Lyon, capital da gastronomia, e Bordéus, capital do vinho, jogam hoje no
73.º duelo entre clubes do mesmo país nas competições europeias. Vai
ser um festim.............
A França já não estava habituada a isto do futebol.
Porque os últimos dias têm sido mais ovais que redondos, numa alusão ao
râguebi, modalidade que junta facilmente 80 mil pessoas cada vez que a
selecção nacional joga no Stade de France. Há uma semana foi a conquista
do Torneio das 6 Nações. No domingo foi a estreia do mediático Lomu
pelo Marseille Vitrolles. Mas hoje, na primeira mão dos quartos-de-final
da Liga dos Campeões, o futebol finta a placagem do râguebi com o
duelo fratricida entre Lyon e Bordéus, o 25.º na história da prova
uefeira mais importante e o primeiro entre franceses.
Entre
as duas cidades, 431 quilómetros de distância (Lyon fica mais perto da
fronteira italiana, a 150 quilómetros, que de Bordéus) e uma rivalidade
imensa. Se Lyon se credita como capital da gastronomia,
Bordéus responde como capital do vinho. Se Lyon
é património da cultura, por exemplo pelo nascimento dos irmãos
Lumière, que inventaram o cinema, Bordéus é património
da UNESCO pela parte arquitectónica da cidade.
No futebol, a
"coisa" também mexe com os adeptos dos dois clubes, sem comes e bebes
nem arte. Aqui só serve ganhar, ganhar, ganhar. Se Lyon
se orgulha dos sete títulos de campeão (por sinal, consecutivos, entre
2002 e 2008), Bordéus alerta os rivais para os seis que
já conquistou e o sétimo que vem a caminho (neste momento, e com menos
dois jogos, é líder, em igualdade com o Montpellier, e com dois pontos
de avanço sobre Lyon, que está em quinto lugar). Hoje o primeiro
tira-teimas de uma rivalidade bem francesa, com 58 anos de história,
iniciada a 11 de Fevereiro de 1952 (2-1 para o Bordéus, em Lyon). E é
isto um duelo fratricida.
A HISTÓRIA Já
houve 73 em todas as provas da UEFA, entre dez países - Espanha (21),
Inglaterra (16), RFA/Alemanha (16), Itália (12), França (3), Bélgica
(1), Ucrânia (1), Holanda (1), Roménia (1) e Jugoslávia (1) -
mas nunca um entre equipas portuguesas. E o mais próximo de isso
acontecer foi nas meias-finais da Taça UEFA 2002-03, quando as bolas do
Celtic e do Boavista saíram antes das do FC Porto e da Lazio. Na
eliminatória seguinte, outra oportunidade de duelo fratricida mas um
golo do sueco Larsson no Bessa inviabilizou uma final portuguesa - e
portuense - em Sevilha, Espanha, precisamente os reis da prática e
aqueles que se iniciaram, na Taça dos Campeões Europeus 1957-58, no Real
Madrid-Sevilha (8-0 e 2-2).
O RECORDE Mas
só os alemães conseguiram uma proeza inédita: juntar quatro
semifinalistas! Foi em 1979-80, quando a então RFA qualificou
cinco clubes para a Taça UEFA. Destes só um (Kaiserslautern) foi
afastado, e logo num duelo fratricida com o Bayern Munique nos
quartos-de-final. As meias-finais ficaram então assim escaladas:
Estugarda-Borussia Moenchengladbach (2-3 no conjunto dos dois jogos) e
Bayern Munique-Eintracht Frankfurt (3-5). No final ganhou um
representante alemão. Ninguém diria! Suspense...
Foi o Eintracht
Frankfurt. Über alles!
73.º duelo entre clubes do mesmo país nas competições europeias. Vai
ser um festim.............
A França já não estava habituada a isto do futebol.
Porque os últimos dias têm sido mais ovais que redondos, numa alusão ao
râguebi, modalidade que junta facilmente 80 mil pessoas cada vez que a
selecção nacional joga no Stade de France. Há uma semana foi a conquista
do Torneio das 6 Nações. No domingo foi a estreia do mediático Lomu
pelo Marseille Vitrolles. Mas hoje, na primeira mão dos quartos-de-final
da Liga dos Campeões, o futebol finta a placagem do râguebi com o
duelo fratricida entre Lyon e Bordéus, o 25.º na história da prova
uefeira mais importante e o primeiro entre franceses.
Entre
as duas cidades, 431 quilómetros de distância (Lyon fica mais perto da
fronteira italiana, a 150 quilómetros, que de Bordéus) e uma rivalidade
imensa. Se Lyon se credita como capital da gastronomia,
Bordéus responde como capital do vinho. Se Lyon
é património da cultura, por exemplo pelo nascimento dos irmãos
Lumière, que inventaram o cinema, Bordéus é património
da UNESCO pela parte arquitectónica da cidade.
No futebol, a
"coisa" também mexe com os adeptos dos dois clubes, sem comes e bebes
nem arte. Aqui só serve ganhar, ganhar, ganhar. Se Lyon
se orgulha dos sete títulos de campeão (por sinal, consecutivos, entre
2002 e 2008), Bordéus alerta os rivais para os seis que
já conquistou e o sétimo que vem a caminho (neste momento, e com menos
dois jogos, é líder, em igualdade com o Montpellier, e com dois pontos
de avanço sobre Lyon, que está em quinto lugar). Hoje o primeiro
tira-teimas de uma rivalidade bem francesa, com 58 anos de história,
iniciada a 11 de Fevereiro de 1952 (2-1 para o Bordéus, em Lyon). E é
isto um duelo fratricida.
A HISTÓRIA Já
houve 73 em todas as provas da UEFA, entre dez países - Espanha (21),
Inglaterra (16), RFA/Alemanha (16), Itália (12), França (3), Bélgica
(1), Ucrânia (1), Holanda (1), Roménia (1) e Jugoslávia (1) -
mas nunca um entre equipas portuguesas. E o mais próximo de isso
acontecer foi nas meias-finais da Taça UEFA 2002-03, quando as bolas do
Celtic e do Boavista saíram antes das do FC Porto e da Lazio. Na
eliminatória seguinte, outra oportunidade de duelo fratricida mas um
golo do sueco Larsson no Bessa inviabilizou uma final portuguesa - e
portuense - em Sevilha, Espanha, precisamente os reis da prática e
aqueles que se iniciaram, na Taça dos Campeões Europeus 1957-58, no Real
Madrid-Sevilha (8-0 e 2-2).
O RECORDE Mas
só os alemães conseguiram uma proeza inédita: juntar quatro
semifinalistas! Foi em 1979-80, quando a então RFA qualificou
cinco clubes para a Taça UEFA. Destes só um (Kaiserslautern) foi
afastado, e logo num duelo fratricida com o Bayern Munique nos
quartos-de-final. As meias-finais ficaram então assim escaladas:
Estugarda-Borussia Moenchengladbach (2-3 no conjunto dos dois jogos) e
Bayern Munique-Eintracht Frankfurt (3-5). No final ganhou um
representante alemão. Ninguém diria! Suspense...
Foi o Eintracht
Frankfurt. Über alles!