Missão cumprida e o hino da Liga dos Campeões, de
novo, a entoar ao fundo do túnel. Resolvida essa questão,
a do túnel, o FC Porto resolveu o jogo com relativa facilidade e
sem precisar de ser brilhante. Foi apenas "equipa", como Jesualdo
Ferreira queria. Sim, porque isto de imprimir grandes velocidades e ser
avassalador não tem sido a imagem de marca este ano. O
tetracampeão teve, ainda, um reforço que foi mesmo
incrível: Hulk, mas sobre esse falarei mais à frente. Com
três pontos no bolso, o Braga fica à distância de
cinco, com seis jornadas por cumprir, e os portistas com a certeza de
ter vantagem no caso de as duas equipas terminarem em igualdade. Contas
bem mais complicadas tem que fazer o Belenenses. Com os triunfos, ontem
à tarde, de Setúbal e Olhanense, a equipa do Restelo
passou a estar a nove pontos da linha de água e o destino parece
traçado: Liga Vitalis.
Voltando ao jogo, teria o FC Porto ganho sem Hulk? Provavelmente,
dadas as evidentes limitações dos homens do Restelo -
há muito a respirar com a ajuda de máquinas -, mas
não seria a mesma coisa. E não seria tão
fácil como os números dizem, porque faltaria ao FC Porto,
a magia e capacidade de explosão do brasileiro que deram muito
jeito ontem. Só foram precisos dois minutos para perceber que
este Hulk estava com muita fome de bola. Nessa altura, só ganhou
o pontapé de canto, mas ficou o primeiro abalo na frágil
defensiva do Belenenses, que pareceu ignorar ou, melhor dizendo, foi
sendo incapaz de evitar as constantes réplicas, cada vez mais
potentes. Antes da obra de arte que levantou o estádio e deixou
os portistas a bater na mesma tecla - o que seria deste FC Porto com o
brasileiro a tempo inteiro? - Hulk apontou o livre que Rolando
aproveitou para abrir o marcador.
No intervalo, "o incrível" recarregou as baterias e terminou
com qualquer esperança do Belenenses em repetir o empate da
primeira volta, marcando o tal golo de antologia. Mesmo assim
não estava satisfeito, afinal foram 98 dias a ver os outros
jogar, e prometeu logo ali oferecer um golo a Falcao. Promessa cumprida
aos 83' com um cruzamento milimétrico saído do seu
pé esquerdo. Falcao quebrou o jejum de golos e o FC Porto venceu
pela primeira vez em Lisboa, e com Guarín a titular. Deu para
tudo. Até para não sofrer golos, o que já
não acontecia há oito jogos.
Jesualdo Ferreira manteve-se fiel ao sistema habitual, repetindo
Rúben Micael descaído sobre a esquerda. Os poucos
problemas que o FC Porto sentiu para chegar à baliza
contrária resultaram da pouca inspiração de Raul
Meireles e da natural tendência de Guarín complicar o que
parece fácil. Do outro lado, com o credo na boca, Toni resistiu
à tentação ensaiada durante a semana de colocar
três centrais, apostando no reforço do meio-campo com Lima
e Yontcha nas despesas do ataque. As raras oportunidades de golo do
Belenenses nasceram ou de bola parada ou de erros pontuais dos
portistas porque as investidas de Barge e Mano na direita foram sol de
pouca dura. Lima, que bisara na Taça de Portugal contra este FC
Porto já depois de ter marcado no Dragão, dispôs
das melhores ocasiões, mas a pontaria e Helton não o
deixaram repetir os festejos. No início da segunda parte,
Fajardo foi a aposta do Belenenses, mas aos primeiros sinais de
reanimação, respondeu Hulk com o golaço. E nada
mais havia a fazer.
Belenenses 0-3 FC Porto
Estádio do Restelo
relvado bom
4327 espectadores
Árbitro Paulo Batista (AF Portalegre)
Assistentes José Braga e João Pedro Ferreira
4º árbitro André Gralha
-
Belenenses
Treinador Toni
16 Bruno Vale GR 5
7 Mano LD 4
18 Mustafá DC 4
28 Marcos António DC 5
5 Tiago Gomes LE a INT 5
6 Gabriel Gómez MD 6
10 Celestino MD 4
4 Barge AD a 62' 4
81 Miguelito AE 4
9 Yontcha AV a 54' 4
90 Lima AV 5
-
1 Assis GR
33 Beto DC
56 Pelé MD
11 José Pedro MO d 54' 3
14 André Almeida MO d 62' 3
27 Cândido Costa MO
55 Fajardo AD d INT 5
-
amarelos Nada a assinalar
vermelhos Nada a assinalar
FC Porto
Treinador Jesualdo Ferreira
1 Helton GR 5
22 Miguel Lopes LD 5
14 Rolando DC 6
2 Bruno Alves DC 6
15 Álvaro Pereira LE 5
25 Fernando MD 6
6 Guarín MO 5
3 Raul Meireles MO a 65' 5
12 Hulk AD 8
28 Rúben Micael AE a 85' 6
9 Falcao AV 6
-
24 Beto GR
13 Fucile LD
16 Maicon DC
7 Belluschi MO d 65' 4
8 Valeri MO d 85' -
19 Farías AV
29 Orlando Sá AV
-
Golos [0-1] 40' Rolando; [0-2] 51' Hulk; [0-3] 83' Falcao
amarelos Nada a assinalar
vermelhos Nada a assinalar
novo, a entoar ao fundo do túnel. Resolvida essa questão,
a do túnel, o FC Porto resolveu o jogo com relativa facilidade e
sem precisar de ser brilhante. Foi apenas "equipa", como Jesualdo
Ferreira queria. Sim, porque isto de imprimir grandes velocidades e ser
avassalador não tem sido a imagem de marca este ano. O
tetracampeão teve, ainda, um reforço que foi mesmo
incrível: Hulk, mas sobre esse falarei mais à frente. Com
três pontos no bolso, o Braga fica à distância de
cinco, com seis jornadas por cumprir, e os portistas com a certeza de
ter vantagem no caso de as duas equipas terminarem em igualdade. Contas
bem mais complicadas tem que fazer o Belenenses. Com os triunfos, ontem
à tarde, de Setúbal e Olhanense, a equipa do Restelo
passou a estar a nove pontos da linha de água e o destino parece
traçado: Liga Vitalis.
Voltando ao jogo, teria o FC Porto ganho sem Hulk? Provavelmente,
dadas as evidentes limitações dos homens do Restelo -
há muito a respirar com a ajuda de máquinas -, mas
não seria a mesma coisa. E não seria tão
fácil como os números dizem, porque faltaria ao FC Porto,
a magia e capacidade de explosão do brasileiro que deram muito
jeito ontem. Só foram precisos dois minutos para perceber que
este Hulk estava com muita fome de bola. Nessa altura, só ganhou
o pontapé de canto, mas ficou o primeiro abalo na frágil
defensiva do Belenenses, que pareceu ignorar ou, melhor dizendo, foi
sendo incapaz de evitar as constantes réplicas, cada vez mais
potentes. Antes da obra de arte que levantou o estádio e deixou
os portistas a bater na mesma tecla - o que seria deste FC Porto com o
brasileiro a tempo inteiro? - Hulk apontou o livre que Rolando
aproveitou para abrir o marcador.
No intervalo, "o incrível" recarregou as baterias e terminou
com qualquer esperança do Belenenses em repetir o empate da
primeira volta, marcando o tal golo de antologia. Mesmo assim
não estava satisfeito, afinal foram 98 dias a ver os outros
jogar, e prometeu logo ali oferecer um golo a Falcao. Promessa cumprida
aos 83' com um cruzamento milimétrico saído do seu
pé esquerdo. Falcao quebrou o jejum de golos e o FC Porto venceu
pela primeira vez em Lisboa, e com Guarín a titular. Deu para
tudo. Até para não sofrer golos, o que já
não acontecia há oito jogos.
Jesualdo Ferreira manteve-se fiel ao sistema habitual, repetindo
Rúben Micael descaído sobre a esquerda. Os poucos
problemas que o FC Porto sentiu para chegar à baliza
contrária resultaram da pouca inspiração de Raul
Meireles e da natural tendência de Guarín complicar o que
parece fácil. Do outro lado, com o credo na boca, Toni resistiu
à tentação ensaiada durante a semana de colocar
três centrais, apostando no reforço do meio-campo com Lima
e Yontcha nas despesas do ataque. As raras oportunidades de golo do
Belenenses nasceram ou de bola parada ou de erros pontuais dos
portistas porque as investidas de Barge e Mano na direita foram sol de
pouca dura. Lima, que bisara na Taça de Portugal contra este FC
Porto já depois de ter marcado no Dragão, dispôs
das melhores ocasiões, mas a pontaria e Helton não o
deixaram repetir os festejos. No início da segunda parte,
Fajardo foi a aposta do Belenenses, mas aos primeiros sinais de
reanimação, respondeu Hulk com o golaço. E nada
mais havia a fazer.
Belenenses 0-3 FC Porto
Estádio do Restelo
relvado bom
4327 espectadores
Árbitro Paulo Batista (AF Portalegre)
Assistentes José Braga e João Pedro Ferreira
4º árbitro André Gralha
-
Belenenses
Treinador Toni
16 Bruno Vale GR 5
7 Mano LD 4
18 Mustafá DC 4
28 Marcos António DC 5
5 Tiago Gomes LE a INT 5
6 Gabriel Gómez MD 6
10 Celestino MD 4
4 Barge AD a 62' 4
81 Miguelito AE 4
9 Yontcha AV a 54' 4
90 Lima AV 5
-
1 Assis GR
33 Beto DC
56 Pelé MD
11 José Pedro MO d 54' 3
14 André Almeida MO d 62' 3
27 Cândido Costa MO
55 Fajardo AD d INT 5
-
amarelos Nada a assinalar
vermelhos Nada a assinalar
FC Porto
Treinador Jesualdo Ferreira
1 Helton GR 5
22 Miguel Lopes LD 5
14 Rolando DC 6
2 Bruno Alves DC 6
15 Álvaro Pereira LE 5
25 Fernando MD 6
6 Guarín MO 5
3 Raul Meireles MO a 65' 5
12 Hulk AD 8
28 Rúben Micael AE a 85' 6
9 Falcao AV 6
-
24 Beto GR
13 Fucile LD
16 Maicon DC
7 Belluschi MO d 65' 4
8 Valeri MO d 85' -
19 Farías AV
29 Orlando Sá AV
-
Golos [0-1] 40' Rolando; [0-2] 51' Hulk; [0-3] 83' Falcao
amarelos Nada a assinalar
vermelhos Nada a assinalar