Que é feito do Sporting Clube de Portugal?

O Sporting realizou na época passada talvez a pior época de sempre da história do clube. Ficou em 4.º lugar no campeonato, a 28 pontos do campeão e, pior do que isso, ganhou menos de 50 por cento dos jogos da Liga, um facto nunca ocorrido pelos lados de Alvalade. Como se isso já não fosse desolador, os leões ainda se despediram da Taça de Portugal e da Taça da Liga sofrendo goleadas pesadas diante dos grandes rivais.

Os adeptos revoltaram-se, entristeceram e a direção sportinguista chegou à conclusão que havia que fazer uma revolução: entraram Costinha para diretor-desportivo, Paulo Sérgio para treinador com a respetiva equipa técnica e foram feitas mudanças de vulto num plantel que muito deixou a desejar numa época para esquecer. Sim, esquecer, porque aquela não foi uma temporada digna da história de um clube centenário como é o Sporting Clube de Portugal.

A reformulação foi colocada em marcha com saídas de até aqui figuras novas do clube como eram Moutinho e Miguel Veloso e entradas de jogadores que pudessem redefinir outros objetivos mais de acordo com a exigência de uma história contruída ao longo de 100 anos por nomes como Albano, José Travassos, Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Fernando Mendes, Morais ou Yazalde, entre outros. E a pré-época pareceu mostrar outro Sporting, especialmente na digressão dos leões aos Estados Unidos, com vitória convincente frente ao Manchester City e empate com o Tottenham. O futebol apresentado pela nova equipa dava alguma esperança e a maioria dos adeptos acreditou que este poderia ser um ano de reviravolta, não com os melhores resultados do Mundo, mas que a equipa escolhida pudesse fazer esquecer a época passada dar um claro sinal de que os anos vindouros poderiam ser encarados com alguma expetativa positiva.

Contudo, depois dos últimos dois jogos frente a Paços de Ferreira e Brondby, as esperanças parecem, até, já terem morrido. As exibições lembram a época passada, a equipa não marca golos, continua também a ser perseguida por um azar incompreensível, e desta forma, não parece ainda haver luz ao fundo do túnel. E agora, sempre que vejo o Sporting, pergunto-me onde está o verdadeiro? Aquele que o meu avô me falava quando eu era pequeno. É que este está a anos-luz de um Sporting que ganhava títulos e não se contentava com meras Taças e Supertaças de Portugal ou uns ultimamente tão festejados 2.ºs lugares.