José Diogo teve morte
imediata, em consequência da explosão quando estava na garagem a reparar
um carro
Fundão: Gases
usados para soldar metais causam tragédia em garagem
Morre carbonizado a arranjar o carro
Uma
mistura incorrecta de oxigénio e acetileno – dois gases utilizados para
soldar –, ou uma fuga de um dos produtos são as causas prováveis para a
violenta explosão, ontem, numa garagem, que provocou a morte a José
Incenso Diogo, 61 anos, na Quinta da Areeira, Fundão. A mulher, que
limpava a cozinha no piso superior, sentiu-se impotente para salvar o
marido e entrou em pânico.
O rebentamento foi
escutado a quilómetros de distância, eram 13h20. José Incenso Diogo,
reformado, ex-emigrante na Alemanha – onde foi mecânico –, almoçou e
desceu até à garagem para continuar os trabalhos de reparação de uma
carrinha com a qual tinha tido um acidente dois dias antes.
Algo correu mal no manuseamento dos gases, tendo
despoletado uma explosão que levou os vizinhos a pensar tratar-se de um
sismo. 'Estava a almoçar e a minha casa tremeu como se fosse um tremor
de terra. Fui à varanda e vi a garagem do Zé completamente tomada pelas
chamas. Ainda o tentei salvar, mas se entrasse naquele inferno também lá
ficava', explicou ao CM José Gaspar, 68 anos, vizinho e 'grande amigo'
da vítima.
A preocupação de José Gaspar foi
socorrer a mulher do falecido. 'Coitada! Ela estava aos gritos da
varanda e sem saber o que fazer. Fui buscá-la para minha casa',
adiantou.
Os bombeiros levaram poucos minutos a
chegar ao local e depararam-se com um cenário dantesco. 'A garagem
estava tomada pelas chamas e a vítima carbonizada à porta, com metade do
corpo debaixo da carrinha que estava a reparar', descreveu António
Antunes, comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, adiantando ao
CM que a explosão terá sido causada 'por uma mistura incorrecta dos dois
gases'.
O rebentamento foi de tal forma violento
que os portões, janelas e a porta de entrada ficaram esventrados e os
materiais retorcidos. Os restos das botijas dos gases 'foram projectados
como granadas' contra uma casa que fica a 30 metros de distância do
local da violenta explosão.
A Polícia Judiciária
da Guarda está a investigar as causas da explosão e durante o dia
recolheu provas no local da tragédia.
PORMENORES
ACETILENO
É um gás incolor muito
instável. Decompõe-se com muita facilidade e liberta energia. É
armazenado em cilindros de aço, sob pressão, dissolvido em acetona.
ESTRUTURA AFECTADA
Os bombeiros
conseguiram evitar que as chamas se propagassem ao resto da casa. O
edifício ficou muito afectado.
PAI E
FILHO EM ESTADO CRÍTICO
Adriano Reis, de
54 anos, e o filho Ricardo, de 26, que anteontem ficaram em estado
crítico depois de terem inalado monóxido de carbono de um gerador de
electricidade, em Louredo, Santa Maria da Feira, continuavam ontem
internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pedro Hispano,
em Matosinhos.
Recorde-se que na sequência do
incidente morreu uma menina, Filipa, de apenas quatro anos, e a sua avó,
Maria Amélia, de 50, que são familiares dos feridos. 'As duas vítimas
estão há dois dias a fazer oxigenação na nossa unidade hiperbárica. O
prognóstico mantém-se reservado', disse ontem ao CM fonte hospitalar.
Desde sábado passado que a Freguesia de Louredo ficou
sem luz eléctrica. O temporal que se abateu sobre a região foi
responsável pela queda de vários postes de electricidade, que motivou a
situação.
Só anteontem as casas voltaram a ter
luz.
imediata, em consequência da explosão quando estava na garagem a reparar
um carro
Fundão: Gases
usados para soldar metais causam tragédia em garagem
Morre carbonizado a arranjar o carro
Uma
mistura incorrecta de oxigénio e acetileno – dois gases utilizados para
soldar –, ou uma fuga de um dos produtos são as causas prováveis para a
violenta explosão, ontem, numa garagem, que provocou a morte a José
Incenso Diogo, 61 anos, na Quinta da Areeira, Fundão. A mulher, que
limpava a cozinha no piso superior, sentiu-se impotente para salvar o
marido e entrou em pânico.
O rebentamento foi
escutado a quilómetros de distância, eram 13h20. José Incenso Diogo,
reformado, ex-emigrante na Alemanha – onde foi mecânico –, almoçou e
desceu até à garagem para continuar os trabalhos de reparação de uma
carrinha com a qual tinha tido um acidente dois dias antes.
Algo correu mal no manuseamento dos gases, tendo
despoletado uma explosão que levou os vizinhos a pensar tratar-se de um
sismo. 'Estava a almoçar e a minha casa tremeu como se fosse um tremor
de terra. Fui à varanda e vi a garagem do Zé completamente tomada pelas
chamas. Ainda o tentei salvar, mas se entrasse naquele inferno também lá
ficava', explicou ao CM José Gaspar, 68 anos, vizinho e 'grande amigo'
da vítima.
A preocupação de José Gaspar foi
socorrer a mulher do falecido. 'Coitada! Ela estava aos gritos da
varanda e sem saber o que fazer. Fui buscá-la para minha casa',
adiantou.
Os bombeiros levaram poucos minutos a
chegar ao local e depararam-se com um cenário dantesco. 'A garagem
estava tomada pelas chamas e a vítima carbonizada à porta, com metade do
corpo debaixo da carrinha que estava a reparar', descreveu António
Antunes, comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, adiantando ao
CM que a explosão terá sido causada 'por uma mistura incorrecta dos dois
gases'.
O rebentamento foi de tal forma violento
que os portões, janelas e a porta de entrada ficaram esventrados e os
materiais retorcidos. Os restos das botijas dos gases 'foram projectados
como granadas' contra uma casa que fica a 30 metros de distância do
local da violenta explosão.
A Polícia Judiciária
da Guarda está a investigar as causas da explosão e durante o dia
recolheu provas no local da tragédia.
PORMENORES
ACETILENO
É um gás incolor muito
instável. Decompõe-se com muita facilidade e liberta energia. É
armazenado em cilindros de aço, sob pressão, dissolvido em acetona.
ESTRUTURA AFECTADA
Os bombeiros
conseguiram evitar que as chamas se propagassem ao resto da casa. O
edifício ficou muito afectado.
PAI E
FILHO EM ESTADO CRÍTICO
Adriano Reis, de
54 anos, e o filho Ricardo, de 26, que anteontem ficaram em estado
crítico depois de terem inalado monóxido de carbono de um gerador de
electricidade, em Louredo, Santa Maria da Feira, continuavam ontem
internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pedro Hispano,
em Matosinhos.
Recorde-se que na sequência do
incidente morreu uma menina, Filipa, de apenas quatro anos, e a sua avó,
Maria Amélia, de 50, que são familiares dos feridos. 'As duas vítimas
estão há dois dias a fazer oxigenação na nossa unidade hiperbárica. O
prognóstico mantém-se reservado', disse ontem ao CM fonte hospitalar.
Desde sábado passado que a Freguesia de Louredo ficou
sem luz eléctrica. O temporal que se abateu sobre a região foi
responsável pela queda de vários postes de electricidade, que motivou a
situação.
Só anteontem as casas voltaram a ter
luz.