Champions acolhe hoje o Sp. Braga
Quarenta e quatro anos depois da estreia nas provas europeias, enfim a oportunidade histórica, a magia suprema, os magnetizantes milhões da Champions League à distância de pouquíssimas horas, minutos, segundos... Acredita, Sp. Braga!
O número não é redondo, como foi o primeiro dos dois inolvidáveis jogos frente ao Sevilha, mas a partida 63 dos bracarenses nas provas europeias leva o singularíssimo rótulo de jornada inesquecível.
Porquê? Porque será a primeira do Grupo H, porque será a primeira do Sp. Braga na fase regular da Champions, porque o baptismo de fogo dos minhotos se realiza na pátria do futebol e, para juntar uma dose de misticismo tremendo, porque o adversário será o Arsenal de Londres.
Precisamente: o mesmo emblema que serviu de inspiração, na década de 1920, para a mudança radical operada nos equipamentos bracarenses, que herdaram também o epíteto arsenalista por influência de Josef Szabo, após uma visita deste antigo técnico da equipa portuguesa ao já desaparecido Highbury Park.
24 passes e... golo!
Domingos e Alan repetiram-se e o caso era, de facto, para tal: este é o jogo de uma vida. Outros jogos virão na Champions, não há como negá-lo, mas o desta noite tem uma envolvência inigualável, irrepetível. Enquadrados pela imponência do Emirates Stadium - «O ambiente? Os jogadores não se intimidarão. Já estiveram em Glasgow, já jogaram em Sevilha e depois de a bola começar a rolar, tudo à volta deixa de ter importância», promete o treinador -, a oportunidade é excelente para encurtar distâncias, para equilibrar uma balança que pesa inquestionavelmente a favor dos ingleses.
Ora, o futebol é feito de conquistas, de grandes proezas, e a história do Sp. Braga não acaba aqui - aliás, a história do Sp. Braga começa aqui, em Londres, frente a um Arsenal que vai na 13.ª presença consecutiva na Champions, que entra disposto a chegar a Wembley, palco escolhido para a final de 28 de Maio de 2011.
Contrariar prognósticos profundamente cépticos, apostadores irrepreensivelmente conservadores, que olham para o Sp. Braga como um grande desconhecido, um outsider de ilusão limitadíssima, eis uma tarefa à medida de gente brava. À medida do Sp. Braga. Força!