Família de Nuno Rodrigues vai
constituir-se assistente.Muitas interrogações durante observação do
local
A primeira
tentativa de reconstituição da morte do “rapper” Nuno Rodrigues, por um
disparo da PSP, decorreu ontem e foi feita pelo irmão, Jorge Rodrigues, e
por um advogado do escritório de Garcia Pereira, Alves dos Santos. A
conclusão foi que está tudo por explicar.Jorge Rodrigues vai
constituir-se assistente e uma das primeiras exigências deverá ser que
seja feita uma reconstituição da perseguição e do momento em que o
disparo fatal aconteceu, perto da Radial de Benfica, na madrugada da
passada segunda feira. Ontem, Jorge e o advogado recolheram imagens e
efectuaram medições. Isto a 24 horas da concentração que família e
amigos de “MC Snake” marcaram para hoje, junto à estação de comboios de
Benfica e à Divisão da PSP.Também o Lancia Y10 onde o “rapper”
seguia foi sujeito a análise pelo jurista, em particular o ponto de
impacto do projéctil que tirou a vida ao amigo do músico “Sam the Kid”.A
família de Jorge Rodrigues pretende chegar à verdade sobre o que
aconteceu, uma vez que o segredo de justiça escuda qualquer
possibilidade de informação, enquanto o inquérito, a cargo da Polícia
Judiciária de Lisboa, não estiver concluído.É que, além das
responsabilidades individuais, Jorge Rodrigues não percebe como o é que a
viatura da Polícia iniciou a perseguição sem que o chefe de viatura da
PSP estivesse presente. “Gostava que me explicassem alguma coisa, ao
menos isso, já que até agora ninguém do Comando da PSP veio dar-me
oficialmente os pêsames”, aponta, ao JN.Mas o que mais espanta é a
forma como a viatura da PSP, uma carrinha da Esquadra de Intervenção
Rápida da 4.ª Divisão, se colocou à frente do Y10 conduzido por Nuno
Rodrigues, barrando o seu caminho na Radial de Benfica.As
informações disponíveis dão conta de que foi essa a viatura que iniciou a
perseguição em Alcântara. Ora, questiona-se a família do “rapper”, se
houve perseguição, como é que a carrinha da PSP podia adivinhar o
percurso de Nuno Rodrigues? E tendo em conta que o percurso seguido,
depois, pelo “rapper” obriga a uma redução drástica da velocidade, o que
levou o agente da PSP a puxar da arma e a disparar três vezes, uma
delas atingindo mortalmente Nuno Rodrigues? São perguntas que a
reconstituição de ontem pretendeu esclarecer.Entretanto, sabe-se
também que a autópsia concluiu que o “rapper” não tinha consumido drogas
ou álcool e há pelo menos duas testemunhas – o segurança de uma
discoteca e uma amiga, residente em Chelas – que falaram com ele pouco
antes da operação stop da PSP. NManifestaçãoMinuto
de silêncio
O encontro para a concentração de amigos e
familiares de Nuno Rodrigues está marcado para as 16 horas, junto à
estão de comboios de Benfica. Daí, seguirão para o edifício da PSP de
Benfica, para um minuto de silêncio e para pedirem também para que seja
feita justiça.A filha de dois anos
Jorge
Rodrigues entende que a concentração deve servir também para recordar
todas as “mortes injustas nos bairros”. “Se o Nuno não fosse quem era, o
assunto já estava esquecido”, aponta. “E há que ter em conta que há uma
menina em causa, a filha do Nuno, com dois anos”.
constituir-se assistente.Muitas interrogações durante observação do
local
A primeira
tentativa de reconstituição da morte do “rapper” Nuno Rodrigues, por um
disparo da PSP, decorreu ontem e foi feita pelo irmão, Jorge Rodrigues, e
por um advogado do escritório de Garcia Pereira, Alves dos Santos. A
conclusão foi que está tudo por explicar.Jorge Rodrigues vai
constituir-se assistente e uma das primeiras exigências deverá ser que
seja feita uma reconstituição da perseguição e do momento em que o
disparo fatal aconteceu, perto da Radial de Benfica, na madrugada da
passada segunda feira. Ontem, Jorge e o advogado recolheram imagens e
efectuaram medições. Isto a 24 horas da concentração que família e
amigos de “MC Snake” marcaram para hoje, junto à estação de comboios de
Benfica e à Divisão da PSP.Também o Lancia Y10 onde o “rapper”
seguia foi sujeito a análise pelo jurista, em particular o ponto de
impacto do projéctil que tirou a vida ao amigo do músico “Sam the Kid”.A
família de Jorge Rodrigues pretende chegar à verdade sobre o que
aconteceu, uma vez que o segredo de justiça escuda qualquer
possibilidade de informação, enquanto o inquérito, a cargo da Polícia
Judiciária de Lisboa, não estiver concluído.É que, além das
responsabilidades individuais, Jorge Rodrigues não percebe como o é que a
viatura da Polícia iniciou a perseguição sem que o chefe de viatura da
PSP estivesse presente. “Gostava que me explicassem alguma coisa, ao
menos isso, já que até agora ninguém do Comando da PSP veio dar-me
oficialmente os pêsames”, aponta, ao JN.Mas o que mais espanta é a
forma como a viatura da PSP, uma carrinha da Esquadra de Intervenção
Rápida da 4.ª Divisão, se colocou à frente do Y10 conduzido por Nuno
Rodrigues, barrando o seu caminho na Radial de Benfica.As
informações disponíveis dão conta de que foi essa a viatura que iniciou a
perseguição em Alcântara. Ora, questiona-se a família do “rapper”, se
houve perseguição, como é que a carrinha da PSP podia adivinhar o
percurso de Nuno Rodrigues? E tendo em conta que o percurso seguido,
depois, pelo “rapper” obriga a uma redução drástica da velocidade, o que
levou o agente da PSP a puxar da arma e a disparar três vezes, uma
delas atingindo mortalmente Nuno Rodrigues? São perguntas que a
reconstituição de ontem pretendeu esclarecer.Entretanto, sabe-se
também que a autópsia concluiu que o “rapper” não tinha consumido drogas
ou álcool e há pelo menos duas testemunhas – o segurança de uma
discoteca e uma amiga, residente em Chelas – que falaram com ele pouco
antes da operação stop da PSP. NManifestaçãoMinuto
de silêncio
O encontro para a concentração de amigos e
familiares de Nuno Rodrigues está marcado para as 16 horas, junto à
estão de comboios de Benfica. Daí, seguirão para o edifício da PSP de
Benfica, para um minuto de silêncio e para pedirem também para que seja
feita justiça.A filha de dois anos
Jorge
Rodrigues entende que a concentração deve servir também para recordar
todas as “mortes injustas nos bairros”. “Se o Nuno não fosse quem era, o
assunto já estava esquecido”, aponta. “E há que ter em conta que há uma
menina em causa, a filha do Nuno, com dois anos”.