Menos de seis meses depois dos violentos temporais que no final de
Novembro do ano passado destruíram parte do estado de Santa Catarina,
no Sul do Brasil, matando 136 pessoas, chuvas torrenciais e violentas
cheias atingem agora o Nordeste do país, uma região normalmente seca e
onde desde Abril mais de 600 mil pessoas já foram afectadas. A
Protecção Civil revela que pelo menos 29 pessoas já morreram, mas este
número pode aumentar, uma vez que não existe um controlo geral das
vítimas, particularmente em regiões remotas.
As
fortes chuvas, muito superiores à precipitação normal para a região,
castigam principalmente os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Paraíba,
onde pelo menos 150 mil pessoas estão desalojadas, milhares das quais
isoladas em cidades mais distantes, e as demais sofrem com o corte de
estradas, falta de água, combustível, luz e alimentos.
No
Maranhão, onde há 56 mil desalojados, as equipas de socorro não têm
conseguido fazer chegar ajuda a várias cidades, pois as principais
estradas estão cortadas. No Piauí, onde há 55 mil desalojados, a
situação mais grave é na capital, Teresina. O rio Poty, que corta a
cidade, subiu 15 metros, alagou 65 bairros e fez suspender quase todos
os serviços públicos, incluindo aulas para 180 mil alunos. Há focos de
doenças em todos os estados atingidos e há falta água potável, remédios
e alimentos.
DENGUE AUMENTA NA BAHIA
A
epidemia de dengue que desde o início do ano assola o estado brasileiro
da Bahia continua a fazer vítimas. Os últimos dados dão conta de que a
doença pode ter provocado este ano a morte de mais de cem pessoas
naquele estado, um dos destinos turísticos mais procurados por
portugueses. Até agora, estão oficialmente confirmadas 49 mortes mas,
segundo fontes médicas, o número total de óbitos é 105.
Desde
o início do ano e até ao passado dia 25 de Abril a Secretaria de Saúde
da Bahia recebeu 59 360 notificações de casos de dengue clássica, o que
significa um aumento de 196% em relação ao mesmo período do ano
passado. Além daquelas, houve outras 1145 notificações de suspeita de
dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.
APONTAMENTOS
SAQUES
Os
habitantes das cidades afectadas pelas cheias no Nordeste estão
assustados devido aos constantes saques. Em Teresina, capital do estado
do Piauí, que tem 65 bairros submersos, populares em botes e canoas
patrulham as ruas para travar os ladrões.
LULA SOB FOGO
O
presidente Lula da Silva, que sobrevoou as regiões afectadas no
Maranhão e Piauí, tem sido acusado de pouco fazer para ajudar as
vítimas das cheias. Além de disponibilizar poucos meios de apoio e
alimentos, o executivo condiciona ajuda financeira à apresentação de
projectos sobre a despesa.
BARRAGENS
No
Ceará, 106 barragens estão a transbordar, o mesmo ocorrendo em 67 na
Paraíba. As autoridades afirmam que se a chuva não parar as comportas
serão abertas totalmente e as cheias atingirão ainda mais cidades.
Novembro do ano passado destruíram parte do estado de Santa Catarina,
no Sul do Brasil, matando 136 pessoas, chuvas torrenciais e violentas
cheias atingem agora o Nordeste do país, uma região normalmente seca e
onde desde Abril mais de 600 mil pessoas já foram afectadas. A
Protecção Civil revela que pelo menos 29 pessoas já morreram, mas este
número pode aumentar, uma vez que não existe um controlo geral das
vítimas, particularmente em regiões remotas.
As
fortes chuvas, muito superiores à precipitação normal para a região,
castigam principalmente os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Paraíba,
onde pelo menos 150 mil pessoas estão desalojadas, milhares das quais
isoladas em cidades mais distantes, e as demais sofrem com o corte de
estradas, falta de água, combustível, luz e alimentos.
No
Maranhão, onde há 56 mil desalojados, as equipas de socorro não têm
conseguido fazer chegar ajuda a várias cidades, pois as principais
estradas estão cortadas. No Piauí, onde há 55 mil desalojados, a
situação mais grave é na capital, Teresina. O rio Poty, que corta a
cidade, subiu 15 metros, alagou 65 bairros e fez suspender quase todos
os serviços públicos, incluindo aulas para 180 mil alunos. Há focos de
doenças em todos os estados atingidos e há falta água potável, remédios
e alimentos.
DENGUE AUMENTA NA BAHIA
A
epidemia de dengue que desde o início do ano assola o estado brasileiro
da Bahia continua a fazer vítimas. Os últimos dados dão conta de que a
doença pode ter provocado este ano a morte de mais de cem pessoas
naquele estado, um dos destinos turísticos mais procurados por
portugueses. Até agora, estão oficialmente confirmadas 49 mortes mas,
segundo fontes médicas, o número total de óbitos é 105.
Desde
o início do ano e até ao passado dia 25 de Abril a Secretaria de Saúde
da Bahia recebeu 59 360 notificações de casos de dengue clássica, o que
significa um aumento de 196% em relação ao mesmo período do ano
passado. Além daquelas, houve outras 1145 notificações de suspeita de
dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.
APONTAMENTOS
SAQUES
Os
habitantes das cidades afectadas pelas cheias no Nordeste estão
assustados devido aos constantes saques. Em Teresina, capital do estado
do Piauí, que tem 65 bairros submersos, populares em botes e canoas
patrulham as ruas para travar os ladrões.
LULA SOB FOGO
O
presidente Lula da Silva, que sobrevoou as regiões afectadas no
Maranhão e Piauí, tem sido acusado de pouco fazer para ajudar as
vítimas das cheias. Além de disponibilizar poucos meios de apoio e
alimentos, o executivo condiciona ajuda financeira à apresentação de
projectos sobre a despesa.
BARRAGENS
No
Ceará, 106 barragens estão a transbordar, o mesmo ocorrendo em 67 na
Paraíba. As autoridades afirmam que se a chuva não parar as comportas
serão abertas totalmente e as cheias atingirão ainda mais cidades.