Nuno abriu uma capoeira que só Fernando tentou fechar
Nuno 2
A derrota do FC Porto começou nas mãos de Nuno; um
remate inofensivo de Rúben Amorim colocou a equipa em
desvantagem no marcador. Um erro imperdoável e difícil de
explicar, sobretudo para um guarda-redes com esta experiência.
Depois, o que se seguiu, são apenas pormenores: no segundo golo,
era difícil fazer melhor; no terceiro, era impossível.
Miguel Lopes 5
No caso do lateral, vale a pena começar pelo fim: é
difícil explicar a sua substituição ao intervalo.
É verdade que não estava a realizar uma grande
exibição - quem estava? -, mas esteve longe, muito longe,
de ser um dos piores. Aliás, apesar de ter visto um amarelo logo
no arranque da partida (9'), soube manter o controlo emocional, de tal
forma que raramente precisou de recorrer à falta para retirar Di
Maria do jogo.
Rolando 4
Não atravessa uma boa fase, e isso notou-se na forma como
abordou a maior parte dos lances. Sem confiança, jogou quase
sempre na reacção e nunca na antecipação, o
que acabou por causar alguns problemas à equipa. No lance do
segundo golo, por exemplo, não teve a inteligência para
travar a jogada mais cedo e obrigou Raul Meireles a cometer uma falta
perto da área.
Bruno Alves 3
Parece de regresso ao passado; esteve completamente descontrolado em
termos emocionais e acabou por transmitir essa intranquilidade à
equipa. Não pode ter uma atitude de permanente confronto
físico com os adversários - foi o que fez ontem -, muito
menos sendo ele o capitão do FC Porto. No meio de tantas
quezílias e provocações, acabou por ter o
mérito de conseguir acabar o encontro com apenas um
cartão amarelo.
Álvaro Pereira 4
Ao contrário do que é habitual, nunca conseguiu
emprestar profundidade ao jogo ofensivo da equipa, nem tão pouco
consistência defensiva, sobretudo quando foi necessário
fechar em zonas mais centrais. Apesar disso, não foi por ele que
os portistas perderam a final da Taça da Liga.
Fernando 7
Grande, grande, grande exibição no regresso à
competição depois de mais um mês de ausência
devido a lesão. Foi o único que conseguiu minimizar os
estragos produzidos pela equipa do Benfica; dobrou os laterais, ajudou
os centrais e ainda compensou a pouca inspiração
defensiva dos médios que o acompanharam. No rescaldo de uma
derrota pesada, pode dizer-se que foi o único jogador do FC
Porto que esteve ao seu nível.
Rúben Micael 3
Um zero completo, 45 minutos de puro desperdício. Afinal, o
que se passa com Rúben Micael? Onde anda aquele médio que
arrancou em grande no FC Porto? Sentiu enormes dificuldades para pegar
no jogo ofensivo da equipa e acabou por passar completamente ao lado da
primeira final da carreira.
Raul Meireles 4
Muita vontade, pouco esclarecimento. Esteve sempre mais preocupado
em defender - o que não quer dizer que tenha sido eficaz - do
que propriamente em contribuir na fase de construção de
jogo. Continua longe da melhor forma.
Belluschi 5
Surgiu na equipa titular no lugar de Varela e demorou algum tempo
para entrar no jogo; depois de um período inicial em que
multiplicou os passes falhados, subiu de produção e foi
um dos principais responsáveis pelo melhor momento do FC Porto
na partida. Na segunda parte, Jesualdo puxou-o para o meio, e
ele… desapareceu.
Rodríguez 4
Teve o primeiro remate de perigo do jogo (7') e voltou a surgir na
área de finalização logo no início da
segunda parte (46'). Dois momentos que ajudam a explicar a
exibição do uruguaio: tentou, trabalhou, lutou, mas
falhou sempre na hora de definir as jogadas. Terminou o jogo em
dificuldades, uma vez mais por problemas na coxa esquerda…
Falcao 5
Travou uma luta desigual com os dois centrais do Benfica, da qual
dificilmente podia ter saído a ganhar. Apesar de desacompanhado
no ataque, nunca se escondeu do jogo, mas só teve possibilidade
de tocar na bola em zonas mais recuadas, muito por culpa da
ausência de ideias do resto da equipa.
Fucile 3
Entrou no arranque da segunda parte, mas não trouxe nada de
positivo à equipa, tendo voltado a demonstrar que atravessa uma
fase menos positiva na carreira.
Valeri 3
Tem técnica, mas nunca a soube aproveitar. Foi uma vez mais
lento a executar e faltou-lhe agressividade para ser uma aposta
produtiva na partida.
Orlando Sá 3
A última aposta de Jesualdo também falhou. Não
acrescentou presença na área nem tão-pouco fora
dela…