Indonésia: Ex-director adjunto dos serviços secretos ilibado de assassínio de activista dos direitos humanos em 2004
- O ex-director adjunto dos serviços secretos indonésios foi hoje
ilibado por um tribunal de Jacarta da acusação de assassínio, em 2004,
do activista dos direitos humanos Munir, envenenado a bordo de um avião
comercial.
Muchdi Purwopranjono, ex-director adjunto da Agência Nacional de
Informações (BIN, serviços secretos) "não pode ser declarado com
segurança que seja culpado de assassínio com premeditação" de Munir
Said Thalib, habitualmente identificado apenas como Munir, declarou o
juiz Suharto.
"Deve, portanto, ser imediatamente libertado", determinou o magistrado.
O procurador tinha pedido, no início de Dezembro, uma pena de 15
anos, acusando Purwopranjono de ter organizado o envenenamento com
arsénico de Munir, quando este viajava para Amesterdão a bordo de uma
avião da Garuda Indonesia.
Purwopranjono, de 59 anos, declarou-se inocente e alegou estar a ser
vítima de acusações fabricadas. Várias testemunhas desdisseram-se
durante o julgamento.
Morto aos 38 anos, Munir era o principal impulsionador do movimento
Kontras, que denunciou abusos cometidos por militares e
"desaparecimentos" inexplicados de civis durante os 32 anos de ditadura
de Suharto.
Um piloto da companhia Garuda, Pollycarpus Priyanto, foi já
condenado a 20 anos de prisão por ter introduzido arsénico no copo da
bebida que oferecera a Munir, na ocasião da escala em Singapura.
O julgamento foi seguido com grande atenção pelos média indonésios
que o encararam com um teste à independência da magistratura após o
derrube da ditadura de Suharto.
- O ex-director adjunto dos serviços secretos indonésios foi hoje
ilibado por um tribunal de Jacarta da acusação de assassínio, em 2004,
do activista dos direitos humanos Munir, envenenado a bordo de um avião
comercial.
Muchdi Purwopranjono, ex-director adjunto da Agência Nacional de
Informações (BIN, serviços secretos) "não pode ser declarado com
segurança que seja culpado de assassínio com premeditação" de Munir
Said Thalib, habitualmente identificado apenas como Munir, declarou o
juiz Suharto.
"Deve, portanto, ser imediatamente libertado", determinou o magistrado.
O procurador tinha pedido, no início de Dezembro, uma pena de 15
anos, acusando Purwopranjono de ter organizado o envenenamento com
arsénico de Munir, quando este viajava para Amesterdão a bordo de uma
avião da Garuda Indonesia.
Purwopranjono, de 59 anos, declarou-se inocente e alegou estar a ser
vítima de acusações fabricadas. Várias testemunhas desdisseram-se
durante o julgamento.
Morto aos 38 anos, Munir era o principal impulsionador do movimento
Kontras, que denunciou abusos cometidos por militares e
"desaparecimentos" inexplicados de civis durante os 32 anos de ditadura
de Suharto.
Um piloto da companhia Garuda, Pollycarpus Priyanto, foi já
condenado a 20 anos de prisão por ter introduzido arsénico no copo da
bebida que oferecera a Munir, na ocasião da escala em Singapura.
O julgamento foi seguido com grande atenção pelos média indonésios
que o encararam com um teste à independência da magistratura após o
derrube da ditadura de Suharto.