Discurso de 20 minutos dá vitória no congresso para
eleger quarto lugar.
Ainda na primeira parte já se cantava em Alvalade
o “Cheira bem, cheira a Lisboa”, mas a cabeça estava focada noutro
fado: “Oh tempo, volta para trás”. Porque este Sporting
podia discutir à vontade o primeiro lugar: joga bem, marca golos, tem
uma defesa consistente e, sobretudo, consegue empolgar (e esta ideia até
podia levar a uma piada fácil, porque Polga voltou aos
bons velhos tempos) as bancadas. Ontem tinham uma cor pouco usual –
cor-de-rosa – a colorir as muitas cadeiras ocupadas. Era Dia
(ou noite) da Mulher, mas os leões
nem precisaram do sexto sentido para decidirem tudo em 20 minutos. Só 20
minutos: tantos como Aguiar-Branco ou Castanheira Barros estiveram a
discursar no congresso do PSD em Mafra, menos do que Passos Coelho ou
Paulo Rangel utilizaram. Foram 20 minutos à Sporting que confirmaram o
quarto lugar. E foram 20 minutos à Sporting que já não chegam para muito
na Liga...
Ainda alguns dos cachecóis rosa “Mulheres com garra” estavam erguidos
e já Moutinho corria para marcar o primeiro canto. A
garra das bancadas era personificada pelos rugidos de onze leões em
campo perante vimaranenses que só incomodavam fora do relvado. O
primeiro golo até chegou por linhas tortas – Grimi, um
herói improvável, marcou de cabeça na sequência de um livre beneficiando
de uma posição irregular –, mas ainda o marcador estava a pedir para
reentrar (o argentino magoou-se algures entre a cabeçada e os festejos
do tento) e já Liedson aumentava com um espectacular
chapéu. Fim de festa? Não, a sinfonia parou três minutos para troca do
CD, mas um golo legal de Saleiro foi (mal) anulado. “Ai
é?”, terá pensado. “Já vão ver!” E viu-se: aos 20 minutos, o avançado
ganhou na raça a Lazzaretti e aumentou, com classe.
Se, no discurso de lançamento, Carvalhal tinha usado
em demasia a palavra “eu”, a equipa apostou no “nós”. Com sucesso. Mas
nota-se que “existe uma base consolidada para lutar pelo título”, como
disse o técnico. Título de Maio de 2011, base de Março de 2010 – tão
afinada que até nos pontapés de baliza existem (boas) jogadas estudadas.
A segunda parte foi diferente. Bem jogada, mas com velocidade
reduzida. Afinal, os “olés” tinham começado aos 12 minutos e, à meia
hora, já se fazia a hola. O V. Guimarães ainda conseguiu acabar a série
de minutos sem golos sofridos de Rui Patrício (557
minutos) e teve alguns lances de perigo mas a jogar sozinho: a cabeça do
Sporting já estava no Atl. Madrid...
eleger quarto lugar.
Ainda na primeira parte já se cantava em Alvalade
o “Cheira bem, cheira a Lisboa”, mas a cabeça estava focada noutro
fado: “Oh tempo, volta para trás”. Porque este Sporting
podia discutir à vontade o primeiro lugar: joga bem, marca golos, tem
uma defesa consistente e, sobretudo, consegue empolgar (e esta ideia até
podia levar a uma piada fácil, porque Polga voltou aos
bons velhos tempos) as bancadas. Ontem tinham uma cor pouco usual –
cor-de-rosa – a colorir as muitas cadeiras ocupadas. Era Dia
(ou noite) da Mulher, mas os leões
nem precisaram do sexto sentido para decidirem tudo em 20 minutos. Só 20
minutos: tantos como Aguiar-Branco ou Castanheira Barros estiveram a
discursar no congresso do PSD em Mafra, menos do que Passos Coelho ou
Paulo Rangel utilizaram. Foram 20 minutos à Sporting que confirmaram o
quarto lugar. E foram 20 minutos à Sporting que já não chegam para muito
na Liga...
Ainda alguns dos cachecóis rosa “Mulheres com garra” estavam erguidos
e já Moutinho corria para marcar o primeiro canto. A
garra das bancadas era personificada pelos rugidos de onze leões em
campo perante vimaranenses que só incomodavam fora do relvado. O
primeiro golo até chegou por linhas tortas – Grimi, um
herói improvável, marcou de cabeça na sequência de um livre beneficiando
de uma posição irregular –, mas ainda o marcador estava a pedir para
reentrar (o argentino magoou-se algures entre a cabeçada e os festejos
do tento) e já Liedson aumentava com um espectacular
chapéu. Fim de festa? Não, a sinfonia parou três minutos para troca do
CD, mas um golo legal de Saleiro foi (mal) anulado. “Ai
é?”, terá pensado. “Já vão ver!” E viu-se: aos 20 minutos, o avançado
ganhou na raça a Lazzaretti e aumentou, com classe.
Se, no discurso de lançamento, Carvalhal tinha usado
em demasia a palavra “eu”, a equipa apostou no “nós”. Com sucesso. Mas
nota-se que “existe uma base consolidada para lutar pelo título”, como
disse o técnico. Título de Maio de 2011, base de Março de 2010 – tão
afinada que até nos pontapés de baliza existem (boas) jogadas estudadas.
A segunda parte foi diferente. Bem jogada, mas com velocidade
reduzida. Afinal, os “olés” tinham começado aos 12 minutos e, à meia
hora, já se fazia a hola. O V. Guimarães ainda conseguiu acabar a série
de minutos sem golos sofridos de Rui Patrício (557
minutos) e teve alguns lances de perigo mas a jogar sozinho: a cabeça do
Sporting já estava no Atl. Madrid...