O reforço dos 8,4 milhões veio fazer exames a Lisboa e mostrou ser
"grande atleta". O preço de um rapaz simples
Nicolás Gaitán sempre esteve à vontade nos transportes públicos. Quando
era pequeno chegou a vender flores pelos comboios, juntamente com os
irmãos, para ajudar a família. Depois, quando já tinha quase 20 anos e
se tornava um jogador importante no Boca Juniors, ia para os treinos de
autocarro, passando despercebido no meio dos adeptos. Agora veio a
Lisboa e também ninguém lhe pôs os olhos em cima, só mesmo os médicos do
Benfica que lhe fizeram os primeiros testes e exames. No final, ficaram
impressionados com o que viram. Ainda bem - Gaitán custou 8,4 milhões
de euros; é o terceiro reforço mais caro da história do Benfica, depois
de Cardozo e de Simão.
O rapaz tem 22 anos, mede 173 centímetros e pesa 67 quilos, mas "é um
grande atleta", comentou-se por estes dias nos gabinetes da Luz. Da
Argentina já trazia a fama de fugir dos vícios, a noite é para dormir e
de dia ainda gosta de fazer uma sesta, ou seja, cuida do corpo que lhe
dá pão e futebol. Para além da capacidade técnica, o que impressiona
neste atacante é a velocidade, não tanto a própria mas aquela que depois
consegue levar ao jogo da equipa, especialmente na frente de ataque.
"Gosto de ir um bocadinho por todo o lado", costuma dizer o canhoto, ele
que nos últimos tempos até deixou os flancos para jogar como segundo
avançado, a fazer de Saviola. No Benfica, no entanto, o mais provável é
que venha fazer de Di María - pelo menos foi para isso que o
contrataram, para se tornar o abre-latas em que o "angelito" se
converteu na última temporada, abrindo também caminho a uma
transferência para o estrangeiro (Real Madrid? Manchester?).
Di María custou oito milhões de euros, tendo sido comprado assim que
Simão Sabrosa foi vendido ao Atlético de Madrid. Foi o terceiro reforço
mais caro do Benfica, mas a história mudou no início de Março, quando a
Benfica, SAD confirmou os tais 8,4 milhões por Gaitán. Caro? Parece, mas
a juntar ao facto de ser fisicamente irrepreensível, convém explicar
que traz mais experiência do que Di María. Este tinha ganho um Mundial
sub-20 e feito pouco mais do que uma temporada no Rosario Central, entre
o banco e a titularidade. Gaitán, por outro lado, vem de um Boca
Juniors onde passou as passas do Algarve para se tornar primeira opção.
Há dois anos chegou a pensar numa transferência para o Almeria, de
Espanha, porque temia não ter grande futuro no Boca, mas depois
apareceram as oportunidades e começou a jogar lado a lado com Palermo e
Riquelme, este um dos seus ídolos, para além de Zidane. Depois vieram as
assistências e os golos, apareceu o dinheiro e ofereceu uma casa ao
pai, um operário têxtil. O carro próprio ficou para mais tarde. "Quando
não tenho boleia vou de transportes públicos. Se sempre fiz assim,
porquê mudar?", dizia. Entretanto fez -se um dos melhores jogadores
argentinos, daí a cara viagem para Lisboa
"grande atleta". O preço de um rapaz simples
Nicolás Gaitán sempre esteve à vontade nos transportes públicos. Quando
era pequeno chegou a vender flores pelos comboios, juntamente com os
irmãos, para ajudar a família. Depois, quando já tinha quase 20 anos e
se tornava um jogador importante no Boca Juniors, ia para os treinos de
autocarro, passando despercebido no meio dos adeptos. Agora veio a
Lisboa e também ninguém lhe pôs os olhos em cima, só mesmo os médicos do
Benfica que lhe fizeram os primeiros testes e exames. No final, ficaram
impressionados com o que viram. Ainda bem - Gaitán custou 8,4 milhões
de euros; é o terceiro reforço mais caro da história do Benfica, depois
de Cardozo e de Simão.
O rapaz tem 22 anos, mede 173 centímetros e pesa 67 quilos, mas "é um
grande atleta", comentou-se por estes dias nos gabinetes da Luz. Da
Argentina já trazia a fama de fugir dos vícios, a noite é para dormir e
de dia ainda gosta de fazer uma sesta, ou seja, cuida do corpo que lhe
dá pão e futebol. Para além da capacidade técnica, o que impressiona
neste atacante é a velocidade, não tanto a própria mas aquela que depois
consegue levar ao jogo da equipa, especialmente na frente de ataque.
"Gosto de ir um bocadinho por todo o lado", costuma dizer o canhoto, ele
que nos últimos tempos até deixou os flancos para jogar como segundo
avançado, a fazer de Saviola. No Benfica, no entanto, o mais provável é
que venha fazer de Di María - pelo menos foi para isso que o
contrataram, para se tornar o abre-latas em que o "angelito" se
converteu na última temporada, abrindo também caminho a uma
transferência para o estrangeiro (Real Madrid? Manchester?).
Di María custou oito milhões de euros, tendo sido comprado assim que
Simão Sabrosa foi vendido ao Atlético de Madrid. Foi o terceiro reforço
mais caro do Benfica, mas a história mudou no início de Março, quando a
Benfica, SAD confirmou os tais 8,4 milhões por Gaitán. Caro? Parece, mas
a juntar ao facto de ser fisicamente irrepreensível, convém explicar
que traz mais experiência do que Di María. Este tinha ganho um Mundial
sub-20 e feito pouco mais do que uma temporada no Rosario Central, entre
o banco e a titularidade. Gaitán, por outro lado, vem de um Boca
Juniors onde passou as passas do Algarve para se tornar primeira opção.
Há dois anos chegou a pensar numa transferência para o Almeria, de
Espanha, porque temia não ter grande futuro no Boca, mas depois
apareceram as oportunidades e começou a jogar lado a lado com Palermo e
Riquelme, este um dos seus ídolos, para além de Zidane. Depois vieram as
assistências e os golos, apareceu o dinheiro e ofereceu uma casa ao
pai, um operário têxtil. O carro próprio ficou para mais tarde. "Quando
não tenho boleia vou de transportes públicos. Se sempre fiz assim,
porquê mudar?", dizia. Entretanto fez -se um dos melhores jogadores
argentinos, daí a cara viagem para Lisboa