglaterra, que declarou guerra aberta às Wags
(acrónimo de Wives and girlfriends, utilizado para identificar as
esposas e namoradas dos futebolistas ingleses).
"Nós vamos jogar
para a África do Sul, não vamos para lá fazer férias",
resmunga o técnico, que durante o Mundial 2010 vai permitir apenas uma
vista semanal das Wags aos jogadores. E já é muito bom; os dissabores
que o fenómeno Wag tem causado dentro do plantel britânico são
suficientes para uma medida mais drástica, acabando-se de vez com a
palhaçada. John Terry, capitão do Chelsea, foi vaiado
durante o jogo contra o Egipto, em Londres (3-1), por causa de um affair
extraconjugal. O futebolista manteve um caso, desde 2007, com Vanessa
Perroncel (excluída recentemente do blogue das Wags), noiva de
um colega da selecção inglesa, Wayne Bridge, que
abandonou a equipa para nunca mais ter de se cruzar com Terry. O impacto
foi semelhante a uma indigestão no estômago de Capello, que se mantém
firme e convicto de que nunca será como Sven Goran-Eriksson,
antigo técnico, que aceitou a moda das Wags no seio da equipa, quando
arranjou uma para si próprio e decidiu mostrá-la ao mundo. Foi o
princípio do fim. Depressa a imprensa descobriu que o antigo treinador
do Benfica traía Nancy Dell'Olio com uma secretária da sede da
Associação de Futebol de Inglaterra, Faria Alam, e a sua vida foi
devassada com olho clínico e com um interesse insaciável. Toda a gente
ficou a saber que Eriksson preparava a máquina da louça antes do sexo,
usava pijamas de algodão e tinha mais três amantes além das conhecidas.
O
FIM DAS WAGS? A pressão desenfreada de Capello fez com que
algumas batessem em retirada. Coleen Rooney, mulher de Wayne Rooney, não
vai liderar as tropas na África do Sul. Depois de ter dado à luz, em
Novembro, decidiu acompanhar os jogos do marido pela televisão. Toni
Poole, mulher de John Terry, também não vai pôr os pés no Mundial 2010.
Depois dos recentes acontecimentos preferiu ficar em casa com os gémeos.
Só Victoria Beckham parece resistir às intempéries que
assolam o mundo Wag, não fosse ela a mentora do conceito. E vai com
antecedência, para começar a tratar de burocracias relativamente à
fundação de caridade do marido.
"Há de tudo. Umas são
mais discretas, outras gostam mais de fama, protagonismo e fazem tudo
para ser o centro das atenções. Mas todas gostam do mesmo: da vida de
shopping, que é muito benéfica para a nossa economia", diz ao i
um antigo oficial de ligação da organização do Euro-2004 para a
selecção inglesa, que não quis ser identificado. "Lembro-me que me
pediram para ir às compras. Queriam saber onde eram as lojas de roupa,
mas a Vitctoria não quis ir, teve medo de ser identificada." Fazer de
guia turístico foi também uma das incumbências do oficial. "Fazia parte
das nossas funções andar a passear com elas. Fomos a Sesimbra, ao
Guincho, ao Chapitô e a locais históricos, como Belém e o Castelo de São
Jorge", explica, acrescentando que a selecção inglesa ficou num hotel
em Linda-a-Velha e as mulheres ficaram hospedadas em Sintra, no Penha
Longa. "Viram-se umas três ou quatro vezes durante o Europeu. Só
depois de a Inglaterra ter sido eliminada por Portugal é que o ambiente
ficou mais descontraído." A estada das Wags foi tranquila,
preenchida por uma ou outra noitada, um ou outro excesso, e por uma
série de compras, massagens e piscinas. As Wags gostam de ser ícones, e
para isso há uma data de regras a cumprir.
O CÓDIGO DE
CONDUTA Regra número um: jamais repetir o mesmo vestido em
ocasiões diferentes e nunca ser vista sozinha. Mães e amigas são boas
companhias. Regra número dois: ter o cabelo comprido. Regra número três:
ter atenção aos acessórios. Tudo deve ser em tamanho XXL: óculos
de sol, brincos, carteiras, colares e lenços. O propósito é
chamar a atenção até conseguirem ter mais impacto na comunicação social
que os maridos ou namorados. Inconscientemente, há um conflito de egos
na selecção inglesa. A eterna guerra dos sexos, na qual Fabio Capello
serve de moderador, prevalece. Digam o que disserem, as mulheres serão
sempre a loucura dos homens.
jogadores. O futebol está a mudar. Será que elas já têm mais
protagonismo que eles?
Atrás de um grande homem vem sempre um sarilho a espalhar perfume. "Um
vírus" com malas Louis Vuitton, escondido atrás de
grandes óculos de sol (quanto maiores melhor; o tamanho é proporcional
ao estatuto) e que adora fazer beicinho nas fotografias da imprensa
cor-de-rosa. "Elas são como um vírus, não acha? Eu acho
que sim, são o mesmo vírus que atacou no último Mundial", disse
ironicamente Fabio Capello, seleccionador de
Inglaterra, que declarou guerra aberta às Wags
(acrónimo de Wives and girlfriends, utilizado para identificar as
esposas e namoradas dos futebolistas ingleses).
"Nós vamos jogar
para a África do Sul, não vamos para lá fazer férias",
resmunga o técnico, que durante o Mundial 2010 vai permitir apenas uma
vista semanal das Wags aos jogadores. E já é muito bom; os dissabores
que o fenómeno Wag tem causado dentro do plantel britânico são
suficientes para uma medida mais drástica, acabando-se de vez com a
palhaçada. John Terry, capitão do Chelsea, foi vaiado
durante o jogo contra o Egipto, em Londres (3-1), por causa de um affair
extraconjugal. O futebolista manteve um caso, desde 2007, com Vanessa
Perroncel (excluída recentemente do blogue das Wags), noiva de
um colega da selecção inglesa, Wayne Bridge, que
abandonou a equipa para nunca mais ter de se cruzar com Terry. O impacto
foi semelhante a uma indigestão no estômago de Capello, que se mantém
firme e convicto de que nunca será como Sven Goran-Eriksson,
antigo técnico, que aceitou a moda das Wags no seio da equipa, quando
arranjou uma para si próprio e decidiu mostrá-la ao mundo. Foi o
princípio do fim. Depressa a imprensa descobriu que o antigo treinador
do Benfica traía Nancy Dell'Olio com uma secretária da sede da
Associação de Futebol de Inglaterra, Faria Alam, e a sua vida foi
devassada com olho clínico e com um interesse insaciável. Toda a gente
ficou a saber que Eriksson preparava a máquina da louça antes do sexo,
usava pijamas de algodão e tinha mais três amantes além das conhecidas.
O
FIM DAS WAGS? A pressão desenfreada de Capello fez com que
algumas batessem em retirada. Coleen Rooney, mulher de Wayne Rooney, não
vai liderar as tropas na África do Sul. Depois de ter dado à luz, em
Novembro, decidiu acompanhar os jogos do marido pela televisão. Toni
Poole, mulher de John Terry, também não vai pôr os pés no Mundial 2010.
Depois dos recentes acontecimentos preferiu ficar em casa com os gémeos.
Só Victoria Beckham parece resistir às intempéries que
assolam o mundo Wag, não fosse ela a mentora do conceito. E vai com
antecedência, para começar a tratar de burocracias relativamente à
fundação de caridade do marido.
"Há de tudo. Umas são
mais discretas, outras gostam mais de fama, protagonismo e fazem tudo
para ser o centro das atenções. Mas todas gostam do mesmo: da vida de
shopping, que é muito benéfica para a nossa economia", diz ao i
um antigo oficial de ligação da organização do Euro-2004 para a
selecção inglesa, que não quis ser identificado. "Lembro-me que me
pediram para ir às compras. Queriam saber onde eram as lojas de roupa,
mas a Vitctoria não quis ir, teve medo de ser identificada." Fazer de
guia turístico foi também uma das incumbências do oficial. "Fazia parte
das nossas funções andar a passear com elas. Fomos a Sesimbra, ao
Guincho, ao Chapitô e a locais históricos, como Belém e o Castelo de São
Jorge", explica, acrescentando que a selecção inglesa ficou num hotel
em Linda-a-Velha e as mulheres ficaram hospedadas em Sintra, no Penha
Longa. "Viram-se umas três ou quatro vezes durante o Europeu. Só
depois de a Inglaterra ter sido eliminada por Portugal é que o ambiente
ficou mais descontraído." A estada das Wags foi tranquila,
preenchida por uma ou outra noitada, um ou outro excesso, e por uma
série de compras, massagens e piscinas. As Wags gostam de ser ícones, e
para isso há uma data de regras a cumprir.
O CÓDIGO DE
CONDUTA Regra número um: jamais repetir o mesmo vestido em
ocasiões diferentes e nunca ser vista sozinha. Mães e amigas são boas
companhias. Regra número dois: ter o cabelo comprido. Regra número três:
ter atenção aos acessórios. Tudo deve ser em tamanho XXL: óculos
de sol, brincos, carteiras, colares e lenços. O propósito é
chamar a atenção até conseguirem ter mais impacto na comunicação social
que os maridos ou namorados. Inconscientemente, há um conflito de egos
na selecção inglesa. A eterna guerra dos sexos, na qual Fabio Capello
serve de moderador, prevalece. Digam o que disserem, as mulheres serão
sempre a loucura dos homens.