Ministério do Ambiente exige que o traçado entre estações da FEUP e do Pólo Universitário seja enterrado |
A linha do metro por S. Mamede de Infesta passará enterrada na
Asprela, no Porto. A Secretaria de Estado do Ambiente concedeu parecer
favorável condicionado ao projecto, mas exige que o traçado entre as
estações da FEUP e do Pólo Universitário seja em túnel.O
estudo inicial previa que as composições partissem da actual estação
subterrânea do Pólo Universitário, subissem à superfície para percorrer
cerca de 300 metros, mergulhando novamente antes de alcançar a Rua de
Roberto Frias. A segunda paragem será na nova estação da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, a rasgar no subsolo. A declaração
de impacte ambiental favorável, concedida pela Secretaria de Estado do
Ambiente e válida até 25 de Setembro de 2011, explicita que o trajecto
deverá ser vencido em túnel (ver infográfico).Submetido o estudo
prévio da linha a consulta pública, a Agência Portuguesa do Ambiente
recepcionou cinco exposições, destacando-se a da REFER. Nenhuma das
intervenções manifestava oposição à construção da ligação de metro, mas
aquela empresa pública alertou para a "necessidade de compatibilização
do projecto da Linha de S. Mamede com o projecto de reactivação do
serviço de passageiros na Linha de Leixões, entre Ermesinde e Leça do
Balio", que se encontra em operação desde Setembro de 2009 e já está
integrada no Andante.O projecto de execução da terceira linha do
metro entre Matosinhos e o Porto deverá ter em conta esta exigência.
Recorde-se que, de acordo com o estudo prévio, as composições passarão
em túnel por baixo da Linha de Leixões, entre a nova plataforma
subterrânea do Hospital de S. João (sita a norte da Circunvalação) e a
estação à superfície junto ao Instituto Superior de Contabilidade e
Administração do Porto (ISCAP).Além de recomendar a revisão do
desenho do viaduto de S. Mamede que atravessará o caminho agrícola em
Viela de Moalde de Baixo para que essa via permaneça transitável e os
pilares não assentem no leito nem nas margens da linha de água
existente, a declaração de impacte ambiental aponta para a necessidade
de implementação de medidas de minimização dos transtornos, sobretudo na
fase de construção. Devem garantir-se todas as condições de acesso à
Urgência do S. João, no Porto; a monitorização da estabilidade da igreja
paroquial de S. Mamede (uma das estações ficará sob o templo); e evitar
a instalação de estaleiros junto da praia de Matosinhos.A linha
por S. Mamede ligará a praia de Matosinhos ao Pólo Universitário no
Porto. Aproveita parte do corredor da actual Linha Azul, propondo-se a
construção de dez estações novas que distam, em média, 800 metros entre
si, e liga-se à Linha Amarela na estação do Pólo Universitário. A
velocidade máxima de circulação à superfície não ultrapassará os 50
quilómetros por hora, enquanto nos troços no subsolo poderá atingir 80
quilómetros por hora. A velocidade média rondará os 25 a 30 quilómetros
por hora.