Treinador realizou quase um milagre
na nova realidade desportiva das águias
Qualquer comparação entre a actual realidade desportiva do Benfica e a
que, sob o comando de Quique Flores, vivia há um ano é pura ficção. A
mudança radical, quase um milagre, é obra de Jorge Jesus. O técnico
também potenciou a vertente financeira.A 21 de Março de
2009, a águia rejubilava com a conquista da Taça da Liga, numa final
polémica frente ao Sporting. O troféu representou o único triunfo da
temporada de um conjunto que havia deixado a Taça de Portugal e o plano
europeu ainda em Dezembro de 2008. Doze meses volvidos, o Benfica deixou
o mesmo Estádio do Algarve com outro ânimo e a viver uma história bem
distinta.O resultado expressivo frente ao F. C. Porto (3-0) é
encarado com naturalidade face à qualidade e demonstração de poder no
percurso encarnado. Jorge Jesus é o principal responsável pela revolução
que devolveu as vitórias ao emblema da Luz. Só mesmo a saída
precoce da Taça de Portugal, desta vez frente ao Vitória de Guimarães
ainda em Outubro, possui traço semelhante à época transacta. No
restante, vive-se uma realidade a anos luz.Na Liga, os números
são claros: liderança (58 pontos), com mais 22 golos marcados e menos
dez sofridos, face ao terceiro lugar da época anterior (46 pontos). Por
outro lado, o jogo de Marselha traduz a nova dimensão e o trabalho de
Jorge Jesus. O Benfica conquistou o oitavo triunfo na prova, melhor
registo do clube nas competições europeias, e está a apenas dois tentos
de igualar semelhante marca no número de golos marcados, 25 contra os 27
da época 1964/65.Apesar de ainda só ter vencido um título, o
treinador parece destinado a ficar na história das águias. Além de
revolucionar a vertente desportiva, o jogo atractivo e vistoso apaixonou
adeptos e fez disparar as assistências. Mais de meio milhão só na Liga -
média superior a 45 mil adeptos por jogo e 30% superior a 2008/09. A
valorização de activos, ainda não quantificável, será outra das
principais obras do treinador. Di María, David Luiz e Cardozo podem
render um Verão de sonho aos cofres da SAD - mais de 80 milhões de
euros.Os milagres de Jesus ganham ainda outra expressão depois da
análise custo/benefício da sua contratação. O Benfica suportou 700 mil
euros com a aquisição e paga perto de 500 mil euros por ano até 2012, se
exercer a opção da terceira temporada. Investimento que a SAD já
recuperou: 2,4 milhões, na Liga Europa, e 400 mil euros, com a vitória
na Taça da Liga. A sociedade já decidiu melhorar o vínculo do
técnico, que não possui cláusula de rescisão, mas o timing do preto no
branco tem sido adiado. Mais do que a vertente financeira, o treinador
deseja garantir uma meta ambiciosa para 2010/11. A existência de uma
equipa competitiva no plano internacional e a reafirmação da liderança
interna são premissas indiscutíveis. A responsabilidade da escolha dos
reforços é outro elemento inegociável para o técnico.
na nova realidade desportiva das águias
Qualquer comparação entre a actual realidade desportiva do Benfica e a
que, sob o comando de Quique Flores, vivia há um ano é pura ficção. A
mudança radical, quase um milagre, é obra de Jorge Jesus. O técnico
também potenciou a vertente financeira.A 21 de Março de
2009, a águia rejubilava com a conquista da Taça da Liga, numa final
polémica frente ao Sporting. O troféu representou o único triunfo da
temporada de um conjunto que havia deixado a Taça de Portugal e o plano
europeu ainda em Dezembro de 2008. Doze meses volvidos, o Benfica deixou
o mesmo Estádio do Algarve com outro ânimo e a viver uma história bem
distinta.O resultado expressivo frente ao F. C. Porto (3-0) é
encarado com naturalidade face à qualidade e demonstração de poder no
percurso encarnado. Jorge Jesus é o principal responsável pela revolução
que devolveu as vitórias ao emblema da Luz. Só mesmo a saída
precoce da Taça de Portugal, desta vez frente ao Vitória de Guimarães
ainda em Outubro, possui traço semelhante à época transacta. No
restante, vive-se uma realidade a anos luz.Na Liga, os números
são claros: liderança (58 pontos), com mais 22 golos marcados e menos
dez sofridos, face ao terceiro lugar da época anterior (46 pontos). Por
outro lado, o jogo de Marselha traduz a nova dimensão e o trabalho de
Jorge Jesus. O Benfica conquistou o oitavo triunfo na prova, melhor
registo do clube nas competições europeias, e está a apenas dois tentos
de igualar semelhante marca no número de golos marcados, 25 contra os 27
da época 1964/65.Apesar de ainda só ter vencido um título, o
treinador parece destinado a ficar na história das águias. Além de
revolucionar a vertente desportiva, o jogo atractivo e vistoso apaixonou
adeptos e fez disparar as assistências. Mais de meio milhão só na Liga -
média superior a 45 mil adeptos por jogo e 30% superior a 2008/09. A
valorização de activos, ainda não quantificável, será outra das
principais obras do treinador. Di María, David Luiz e Cardozo podem
render um Verão de sonho aos cofres da SAD - mais de 80 milhões de
euros.Os milagres de Jesus ganham ainda outra expressão depois da
análise custo/benefício da sua contratação. O Benfica suportou 700 mil
euros com a aquisição e paga perto de 500 mil euros por ano até 2012, se
exercer a opção da terceira temporada. Investimento que a SAD já
recuperou: 2,4 milhões, na Liga Europa, e 400 mil euros, com a vitória
na Taça da Liga. A sociedade já decidiu melhorar o vínculo do
técnico, que não possui cláusula de rescisão, mas o timing do preto no
branco tem sido adiado. Mais do que a vertente financeira, o treinador
deseja garantir uma meta ambiciosa para 2010/11. A existência de uma
equipa competitiva no plano internacional e a reafirmação da liderança
interna são premissas indiscutíveis. A responsabilidade da escolha dos
reforços é outro elemento inegociável para o técnico.