Cristiano Ronaldo já não jogava pela selecção
desde a partida com a Hungria na Luz. O jogador do Real
Madrid saiu lesionado durante a primeira parte, nove minutos depois de
assistir Simão Sabrosa para o primeiro golo, e passou o
braçadeira, e não só, para o futebolista do Atlético Madrid. E Simão
não se incomodou com isso. Habituado a render mais quando as equipas
precisam dele, voltou a marcar à Hungria, já na segunda parte, e esteve
também na lista de marcadores contra Malta. No playoff,
mesmo sem marcar, voltou a ser um dos jogadores mais importantes no
duplo compromisso com a Bósnia e Herzegovina. Ontem, em
Coimbra, mais do que o regresso de Ronaldo, assistia-se ao reencontro
entre os dois.
No início, Carlos Queiroz deixou Ronaldo e Nani
nas alas e Simão nas costas de Hugo Almeida. Ou pelo
menos parecia ser assim. Após as primeiras jogadas, percebeu-se que
Simão era a sombra de Ronaldo. Ou Ronaldo era a sombra de Simão. As
trocas de posição eram tantas que, e aqui o trocadilho é inevitável,
Cao Yang ficou de olhos em bico. Os dois fizeram parecer que
jogavam juntos desde crianças. E que eram inseparáveis.
Onde Simão estava, tinha Ronaldo ao lado, onde Ronaldo não chegava,
tinha Simão logo ali. Parecia que não havia um passe destinado para um
ou para o outro, apenas um passe para a esquerda, onde estavam Ronaldo e
Simão.
E se os dois já criavam oportunidades de perigo suficientes, com
constantes idas à linha, com a ajuda de Duda, sempre no
apoio recuado, o lado esquerdo da selecção nacional apareceu revigorado
e explosivo. À espera de Eboué, lateral da Costa do Marfim, o primeiro
adversário de Portugal na África do Sul.
Do outro lado, Nani parecia isolado, abandonado ao sabor de uma
eventual variação de flanco. Tiago e Raul
Meireles deixaram a tarefa de organizar o jogo, mas
começaram a aparecer com maior regularidade na cabeça da área, para
aproveitar as sobras dos estragos que Ronaldo e Simão faziam na
esquerda. Nani optava pela mesma estratégia.
Com a bola no lado contrário, reservou um espaço junto ao segundo
poste, para aproveitar os cruzamentos que não chegavam a Hugo Almeida. E
foi assim que os primeiros remates com perigo começaram a aparecer, ora
por Nani, ora pelo avançado do Werder Bremen. Pelo meio, Simão e
Ronaldo construíam jogadas do início ao fim. Na mais perigosa, aos 27
minutos, o remate de Ronaldo esbarrou em Zhang Lu.
A história do primeiro golo não poderia ser outra, que é como quem
diz numa jogada pela esquerda. Hugo Almeida cortou um canto na
defesa, lançou Ronaldo e foi aparecer na área, isolado, para marcar o
golo que Portugal já procurava e merecia desde os primeiros minutos.
Com o primeiro feeling com tanto sucesso, Carlos Queiroz quis testar
outras hipóteses no segundo tempo, lançando Liedson
para o lado de Hugo Almeida e Varela para a ala
direita. Com Ronaldo, Simão e Duda de fora, a selecção nacional baixou o
ritmo e, apesar de Raul Meireles ter atirado ao poste, o público não
gostou. A quinze minutos do final, a excessiva posse de bola em zona
recuada levou aos fortes assobios nas bancadas.
O público queria ter mais emoção e ver mais espectáculo e
mais golos. Frustrado, culpou os jogadores e não se escusou sequer a
soltar vários “olés” enquanto os chineses trocavam a bola. As pazes
foram feitas nos descontos, com o golo de Moutinho.
desde a partida com a Hungria na Luz. O jogador do Real
Madrid saiu lesionado durante a primeira parte, nove minutos depois de
assistir Simão Sabrosa para o primeiro golo, e passou o
braçadeira, e não só, para o futebolista do Atlético Madrid. E Simão
não se incomodou com isso. Habituado a render mais quando as equipas
precisam dele, voltou a marcar à Hungria, já na segunda parte, e esteve
também na lista de marcadores contra Malta. No playoff,
mesmo sem marcar, voltou a ser um dos jogadores mais importantes no
duplo compromisso com a Bósnia e Herzegovina. Ontem, em
Coimbra, mais do que o regresso de Ronaldo, assistia-se ao reencontro
entre os dois.
No início, Carlos Queiroz deixou Ronaldo e Nani
nas alas e Simão nas costas de Hugo Almeida. Ou pelo
menos parecia ser assim. Após as primeiras jogadas, percebeu-se que
Simão era a sombra de Ronaldo. Ou Ronaldo era a sombra de Simão. As
trocas de posição eram tantas que, e aqui o trocadilho é inevitável,
Cao Yang ficou de olhos em bico. Os dois fizeram parecer que
jogavam juntos desde crianças. E que eram inseparáveis.
Onde Simão estava, tinha Ronaldo ao lado, onde Ronaldo não chegava,
tinha Simão logo ali. Parecia que não havia um passe destinado para um
ou para o outro, apenas um passe para a esquerda, onde estavam Ronaldo e
Simão.
E se os dois já criavam oportunidades de perigo suficientes, com
constantes idas à linha, com a ajuda de Duda, sempre no
apoio recuado, o lado esquerdo da selecção nacional apareceu revigorado
e explosivo. À espera de Eboué, lateral da Costa do Marfim, o primeiro
adversário de Portugal na África do Sul.
Do outro lado, Nani parecia isolado, abandonado ao sabor de uma
eventual variação de flanco. Tiago e Raul
Meireles deixaram a tarefa de organizar o jogo, mas
começaram a aparecer com maior regularidade na cabeça da área, para
aproveitar as sobras dos estragos que Ronaldo e Simão faziam na
esquerda. Nani optava pela mesma estratégia.
Com a bola no lado contrário, reservou um espaço junto ao segundo
poste, para aproveitar os cruzamentos que não chegavam a Hugo Almeida. E
foi assim que os primeiros remates com perigo começaram a aparecer, ora
por Nani, ora pelo avançado do Werder Bremen. Pelo meio, Simão e
Ronaldo construíam jogadas do início ao fim. Na mais perigosa, aos 27
minutos, o remate de Ronaldo esbarrou em Zhang Lu.
A história do primeiro golo não poderia ser outra, que é como quem
diz numa jogada pela esquerda. Hugo Almeida cortou um canto na
defesa, lançou Ronaldo e foi aparecer na área, isolado, para marcar o
golo que Portugal já procurava e merecia desde os primeiros minutos.
Com o primeiro feeling com tanto sucesso, Carlos Queiroz quis testar
outras hipóteses no segundo tempo, lançando Liedson
para o lado de Hugo Almeida e Varela para a ala
direita. Com Ronaldo, Simão e Duda de fora, a selecção nacional baixou o
ritmo e, apesar de Raul Meireles ter atirado ao poste, o público não
gostou. A quinze minutos do final, a excessiva posse de bola em zona
recuada levou aos fortes assobios nas bancadas.
O público queria ter mais emoção e ver mais espectáculo e
mais golos. Frustrado, culpou os jogadores e não se escusou sequer a
soltar vários “olés” enquanto os chineses trocavam a bola. As pazes
foram feitas nos descontos, com o golo de Moutinho.